Categoria: Pastoral da Saúde

23 Ago 2024

À conversa com o Arcebispo de Évora – IV: A revitalização das Congregações Religiosas na Arquidiocese (texto)

No final de Ano Pastoral 2023-2024, a Esperança Multimédia apresenta uma nova série dos Podcast d’Esperança, intitulada “À conversa com o Arcebispo de Évora”, composta por 5 episódios em formato vídeo, que poderá conhecer todos os sábados, entre 10 de agosto e 7 de setembro, nos canais digitais diocesanos, nomeadamente no canal de Youtube da Arquidiocese e no site www.diocesedeevora.pt.

Uma das questões abordadas nesta conversa de final do Ano Pastoral com o Prelado eborense foi sobre as Congregações religiosas e a sua revitalização nos últimos anos.

Há seis anos, quando chegou à Arquidiocese, D. Francisco José Senra Coelho teve como desafio tentar revitalizar a vida religiosa, pois algumas Congregações tinham, entretanto, saído do território diocesano.

“Este trabalho é fruto de todos. A oração e o trabalho apostólico de cada Paróquia e de cada Comunidade religiosa”, disse, sublinhando “a importância das Comunidades Contemplativas neste labor bem como o empenho de todos os Movimentos Eclesiais constitui o apelo para que o Senhor da vinha envie abundantes carismas à sua vinha”. Acrescentou ainda que “a oração dos doentes, dos idosos e dos sós são apelo ao coração de Deus para que envie trabalhadores para a sua vinha”.

“Encontro nas visitas pastorais pessoas que rezam imenso”, sublinha o Prelado, acrescentando que “muitas vezes percebemos que são pessoas que não vão à Igreja, ou porque já não podem ir pela idade ou pela doença, ou porque nunca se habituaram a ir. Porém, quando chego às suas casas, descubro o terço, livros de orações, pagelas, imagens. Perante esta realidade, percebo que as pessoas vivem intensamente a sua religiosidade popular, que não vão à comunidade, mas que fazem comunidade com a vizinhança, em alguns casos com belos testemunhos de entreajuda, solidariedade e apoio nas dificuldades”.

“Encontro-me com o Alentejo que não descobrimos, de facto, o que é quando olhamos para as estatísticas e o vemos apenas de longe. Para conhecer a alma alentejana importa permanecer, comprometer-se, servir, respeitar e saber escutar. Aprendi em 44 anos de permanência nesta Arquidiocese que a cultura alentejana tem as suas profundas raízes implantadas num húmus fortemente cristão e que na ótica da religiosidade natural é um dos povos mais expressivos no contexto nacional. Diria que o povo alentejano e o povo açoriano se encontram em várias expressões da mesma religiosidade natural, posteriormente, em alguns casos, cristianizada ao ponto das suas riquezas culturais e patrimoniais, tais como as expressões etnográficas, musicais, etc, exprimirem a espiritualidade cristã. É belo verificar o significativo número de patrimónios materiais e imateriais da Humanidade existentes no Alentejo, bem como candidaturas em desenvolvimento. Em todos estes valores estão presentes sinais de fé cristã”, explica.

“No ano que aqui cheguei, em setembro de 2018, quatro congregações estavam para partir. Os Cartuxos, as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias ao serviço da Casa Arquiepiscopal, as Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, em Portel, e as Beneditinas do Torrão”, refere, recordando “era uma situação muito dolorosa”.

“Os carismas são um sinal profundo da presença de Deus entre nós – ‘Estarei convosco até ao fim dos tempos’ (Mt 28,20). A Igreja ao longo do seu magistério e muito concretamente no último Concílio apresenta a riqueza dos carismas que o Espírito Santo suscita”, afiança o Prelado.

