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01 Jan 2025

1 de janeiro de 2025: Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz

A Comissão Nacional Justiça e Paz propõe a todos uma leitura atenta da Mensagem que o Papa Francisco (clique aqui para ler na íntegra) nos dirige por ocasião do Dia Mundial da Paz, no início deste Ano Jubilar (2025), intitulada “Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz”.

As palavras que o Papa faz chegar a todos os homens e mulheres de boa vontade adquirem um sentido próprio em cada continente, região e país. Somos todos destinatários desta mensagem, no nosso agir concreto de cada dia, e não apenas os líderes das nações. Esta é, por isso, uma leitura que merece ser partilhada e objeto de reflexão conjunta nas nossas comunidades paroquiais, nos movimentos de que façamos parte, nas nossas famílias ou grupos de amigos. «Ninguém vem a este mundo para ser oprimido», afirma o Papa Francisco, ao jeito de Jesus.

Esta afirmação vigorosa precisa de ecoar na Europa e em Portugal, pois são palavras proféticas que não podem deixar-nos indiferentes.

Oprimido é aquele a quem tiraram toda a esperança. E, entre nós, há oprimidos sem visibilidade e cuja voz não se faz escutar. É oprimido o migrante que olhamos com desconfiança e receio, apesar de lhe devermos as tarefas mais árduas ou penosas e que passámos a desprezar. É oprimido o pobre a quem tantas vezes ignoramos as circunstâncias e os abismos em que se encontra de angústia e de falta de saúde mental.

São oprimidas as comunidades do interior, as vilas e aldeias a quem os fogos do verão e do outono devoram a esperança. São oprimidas as famílias que vivem sob o jugo das dívidas que contraíram e das taxas de juro que agrilhoam a sua esperança num futuro melhor.

São oprimidos os milhares de jovens à procura de casa por um preço compatível com os rendimentos do seu primeiro emprego. O Papa compara o som da trombeta que anunciava um ano de perdão na tradição hebraica e o grito que ninguém parece ouvir: o clamor das multidões de pobres e indigentes em surdina. Façamos do Jubileu da Esperança um cântico novo! Uma vida sem Esperança condena-nos à resignação e ao desespero, quando o apelo que brota do Evangelho é o desígnio que Deus tem para nós: colaborarmos na Sua ação no mundo.

Todos somos responsáveis pela eliminação dos espaços de opressão ainda existentes, através da partilha e de relações que assentem em valores como a fraternidade, a justiça e a paz. Do reconhecimento de uma vida digna para todos depende a paz. «Pequenos gestos de filantropia não erradicam a miséria», diz-nos o Papa; não que os condene, mas por neles não encontrar vigor, nem sede de justiça.

Transformemos a filantropia em amor e atenção ao próximo, com um sorriso, um abraço, um gesto de ternura. Queiramos ser anunciadores de uma Esperança audaz e não apenas de um otimismo politicamente correto. A Esperança é ambição de amor. É ousadia. É, a bem dizer, o impulso vigoroso da Paz e da Justiça. Ela «nasce da experiência da misericórdia de Deus», lembra-nos o Papa Francisco, citando a bula de proclamação do Jubileu de 2025 (Spes non confundit).

Nesta mensagem, o Papa Francisco apresenta ainda três propostas concretas que desafiam os decisores políticos à construção da Paz: o perdão da dívida dos países mais pobres, que retoma o apelo de São João Paulo II de há 25 anos, por ocasião do grande Jubileu de 2000; o compromisso na erradicação da pena de morte; e que uma percentagem fixa da despesa com armamento seja reservada à eliminação da fome, à educação e ao desenvolvimento sustentável.

Tenhamos coragem de, em democracia, apoiar os nossos Governos, neste programa audacioso de paz universal. O futuro é um dom que permite ultrapassar os erros do passado. Assim é o Jubileu. Um tempo favorável a fazermos do grito do desespero um hino de Esperança.

26 Dez 2024

Ano Santo: «A esperança não desilude nunca» – Papa pediu portas e corações abertos, na cadeia de Rebibbia

O Papa Francisco abriu hoje uma porta santa do Jubileu 2025 na prisão de Rebibbia, afirmo que a “esperança nunca desilude” e convidou a ter as portas e os corações abertos, na homilia que proferiu esta quinta-feira, em Roma.