“Vejo toda esta riqueza e beleza em todas as comunidades que encontrei e que graças a Deus permanecem na Arquidiocese, tantas vezes com grande sentido de abnegação e mesmo heroicidade. Dou graças a Deus pelos dons que o Senhor nos concedeu nos últimos tempos, como a vinda até nós dos padres teatinos, ordem fundado por São Caetano em 1524, que estão em Vendas Novas e que vão agora estender o seu serviço pastoral também às Paróquias de Lavre, Cortiçadas de Lavre, Foros de Vale de Figueira e Santana do Mato; a comunidade Hesed, que está no Torrão; a comunidade Sementes do Verbo, que está em Vila Viçosa e se dedica ao nosso Seminário de S. José, acompanhando os sacerdotes mais idosos ou doentes e proporcionando naquele amplo espaço uma casa de acolhimento e oração; as Monjas de Belém que estão no Couço e que vieram no pontificado do meu antecessor, o Senhor D. José Alves; as Irmãs Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, que estão na Cartuxa de Évora; a Comunidade Canção Nova, cuja presença na Arquidiocese será agora ampliada e elevada a ‘Frente de Missão’, assumindo algumas Paróquias nos arredores de Évora, Boa-Fé, São Sebastião da Giesteira, Nossa Senhora da Tourega (Valverde e São Brás do Regedouro), Nossa Senhora de Guadalupe e Santa Sofia. Para além deste trabalho paroquial, exercerão o seu carisma de comunicação e trabalharão no Serviço Arquidiocesano de Évora da Pastoral das Migrações”, refere o Prelado.

“Continuamos a rezar e a trabalhar para que venha para Évora mais grupo da Comunidade nova de vida Sementes do Verbo”, adiantou D. Francisco Senra Coelho.

“Estamos também com muita esperança de ter uma comunidade das Irmãs do Coração Imaculado de Maria, oriundas de Cabo Verde, fundadas nos meados do século XIX, no Senegal. São cerca de 300 Irmãs constituídas em três províncias: Senegal, Cabo Verde e França. Estas Irmãs vão estender-se, com muita esperança o afirmamos, à Unidade Pastoral de Portel”, revela.

“Por fim, já reunimos várias vezes com as Irmãs da Fraternidade Missionária Pobres de Jesus Cristo, que têm o carisma específico da caridade. São franciscanas, bebem do carisma de Madre Teresa de Calcutá e têm a dimensão peculiar de se dedicar à missão, sobretudo com crianças, adolescentes, e idosos. Acreditamos, as Irmãs e eu, que durante o próximo Ano Pastoral virão apoiar as Comunidades de Avis, Benavila, Galveias, Aldeia Velha, Valongo e Santo António de Alcórrego. É uma área geográfica muito ampla que espera mais evangelizadores”, sublinha.

“Obrigado a todos os que rezam pelas vocações, a todos os que rezam pela Igreja, porque são Igreja e não vão apenas à Igreja. Misturam com a oração, a sua cruz, por vez mais caldeada pelo sofrimento moral do que pelo sofrimento físico, nomeadamente pela solidão, pelo esquecimento e pela ingratidão. Neste Alentejo longo, plano, livre, mas também, ao mesmo tempo, proporcionante da palavra só, apelo às comunidades cristãs que procurem estes e estas que muitas vezes juntam ao seu estado natural de idosos a experiência da solidão. Como não agradecer à Guarda Nacional Republicana e aos Bombeiros Voluntários pelo cuidado que têm com estes homens e mulheres! Uma possível missão para as Paróquias e todas as Comunidades cristãs, afinal um modo muito concreto e atual de responder ao desafio do Papa Francisco, Igreja em saída”, apela o Prelado eborense.

Texto de Pedro Miguel Conceição
21 Ago 2024

À conversa com o Arcebispo de Évora – III: A Renúncia Quaresmal 2024 recolheu até ao momento 20.700 euros para as Igrejas do Médio Oriente

No final de Ano Pastoral 2023-2024, a Esperança Multimédia apresenta uma nova série dos Podcast d’Esperança, intitulada “À conversa com o Arcebispo de Évora”, composta por 5 episódios em formato vídeo, que poderá conhecer todos os sábados, entre 10 de agosto e 7 de setembro, nos canais digitais diocesanos, nomeadamente no canal de Youtube da Arquidiocese e no site www.diocesedeevora.pt.

Na sua Mensagem Quaresmal 2024, o Arcebispo de Évora apelava a todos os Arquidiocesanos para que a Renúncia Quaresmal deste ano se destinasse “às Igrejas do Médio-Oriente, vítimas de guerra”, fazendo “chegar a essas Comunidades a nossa partilha através da Santa Sé, ao serviço da Caridade do Papa Francisco”.

Questionado sobre o valor já recolhido, D. Francisco Senra Coelho revela que “até este momento, temos a alegria de contar com 20.700 euros. Podemos dizer que é uma quantia modesta, pequenina, perante as necessidades. Não chega a ser, de facto, uma gota de água doce para aquele mar salgado. Porém, acreditamos que ainda vão chegar mais donativos e deixo aqui este apelo: se há comunidades ou se há pessoas, se há empresas que queiram juntar-se à Arquidiocese de Évora, para ajudar aquelas comunidades neste momento tão doloroso”, recordando que “em anos anteriores já ajudámos a Igreja da Ucrânia, para quem enviámos 25 mil euros, bem como as sofridas comunidades eclesiais vítimas do terrível terramoto da Síria e da Turquia”.

“Sentimos neste momento a necessidade de olhar para as comunidades cristãs do Médio Oriente”, aponta, revelando que “há um pormenor que eu gostava de referir e que pode passar despercebido. A pequenina comunidade paroquial de Gaza tem a sua subsistência espiritual e o seu acompanhamento garantido por um Pároco da mesma Família espiritual das Irmãs Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, congregação que está presente na Arquidiocese, nomeadamente na Cartuxa de Évora através de uma comunidade contemplativa. Em Gaza é uma comunidade de vida ativa destas mesmas Irmãs que está presente. Elas são valentes, estão em partes muito difíceis do mundo, como a Sibéria ou a Síria”.

“Portanto, a presença destas Irmãs é, de facto, para nós um estímulo a contribuirmos também, porque sabemos para quem contribuímos. Nós não falamos em questões étnicas, mas em pessoas, famílias, idosos e crianças, preocupamo-nos com as pequenas comunidades e iniciativas sócio-caritativas da Igreja na terra de Jesus, na Terra Santa”, refere, sublinhando que “vamos entregar a renúncia quaresmal ao Papa. O Santo Padre saberá o que fazer, pois sabemos que Francisco é muito rigoroso com os bens e tem um profundo sentido de equidade na distribuição das suas ajudas”.

“Todos nós desejamos enviar mais ajuda, porque nestes gestos de solidariedade, transpiram gotas de esperança e sinais de abraço a estas sofridas comunidades cristãs. Sabemos que há dificuldades em Portugal, somos uma Arquidiocese que conta com muitas pessoas idosas, que vivem de pequenas e magras reformas, que dão o seu contributo muito sentido e, por isso, este quantitativo pode não ser muito elevado em quantidade, mas em qualidade tem o sabor do óbolo da viúva. Se alguém se quiser juntar, nós abraçamos o abraço que nos queiram dar porque chegará com toda a certeza à Terra Santa, à Terra de Jesus, aos lugares que o Papa Francisco entender enviar”, apela o Prelado.

19 Ago 2024

À conversa com o Arcebispo de Évora – II: “Na Visita Pastoral Missionária 2024 encontrei uma Diocese viva” (texto)

No final de Ano Pastoral 2023-2024, a Esperança Multimédia apresenta uma nova série dos Podcast d’Esperança, intitulada “À conversa com o Arcebispo de Évora”, composta por 5 episódios em formato vídeo, que poderá conhecer todos os sábados, entre 10 de agosto e 7 de setembro, nos canais digitais diocesanos. No primeiro episódio, que estreou no sábado, dia 10 de agosto, no canal de Youtube da Arquidiocese, e que poderá assistir no site www.diocesedeevora.pt, o Prelado eborense faz um balanço do Ano Pastoral 2023/2024.