“É um belo gesto abrir as portas, mas, mais importante, o que significa é abrir o coração, o coração aberto faz a fraternidade. O coração fechado, duro, não ajuda a viver”, disse o Papa, na sua homilia, na capela da prisão de Rebibbia.

Francisco, que abriu na manhã desta quinta-feira, 26 de dezembro, a segunda porta do Ano Santo 2025, na cadeia de Rebibbia, explicou que “a graça do jubileu é abrir, sobretudo abrir o coração à esperança”.

“A esperança não desilude nunca, pensem bem nisto, eu também pensei: a esperança nunca desilude. Eu gosto de pensar na esperança como a âncora e nós com a corda estamos seguros, porque a nossa esperança é como a âncora na terra. Não perder a esperança, é a mensagem que quero deixar a todos, a todos, eu primeiro”, desenvolveu.

O Papa salientou que, “às vezes, a corda é difícil”, faz mal às mãos, e exemplificou com o gesto de quem puxa uma corda, mas “sempre com a corda nas mãos, olhando para a margem que leva em frente, há sempre algo de bom que leva para a frente”.

Francisco, assinalando que cada um sabe “como abrir as portas do coração”, realçou que primeiro são as mãos na corda, “com a âncora da esperança”, e, em segundo, “as janelas, as portas abertas, sobretudo a porta do coração”, porque um “coração fechado torna-se duro como uma pedra, esquece-se da ternura”, e um coração aberto “é aquilo que faz irmão”.

“Desejo a todos um grande jubileu, desejo muita paz e todos os dias rezo por vocês, não é um modo de dizer, todos os dias penso em vocês e rezo”, concluiu, pedindo que também rezem por ele.

 

Ainda do lado de fora da capela da prisão de Rebibbia, Francisco bateu seis vezes na porta santa, que se abriu, e entrou na companhia do bispo auxiliar de Roma, D. Benoni Ambarus, dois “convidados” de Rebibbia (um homem e uma mulher) e dois agentes.

Participaram cerca de 300 pessoas na Missa na capela, assinalando a festa litúrgica de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, o coro desta celebração foi constituído por 20 reclusos, outros 12 serviram o altar, as leituras foram feitas por um recluso e por uma guarda-prisional.

No final da Eucaristia, ainda no presbitério, o Papa cumprimentou quem participou na celebração na capela, recebeu algumas prendas de reclusos, reclusas e dos guardas prisionais, com quem conversou, trocou cumprimentos e sorrisos, e ofereceu também uma lembrança.

Francisco doou ao Estabelecimento prisional de Rebibbia uma réplica da Porta Santa da Basílica do Vaticano, e um pergaminho sobre a abertura desta porta santa, e visitou o presépio desta capela, feito pelos reclusos do ‘Reparto G8’, saindo pela porta da Santa de Rebibbia; destaca-se a participação do arcebispo D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e responsável pela organização do Jubileu 2025, e do cardeal português José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

A diretora do Novo Complexo da Penitenciária de Rebbibia, Teresa Mascolo, explicou que as detidas fizeram um presente para o Papa Francisco, na oficina de carpintaria do projeto que lida com a recuperação de madeira das barcaças de migrantes, chamado ‘Metamorphosis’, ativado pela Casa dello Spirito e delle Arti,

Francisco, visitou 15 cadeias nos anos do seu pontificado, esteve na prisão de Rebibbia, na Quinta-feira Santa de 2015, para lavar os pés de doze reclusos de diferentes nacionalidades; já este ano, celebrou a Missa da Ceia do Senhor na prisão feminina de Rebibbia, lavando os pés a doze mulheres.

O Papa abriu esta quinta-feira uma porta santa na prisão de Rebibbia, em Roma, num gesto inédito na história dos jubileus, a segunda porta santa do Ano Santo 2025, após a abertura da porta santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, na Missa da Noite de Natal, na celebração do nascimento de Jesus, no dia 24 de dezembro.

“A primeira porta santa abri no Natal, em São Pedro, mas eu quis que a segunda porta santa fosse aqui, numa prisão, eu quis que cada um de nós, todos, dentro e fora, tivéssemos a possibilidade de abrir as portas do coração e entender que a esperança não desilude”, disse o Papa, ainda do lado de fora da capela da prisão de Rebibbia, antes da abertura da Porta Santa.

Na bula de convocação do Jubileu 2025, o Francisco explicou este gesto, “a fim de oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade”: “Eu mesmo desejo abrir uma porta santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida”.