“Na Visita Pastoral Missionária encontrei-me com dois concelhos, Sousel e Borba, repletos de uma grande vontade de solidificar a fé; de sentirem com aroma, sabor e odor a realidade da esperança feita festa, alegria, diálogo, visita, encontro com os doentes, com os sós e com as instituições… Em todas as comunidades houve simpáticos momentos de partilha e festa viva. Foi muito significativo”, sublinha o Arcebispo de Évora, que faz um balanço deveras positivo da Visita Pastoral Missionária 2024, acrescentando que “sou sempre enviado, em nome do Senhor, afim de confirmar os meus irmãos na fé, porém também recebo dos meus irmãos o abraço que confirma a minha fé e o meu ministério”.

“Uma das experiências riquíssimas foi a proximidade, o convívio e a partilha de experiência quotidiana com os Párocos. Vivemos cada dia sempre no acompanhamento mútuo, seguindo o mandato do Senhor ‘Ide dois a dois’ (Marcos 6,7), assim partilhámos encontros, reuniões, celebrações, refeições, enfim, a vida missionária de uma jornada à maneira dos discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Num caso concreto foi possível permanecer 12 dias a viver com o Pároco, o Diácono, e um professor de Religião e Moral na própria Casa Paroquial. A oração e o encontro com os doentes, os pobres e os sós foram sempre os momentos mais altos da nossa experiência, digo minha e dos Párocos que comigo partilharam”, explica.

À pergunta dirigida ao Arcebispo de Évora sobre o porquê da designação de Visita Pastoral Missionária, respondeu que as Visitas Pastorais da Arquidiocese têm uma especificidade missionária já com significativas raízes históricas. De facto, o Servo de Deus, D. Manuel Mendes da Conceição Santos, Arcebispo de Évora de 1920 a 1955, percorreu incansavelmente a Arquidiocese numa dinâmica missionária que aparece indelevelmente marcada nos genes da Igreja eborense dos séculos XX e XXI. D. Manuel Trindade Salgueiro, Arcebispo de 1955 a 1965, continuou este caminho com o apoio do seu bispo auxiliar, D. José Joaquim Ribeiro; D. David de Sousa (1965-1981), em contextos muito específicos da história do Alentejo, nunca deixou de percorrer toda a Arquidiocese, nomeadamente nos meses quentes de Verão para visitar, encorajar e agradecer o trabalho de cada Padre e de cada Comunidade religiosa; nos tempos novos, já após a Revolução dos Cravos, D. Maurílio de Gouveia (1981-2008), com o apoio do seu bispo auxiliar, D. Amândio Tomás (2001-2008), e D. José Alves (2008-2018) renovaram e aprofundaram as missões populares com a riqueza e os desafios do Concílio Vaticano II. Assim, a Missão enquadra a Visita Pastoral na opção preferencial pela evangelização, valorizando os encontro pessoais, as pequenas comunidades e o posterior acompanhamento.

Após um tempo de visita família a família, porta a porta, normalmente realizado por religiosas, religiosos e leigos, o que implica uma semana de missão, surge um segundo momento, no qual com a ajuda de um missionário, normalmente presbítero, se aprofundam estas visitas domiciliárias, dedicando maior atenção a casos específicos assinalados pela antecedente visita missionária, tais como a presença de doentes, pessoas com deficiência, cegos, casos dolorosos de luto, carências sociais, etc. O missionário dedica também tempo ao encontro com Instituições, nomeadamente de crianças e idosos, e procede ao anúncio querigmático através do aprofundamento com diálogo e trabalho de grupo de quatro temas – a paternidade de Deus; o encontro pessoal com Jesus, o Cristo; a descoberta da comunidade cristã no projecto de Deus; e o grande apelo à conversão. Este tempo missionário é acompanhado pela presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Arquidiocese. E é neste contexto que decorre a visita do Arcebispo de Évora à Comunidade Paroquial, sempre em dinamismo missionário, inserida nas duas semanas anteriores de trabalho, e consumando na confirmação da fé da comunidade eclesial, frequentemente com a celebração do Sacramento da Confirmação.