O documento defende uma amnistia para os presos, como sinal de “esperança”.

“Proponho aos governos que, no Ano Jubilar, tomem iniciativas que restituam esperança aos presos: formas de amnistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis”, indica o texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude).

A bula, publicada em maio, proclamava solenemente o início e fim das celebrações do próximo Ano Santo, entre 24 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, naquele que é o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.

O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.

Carlos Borges – Agência ECCLESIA

A diretora do Novo Complexo da Penitenciária de Rebbibia disse que percebem a Porta Santa como “uma abertura de espiritualidade e justiça, um lugar de acolhimento a serviço da fraternidade do mundo e também representa uma metáfora da espiritualidade, no sinal do compromisso com a igual dignidade de todos”. 

“Faço minhas as palavras do Papa, que nos ensina que a esperança não dececiona; é um dom que nos impulsiona a agir e cada dia na prisão é precioso para cultivá-la, porque é um sentimento que nos permite encontrar o bem e o belo nos outros”, acrescentou Teresa Mascolo, ao portal ‘Vatican News’, no início de dezembro.

A diretora do Novo Complexo da Penitenciária de Rebbibia explicou que acredita que “a justiça e o perdão são dois lados da mesma moeda”, salientando que é “preciso humildade, respeito pela dignidade da pessoa, mas também atenção às palavras”, precisam de preocupar-se com as relações, “mas também com as relações que curam”.

Este Novo Complexo do Estabelecimento Prisional de Rebibbia, inaugurado pelo Papa nesta visita para a abertura da Porta Santa, um dos quatro que compõem esta penitenciária romana, é um dos maiores da Itália, “atualmente, tem 1585 detidos, a capacidade é de 1.170, as palavras de ordem são humanidade e dignidade das pessoas”, adiantou Teresa Mascolo.

25 Dez 2024

Jubileu 2025: «A porta da esperança foi escancarada para o mundo», afirmou o Papa Francisco após passar pela Porta Santa

O Papa Francisco afirmou na homilia da Missa da Noite de Natal, a 24 de dezembro, que assinalou o início do Ano Jubilar com a abertura da Porta Santa, que a “esperança foi escancarada para o mundo”.

“Esta é a noite em que a porta da esperança foi escancarada para o mundo; esta é a noite em que Deus diz a cada um: há esperança também para ti”, afirmou o Papa.

Francisco presidiu à Missa com rito de abertura da Porta Santa, uma tradição com 600 anos e que marca o início solene do Jubileu 2025, que coincide com a celebração dos 1700 anos do primeiro concílio ecuménico, o Concílio de Niceia, que afirmou a divindade de Jesus, Filho de Deus.

O Papa, transportado em cadeira de rodas, passou a Porta Santa acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e também por membros de outras Igrejas e comunhões cristãs presentes em Roma, “sinal visível da fé que todos os cristãos partilham em Jesus Cristo, o Verbo feito carne”, indica uma nota do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos enviada à Agência ECCLESIA.

De acordo o documento, a passagem do limiar da Porta Santa por parte dos representantes de Igrejas ecuménicas não é uma “tentativa de os associar a elementos do Jubileu, como a indulgência jubilar, que não estão de acordo com as práticas das suas respetivas comunidades”.

A celebração da Noite de Natal começou no exterior da Basílica de São Pedro, com um momento de preparação que inclui a leitura de três textos do Antigo Testamento – livros do Génesis, Isaías e Miqueias – que “anunciam a vinda de Cristo Salvador”.

A abertura da Porta Santa acontece, tradicionalmente, na celebração do nascimento de Jesus, incluindo o “anúncio do Natal”.

Antes da Missa, decorreu o rito que marca o início do Jubileu, “tempo da misericórdia e do perdão”, iniciando-se com uma antífona, seguida da oração do Papa, para que “se abra a cada homem e mulher o caminho da esperança que não desilude”.

Após a leitura de uma passagem do Evangelho segundo São João, Francisco aproximou-se da Porta Santa, altura em que decorre o diálogo explicativo da abertura ritual: “Esta é a porta do Senhor: por ela entram os justos. Abri-me as portas da justiça: entrarei nelas para dar graças ao Senhor” (Salmo 118).

O Papa vai abriu a porta em silêncio, recolhendo-se em oração, seguindo-se o toque dos sinos, entrando depois na Basílica acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e por convidados de outras confissões cristãs, ao som do hino jubilar, “Peregrinos da Esperança”.

Na bula de proclamação do 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica, intitulada ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), o Papa Francisco propõe um cessar-fogo global e o perdão das dívidas aos países pobres.

“Que o primeiro sinal de esperança se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”, escreve Francisco, que defende também uma amnistia para os presos, como sinal de esperança, anunciando que vai abrir uma porta santa numa cadeia.

Depois da Missa da Noite de Natal, no Vaticano, decorre o evento ‘Note del Natale – Speciale Giubileo’ (Notas de Natal – Especial Jubileu), uma celebração cultural com transmissão desde a Praça de São Pedro, com a presença de Andrea Bocelli, Claudio Baglioni, Giovanni Allevi, o coro da Capela Juliana da Basílica de São Pedro, a violinista Anastasiya Petryshak e o bailarino Roberto Bolle.

Octávio Carmo/Paulo Rocha – Agência ECCLESIA

10 Dez 2024

10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

O Parlamento português decidiu atribuir o Prémio Direitos Humanos 2024 à Associação Juvenil ‘Transformers’, pela sua intervenção na capacitação de crianças e jovens em risco de exclusão social.

Foram ainda atribuídas medalhas de ouro comemorativas do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos a duas instituições com intervenção na proteção dos direitos das pessoas idosas e de outras pessoas em situação de vulnerabilidade ou incapacidade: a Associação Coração Amarelo – pelo seu trabalho, assente em voluntariado – no apoio a quem vive em solidão e isolamento, principalmente os mais idosos, e pela promoção do relacionamento intergeracional – e a Associação Nacional de Cuidadores Informais – pelo seu trabalho na defesa dos interesses e na dignificação dos Cuidadores Informais.

05 Dez 2024

Advento/Natal: «Terra Santa, tão massacrada pela guerra» é o destino de campanha solidária da Conferência Episcopal Portuguesa

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) está a promover para este Advento/Natal uma campanha de angariação de fundos “em favor da Terra Santa, tão massacrada pela guerra”.

A contribuição pode ser feita através de duas modalidades: cada diocese escolherá um dia para realizar um peditório nas comunidades cristãs em favor desta causa ou cada pessoa ou organismo pode enviar o donativo para a conta estabelecida.

A CEP informa que todas os contributos devem ser enviados até ao final do ano através da transferência bancária PT50 0018 0003 1381 1229 0204 9 e que no envio deve ser indicada a referência CEP TERRA SANTA e comprovativo para o e-mail cep.sgeral@ecclesia.pt.

O Arcebispo de Évora apela à Arquidiocese para que contribua nesta campanha, dado que a Família Religiosa do Verbo Encarnado, da qual faz parte a Comunidade das Irmãs Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, que habitam o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (Cartuxa de Évora), está presente na Terra Santa e nas proximidades, com Comunidades em: Seforis, Maghar e Nazaret (cidades de Israel); Belém, Beit Jala, Gaza e Taybeh (cidades da Palestina); Jordânia: Anjara, Amman e Maghtas; Síria: Aleppo e Damasco (as missões na Síria não são da jurisdição do Patriarcado Latino de Jerusalém).

 

25 Nov 2024

Sínodo 2024: Papa afirma autoridade do documento final como «magistério» e pede implementação nas comunidades católicas

O Papa publicou neste dia 25 de novembro uma “nota de acompanhamento” do documento final da XVI Assembleia Geral do Sínodo, encerrada em outubro deste ano, sublinhando o seu valor como “magistério” pontifício e a necessidade de implementação nas comunidades católicas.

“O documento final faz parte do magistério ordinário do sucessor de Pedro [o Papa] e, como tal, peço que seja aceite. Ele representa uma forma de exercício do magistério autêntico do bispo de Roma que tem algumas características novas, mas que, de facto, corresponde ao que tive a oportunidade de apontar em 17 de outubro de 2015, quando afirmei que a sinodalidade é a estrutura interpretativa apropriada para entender o ministério hierárquico”, indica, citando o discurso que proferiu no 50.º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos.

“A conclusão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos não põe fim ao processo sinodal”, acrescenta.

A assembleia sinodal, cuja segunda sessão decorreu de 2 a 27 de outubro, com o tema ‘Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão’, começou com a auscultação de milhões de pessoas, pelas comunidades católicas, em 2021; a primeira sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo decorreu em outubro de 2023.