O posterior acompanhamento destas Visitas Pastorais missionárias é feito pelo Departamento Arquidiocesano da Educação da Fé dos Adultos e do Apostolado dos Leigos, preparando e fornecendo 16 temas que ao longo do ano podem e devem ser aprofundados pelos chamados Grupos Paroquiais de Adultos.

“Não posso esquecer e agradecer a todos os que vieram ao encontro do Bispo e, sobretudo, levados pela mão de Nossa Senhora, a Padroeira da Arquidiocese, Senhora da Conceição, souberam ser Igreja, vir à comunidade, receber tão bem as Irmãs”, agradece, recordando que “foi maravilhoso ver grupos de crianças acompanhando as Irmãs pelas ruas. Houve momentos de ternura que diria mesmo comovente, a saudade que havia da parte do povo e sobretudo das crianças de encontrar as Irmãs que foram, de facto, um extraordinário bater à porta de muitos corações. O visitar os doentes e os pobres, o estar sentado numa grade de cerveja a falar com um pobre lá bem longe, descoberto e acolhido pelas Irmãs é para mim experiência inesquecível”.

17 Ago 2024

Podcast d’Esperança – À conversa com o Arcebispo de Évora – Episódio 2: A revitalização da vida religiosa (com vídeo)

No final de Ano Pastoral 2023-2024, a Esperança Multimédia apresenta uma nova série dos Podcast d’Esperança, intitulada “À conversa com o Arcebispo de Évora”, composta por 5 episódios em formato vídeo que poderá conhecer todos os sábados, entre 10 de agosto e 7 de setembro, nos canais digitais diocesanos.

No segundo episódio, que estreará neste sábado, dia 17 de agosto, no canal de Youtube da Arquidiocese, e que poderá assistir no site www.diocesedeevora.pt, o Prelado eborense aborda a revitalização da vida religiosa na Arquidiocese.

16 Ago 2024

À conversa com o Arcebispo de Évora – I: “O Ano Pastoral 2023/24 “foi extraordinariamente desafiante e belo” (texto)

No final de Ano Pastoral 2023-2024, a Esperança Multimédia apresenta uma nova série dos Podcast d’Esperança, intitulada “À conversa com o Arcebispo de Évora”, composta por 5 episódios em formato vídeo, que poderá conhecer todos os sábados, entre 10 de agosto e 7 de setembro, nos canais digitais diocesanos. No primeiro episódio, que estreou no sábado, dia 10 de agosto, no canal de Youtube da Arquidiocese, e que poderá assistir no site www.diocesedeevora.pt, o Prelado eborense faz um balanço do Ano Pastoral 2023/2024.

Num Ano Pastoral que foi vivido em pleno, já sem quaisquer constrangimentos, como foram os anteriores, marcados pela pandemia, muitas atividades foram desenvolvidas ao longo deste Ano pelos Departamentos da Pastoral, com a orientação da Coordenação Pastoral, assim como pelas Paróquias, pelos Institutos religiosos e pelos Movimentos.

Nos canais de comunicação da Arquidiocese demos conta das atividades desenvolvidas pela Pastoral Juvenil, com os seus encontros e iniciativas depois das Jornadas Mundiais da Juventude, pela Catequese com encontros e formações, pela Pastoral da Saúde, pela Pastoral Litúrgica, pela Pastoral Social, pela Pastoral das Pessoas com Deficiência, pela Pastoral dos Ciganos, assim como pela Pastoral Familiar que desenvolveu vários encontros e formações, com destaque para a Peregrinação Diocesana das Famílias a Vila Viçosa.

A Visita Pastoral Missionária e as ordenações diaconal de Carlos Corrales e presbiteral de Tomás Dias, foram outros dos pontos altos deste Ano Pastoral 2023/2024.