“Reconhecendo o valor do caminho sinodal concluído, entrego agora a toda a Igreja as indicações contidas no documento final, como restituição do que amadureceu ao longo desses anos, por meio da escuta e do discernimento, e como orientação autorizada para sua vida e missão”, escreve o Papa.

Francisco promulgou o documento final e enviou-o às comunidades católicas, sem publicação de exortação pós-sinodal, uma possibilidade prevista na constituição apostólica ‘Episcopalis communio‘ (2018).

O Papa recorda que “toda a Igreja foi chamada a ler sua própria experiência e a identificar os passos a serem dados para viver a comunhão, realizar a participação e promover a missão que Jesus Cristo lhe confiou”.

Agora a jornada continua nas Igrejas locais e em seus agrupamentos, valorizando o documento final que foi votado e aprovado pela Assembleia em todas as suas partes em 26 de outubro. Eu também o aprovei e, assinando-o, ordenei sua publicação, juntando-me ao “nós” da Assembleia que, por meio do documento final, se dirige ao santo e fiel Povo de Deus”.

Francisco sublinha que as dioceses, conferências episcopais e outros organismos eclesiais são chamados a “fazer escolhas consistentes” com o que está indicado no documento final do último Sínodo, “por meio dos processos de discernimento e tomada de decisão previstos pela lei e pelo próprio documento”.

O Papa retoma o que afirmou após o Sínodo sobre a Família (2014 e 2015), destacando que pode haver, na Igreja, “diferentes maneiras de interpretar certos aspetos da doutrina ou certas consequências que dela decorrem”.

“O documento final contém indicações que, à luz de suas orientações básicas, já podem ser implementadas nas Igrejas locais e nos agrupamentos de Igrejas, levando em conta os diferentes contextos, o que já foi feito e o que falta fazer para aprender e desenvolver cada vez melhor o estilo próprio da Igreja sinodal missionária”, aponta.

Em muitos casos, trata-se de implementar efetivamente o que já está previsto no direito existente, tanto latino quanto oriental. Noutros casos, será possível proceder, através de um discernimento sinodal e no âmbito das possibilidades indicadas pelo documento final, à ativação criativa de novas formas de ministerialidade e de ação missionária, experimentando e submetendo as experiências à verificação”.

Esta “fase de execução” do caminho sinodal, com base nas orientações oferecidas pelo documento final, vai ser acompanhada pela Secretaria-Geral do Sínodo, juntamente com os Dicastérios da Cúria Romana.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou a realização de um encontro nacional para debater as conclusões da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, a 11 de janeiro de 2025, com responsáveis das várias dioceses.

O documento final da XVI Assembleia Geral do Sínodo, aprovado no Vaticano, devolve às comunidades locais a responsabilidade de implementar mudanças, alargando formas de “participação” de todos os seus membros.

“Pedimos a todas as Igrejas locais que continuem o seu caminho quotidiano com uma metodologia sinodal de consulta e discernimento, identificando caminhos concretos e percursos de formação para realizar uma conversão sinodal palpável nas várias realidades eclesiais”, referem os participantes dos cinco continentes, após duas sessões sinodais, em 2023 e neste ano, sob a presidência do Papa.

O texto, aprovado na totalidade dos seus 155 pontos, defende que seja prevista “uma avaliação dos progressos realizados em termos de sinodalidade e de participação de todos os batizados na vida da Igreja”.

Os participantes sugerem ainda que os vários organismos episcopais “dediquem pessoas e recursos para acompanhar o caminho de crescimento como Igreja sinodal em missão e para manter o contacto com a Secretaria-Geral do Sínodo”.

OC – Agência ECCLESIA

25 Nov 2024

Jovens da Arquidiocese de Évora participaram em Roma na entrega dos símbolos da JMJ aos jovens da Coreia do Sul

Nos dias 23 a 25 de novembro, deslocamo-nos de Évora até Roma para a entrega dos símbolos da JMJ aos jovens da Coreia do Sul.