Como não nos determos na importância de momentos como as Jornadas de Atualização do Clero, decorridas este ano sobre o tema ‘Presbíteros, «à imagem e semelhança» do Bom Pastor’, nas iniciativas sobre a Segurança e Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis no contexto da Igreja, nas celebrações Jubilares das Bodas de Prata e de Ouro sacerdotais, ou na presença de D. Manuel Clemente na condução do retiro para o Clero da Arquidiocese. A oferta da Renúncia Quaresmal, num valor superior a 20 mil euros, às Igrejas do Médio Oriente, através das obras de caridade do Santo Padre, o forte empenho das Ordens e Congregações Religiosas masculinas e femininas e das novas Comunidades de Vida, bem como a vitalidade dos vários Movimentos e Comunidades Eclesiais são outros destaques deste Ano Pastoral. Sobressai ainda como sublinhado de esperança o eco das Jornadas Mundiais da Juventude, por todos nós sentido, nomeadamente a riqueza dos DnD – Dias na Diocese que nos continuaram a desafiar e a estimular ao longo deste Ano. Forte impulso nos vem da proclamação do Ano Santo por ocasião do Jubileu a viver já nos próximos Anos Pastorais 24/25 e 25/26, sem esquecer a celebração dos 1700 anos do Concílio de Niceia com a valorização do símbolo dos Apóstolos no Credo Niceno-Constantinopolitano.

“Na minha experiência ministerial do episcopado, este Ano Pastoral foi extraordinariamente desafiante e belo”, começa por afirmar D. Francisco Senra Coelho, sublinhando que “chegámos a um patamar em que já sentimos uma recuperação face à pandemia. Já no ano anterior, 2022/23, começou a restabelecer e agora, neste Ano Pastoral, já nos podemos dizer, em certa medida, restabelecidos”.

Porém, o Arcebispo de Évora sublinhou ter encontrado nas comunidades cristãs consequências dos tempos pandémicos, nomeadamente, na participação do Povo de Deus nas celebrações eucarísticas dominicais, nas reuniões de formação, nos convívios comunitários, em vários Movimentos Eclesiais e na Catequese da Infância e da Adolescência. “Percebe-se maior dificuldade em sair de casa com disponibilidade para participar em dinâmicas de encontro com os outros”, referiu o Prelado eborense, acrescentando que “ainda há caminho para andar na recuperação, na alegria e na participação”. “Em alguns casos”, referiu D. Francisco, “será necessário maior apoio psicológico e espiritual, esperando-se das entidades públicas maior atenção à saúde mental, pois não podemos esquecer o que continuam a significar lutos difíceis ou mesmo por fazer no momento devido, arrastando-se em traumas sempre limitativos”.

“O desafio de tentar acolher e acompanhar os cristãos, as pessoas de boa vontade, os jovens, afinal, “todos, todos, todos”, nos dinamismos de esperança que o pós-Jornada Mundial da Juventude nos pede, não permitindo que a labareda intensa e a festa imensa caíssem numa dimensão de redução ou de algum desalento ou apatia”, explica, destacando “o apelo dos jovens que nos quiseram propor uma Igreja diferente, uma Igreja que tenha uma dimensão de transparência, de família e de coerência, foi uma das prioridades que se impôs a todos os agentes da pastoral da Igreja Arquidiocesana, e que permanece sempre em aberto numa avaliação que nos interpela a prosseguir este caminho ainda com mais entusiasmo, criatividade e audácia”.

“Pedimos uma Igreja mãe, acolhedora, que seja família, transparente e coerente, disseram os jovens no recente Sínodo a eles dedicado. Talvez porque a nova geração sente necessidade deste espaço de acolhimento, quando em muitos casos lhe resta apenas o grupo de amigos da sua idade, porque talvez não tenham em casa esse ambiente”, refere, sublinhando “a solidão do jovem porque, muitas vezes devido às exigências laborais, a família não consegue ter tempo para escutar, para dialogar e para sentir o coração e o palpitar da vida dos seus jovens, os serviços diocesanos, as paróquias e todas as comunidades cristãs são interpeladas por este sinal dos tempos a tornarem-se casa para todos os jovens, proporcionando-lhes espaços e experiências que os façam perceber a beleza do amor libertador de Jesus Cristo e o encanto de com Ele construirmos comunidade”.

“Para além de muitas escolas que definharam até ao seu encerramento, encontramos outras que evoluíram, em vários casos, para mega agrupamentos, onde desde o mais pequenino, que entra no jardim de infância até ao secundário, se passa a ser um número no meio da multidão e não tanto uma pessoa”. Perante esta realidade interroga-se o Prelado: “Como concretizar na prática o tão desejado acompanhamento pessoal no contexto escolar? Como passar da informação à formação para os Valores, para a liberdade, para a tolerância, respeito e paz? Como não estar só no meio de tanta gente, quando a escola luta com tantas dificuldades na resposta docente e é tão ‘magra’ no acompanhamento psicológico de cada aluno por ventura dele necessitado?” Neste contexto, D. Francisco salientou a importância dos Professores de Educação Moral e Religiosa Católica, valorizando e agradecendo o contributo do seu trabalho que permite em muitos casos o acompanhamento personalizado de alunos que os interpelam e com as suas atitudes lhes solicitam escuta e apoio.

“Reconhecemos com realismo e com sentido de responsabilidade e de compromisso, que os jovens sentem também que a Igreja não tem tempo para eles. Que em muitos casos, não foram prioridade da sua ação pastoral e que com frequência não têm um lugar definido e protagonizado na vida comunitária. O desafio que nos fica é não só a nossa abertura a estes jovens mas a ‘Igreja em saída’ que os procura e abraça nas suas realidades”, disse.

“O Ano Pastoral 2023/24 colocou nas nossas mãos o desafio de prolongarmos o fogo das Jornadas Mundiais da Juventude, não só na pastoral juvenil, mas no compromisso que este grande encontro imprime em toda a Arquidiocese e em cada Paróquia”, sublinha, recordando os apelos do Papa, “uma Igreja em saída que parte ao encontro de todos, sobretudo daqueles que estão fora da Igreja”.

“Esta Igreja em Saída cruza-se com a dimensão do testemunho da comunhão profunda da Igreja Sinodal, revelando a toda a sociedade o seu rosto novo de comunidade que à maneira de Maria se apresenta como mãe de coração aberto, a todos acolhe, de todos cuida, integra e confia. Neste momento tão difícil da Humanidade e do país, quando se experimentam dolorosas divisões, violências, radicalizações extremistas e guerras, a Igreja sinodal ao testemunhar o valor da caminhada lado a lado, proclama o ideal icónico para a Igreja de sempre: ‘Vede como eles se amam'”, refere o Arcebispo de Évora.

“Foi este desafio que eu senti neste ano de retoma mais consistente e de solidificação pós-pandémica, sobretudo ao nível da Catequese das nossas crianças e dos nossos adolescentes, dos Movimentos desde o Escutismo, Convívios fraternos, Cursos de Cristandade, Casais de Santa Maria, Equipas de Nossa Senhora, Jovens das Equipas, Encontro Matrimonial, Legião de Maria, Apostolado da Oração, Fé e Luz, MTA, Caminho Neocatecumental, Pastoral Universitária, CVX, Movimentos Salesianos e outros, que retomámos de facto esta Igreja em Saída e simultaneamente interpelada a mostrar a esperança fundada na amizade que nasce de Cristo”, aponta.

09 Ago 2024

Podcast d’Esperança – À conversa com o Arcebispo de Évora – Episódio 1: O Ano Pastoral 2023/24 “foi extraordinariamente desafiante e belo” (com vídeo)

No final de Ano Pastoral 2023-2024, a Esperança Multimédia apresenta uma nova série dos Podcast d’Esperança, intitulada “À conversa com o Arcebispo de Évora”, composta por 5 episódios em formato vídeo que poderá conhecer todos os sábados, entre 10 de agosto e 7 de setembro, nos canais digitais diocesanos.