Estivemos presentes no terço com os jovens de Seul e os jovens de outras dioceses de Portugal, na Basílica de Santa Maria Maior e na Eucaristia da Solenidade de Cristo Rei, presidida pelo Santo Padre na Basílica de São Pedro. Em ambas fizemos representar Évora participando em comunhão com todos os nossos irmãos. Partilhamos as nossas histórias, e como falávamos viveu-se um “RemenberJMJ” já com os olhos postos no próximo. Foi sem dúvida algo gratificante, e quase se palpava o entusiasmo que o Jovens de Seul tinham ao receber os símbolos, fazendo lembrar quando também nós assim estávamos e sentia-mos “pressa no ar” para a JMJ Portugal.

Agora resta-nos continuar o caminho que as jornadas nos abriram.

Rodrigo Francisco- DpjÉvora

07 Nov 2024

Irmão Pascal Ahodegnon é eleito novo Superior Geral da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus

No 18ª dia do LXX Capítulo Geral da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus foi eleito o novo Superior Geral para o próximo sexénio, o Irmão Pascal Ahodegnon. Foi em Czestochowa, Polónia, que aquele que foi conselheiro de Jesús Etayo durante 12 anos foi eleito pelos 67 capitulares (7 Irmãos da Cúria Geral e 60 Irmãos das 18 Províncias da Ordem).

O Irmão Pascal nasceu a 10 de abril de 1971, em Savé, Benim. Ingressou na Ordem em 1994, fez os votos temporários a 15 de agosto de 1997 e os votos perpétuos a 25 de maio de 2003. Formou-se em medicina e cirurgia em Milão, Itália. Foi eleito Conselheiro Geral em 2012, sendo reeleito em 2019, com especial responsabilidade pela região de África.

Sob o lema “Hospitalidade num Mundo em mudança”, este Capítulo é marcado pela integração dos colaboradores que pela primeira vez “participaram plenamente nas discussões, com igualdade de voz em relação aos Irmãos”, explicou o Irmão Donatus Forkan – Superior da Província da Europa Ocidental e o mais velho capitular no evento.

Depois de duas semanas de trabalho intenso de Irmãos e colaboradores que analisaram os relatórios de perceção (sensing), um trabalho de preparação de dois anos, com base numa nova metodologia definida para o LXX Capítulo Geral. Depois desta “avaliação do sexénio que termina e, partindo da realidade atual no mundo na Igreja, e particularmente na Ordem, elabora-se um programa com as linhas de ação e os eixos fundamentais a serem trabalhados e dinamizados nos próximos seis anos”, esclarece o Superior Provincial da Província Portuguesa, Irmão José Paulo.

A terceira semana de trabalho continuou apenas com os Irmãos que, em grupo,  se debruçaram sobre cinco temas prioritários: a governança, o mundanismo espiritual, a formação dos Irmãos, o seu papel específico, e o cuidado dos Irmãos idosos.

Na última semana do Capítulo, que terminará a 7 de novembro, o novo Superior Geral formará o seu conselho (composto por seis irmãos), antes da adoção final das orientações e recomendações que moldarão o futuro da Ordem.

07 Nov 2024

Bispo de Mindelo visita o Seminário Maior de Évora

No dia 5 de novembro, o Bispo de Mindelo, D. Ildo Fortes, acompanhado pelo Padre José Mário, da mesma diocese, visitou o Seminário de Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora.

“Embora tenha sido uma visita breve, D. Ildo presenteou-nos com algumas palavras sobre a vida de seminário, fazendo referência à sua experiência pessoal. Apresentou, também, parte da sua experiência no Sínodo dos Bispos do qual fez parte, reforçando que foi um momento onde foi possível ver a “unidade na diversidade” na Igreja Católica. Além disso, também tivemos direito a uma morna à Virgem Maria tocada e cantada pelo próprio”, descreve a Comunidade do Seminário Maior.

07 Nov 2024

Escuteiros de Évora solidários com Valência

Perante as inundações em Valência, o Agrupamento 320 do Corpo Nacional de Escutas, com sede Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora de Évora (Salesianos), mobilizou-se para ajudar na medidas das suas possibilidades, unidos à Comunidade Salesiana de Évora. Nesse sentido, foi feita uma recolha de material e, entretanto, o chefe do agrupamento António Nabeiro e também o Filipe Nabeiro, chefe da III Secção, partiram até Valência para ajudar nas ações de limpeza. “Obrigado a todos quantos fazem parte da família 320 e obrigado a todos os que estão direta e indiretamente a contribuir para atenuar os estragos desta catástrofe, nem que seja apenas com orações! SEMPRE ALERTA PARA SERVIR!”, testemunham os escuteiros na página de Facebook do Agrupamento 320.