No primeiro episódio, que estreará neste sábado, dia 10 de agosto, no canal de Youtube da Arquidiocese, e que poderá assistir no site www.diocesedeevora.pt, o Prelado eborense faz um balanço do Ano Pastoral 2023/2024.

Num Ano Pastoral que foi vivido em pleno, já sem quaisquer constrangimentos, como foram os anteriores, marcados pela pandemia, muitas atividades foram desenvolvidas ao longo deste Ano pelos Departamentos da Pastoral, com a orientação da Coordenação Pastoral, assim como pelas Paróquias, pelos Institutos religiosos e pelos Movimentos.

Nos canais de comunicação da Arquidiocese demos conta das atividades desenvolvidas pela Pastoral Juvenil, com os seus encontros e iniciativas depois das Jornadas Mundiais da Juventude, pela Catequese com encontros e formações, pela Pastoral da Saúde, pela Pastoral Litúrgica, pela Pastoral Social, pela Pastoral das Pessoas com Deficiência, pela Pastoral dos Ciganos, assim como pela Pastoral Familiar que desenvolveu vários encontros e formações, com destaque para a Peregrinação Diocesana das Famílias a Vila Viçosa.

A Visita Pastoral Missionária e as ordenações diaconal de Carlos Corrales, e presbiteral de Tomás Dias, foram outros dos pontos altos deste Ano Pastoral 2023/2024.

Como não nos determos na importância de momentos como as Jornadas de Atualização do Clero, decorridas este ano sobre o tema ‘Presbíteros, «à imagem e semelhança» do Bom Pastor’, nas iniciativas sobre a Segurança e Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis no contexto da Igreja, nas celebrações Jubilares das Bodas de Prata e de Ouro sacerdotais, ou na presença de D. Manuel Clemente na condução do retiro para o Clero da Arquidiocese. A oferta da Renúncia Quaresmal, num valor superior a 20 mil euros, às Igrejas do Médio Oriente, através das obras de caridade do Santo Padre, e a vitalidade de vários Movimentos e Comunidades Eclesiais são outros destaques deste Ano Pastoral. Sobressai ainda como sublinhado de esperança o eco das Jornadas Mundiais da Juventude por todos nós sentido, nomeadamente a riqueza dos DnD – Dias na Diocese que nos continuaram a desafiar e a estimular ao longo deste Ano.

Neste primeiro episódio, D. Francisco Senra Coelho começa por afirmar que, “na minha experiência ministerial do episcopado, este Ano Pastoral foi extraordinariamente desafiante e belo”.

 

15 Jun 2024

15 de junho: Assembleia Diocesana da Pastoral da Saúde reuniu em Évora (com fotos)

Na manhã deste sábado, dia 15 de junho, entre as 9h30 e as 13h00, decorreu a Assembleia Diocesana da Pastoral da Saúde, que teve como tema “A Fé e o Sofrimento Humano”, no 40.º aniversário da Carta Apostólica Salvifici Doloris, de João Paulo II.

A Assembleia começou com um momento de oração e com a saudação do Arcebispo de Évora.

Depois durante a manhã o P. Manuel Vieira apresentou o tema “Salvifici Doloris – 40 anos da Pastoral da Saúde”. De seguida, o P. Alberto Martins falou sobre o “Sentido evangélico do sofrimento”.

A enfermeira Isabel Bico partilhou “Experiências de sofrimento” e os Grupos Locais da Pastoral da Saúde também fizeram a partilha das suas ações.

A Assembleia Diocesana da Pastoral da Saúde terminou com um almoço de confraternização.

 

 

20 Fev 2024

24 de Fevereiro’24: Encontro Sectorial da Pastoral da Saúde na Arquidiocese de Évora (com vídeo)

No dia  24 de fevereiro, em Portel, decorrerá o terceiro e último Encontro Sectorial da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Évora, que tem como tema: “Longevidade, Solidão e Esperança”.

O programa será: 10h, Oração da manhã; 10h15, Tema 1: “Saúde e Velhice”; 11h, intervalo; 11h15, Tema 2: “Longevidade: símbolo e oportunidade”; 12h, Eucaristia.