Igrejas Jubilares
Conheça aqui as Igrejas Jubilares. Dividimos em três grupos: 1) Catedral; 2) Santuários Cristológicos; 3) Santuários Marianos.
A Sé ou Catedral de Évora é a maior e uma das mais belas de Portugal. Está classificada pela UNESCO como “Património da Humanidade”.
A sua construção, dentro do estilo romano-gótico, tem a forma de uma cruz latina mais visível no interior. Terá sido iniciada por volta de 1280 e terminada cerca de 1350, portanto séc. XIII-XIV.
Situada na Acrópole, o ponto mais alto da cidade, onde também se encontra o templo de Romano, avulta ao longe pela sua beleza o zimbório ou torre lanterna, em Espanha. Igualmente percetível é a forma de fortaleza, visível no terraço cercado de ameias, típica das igrejas-fortaleza da idade média.
Santuários Cristológicos
Alcácer do Sal
Santuário do Senhor Jesus dos Mártires

A igreja, fundada na Idade Média, numa antiga necrópole da Idade do Ferro pela Ordem de Santiago, dedicada a Santa Maria dos Mártires. O nome de “Mártires” aparece ligado à memória do enterramento dos cruzados que tombaram em combate durante o cerco e conquista de Alcácer aos mouros. Foi sendo constantemente reformada entre os séculos XIII e XVIII. A doação do crucifixo no séc. XV intensificou a devoção cristológica ao Senhor dos Mártires, e, no séc. XVIII, a igreja passou a ser conhecida como Santuário do Senhor dos Mártires.
Borba
Santuário do Senhor Jesus dos Aflitos

A origem da imagem e devoção ao Senhor Jesus “dos Aflitos” é incerta, mas a tradição oral conta que uma senhora de Arcos, Estremoz, fez uma promessa e, ao ser atendida, ofereceu a imagem do Senhor Jesus dos Passos à Capela da Ordem Terceira em Borba (1810-1814). A imagem de Jesus carregando a cruz rapidamente se tornou centro de devoção para os borbenses em momentos de dor, sendo conhecida como “Senhor Jesus dos Aflitos”. Por decreto do Arcebispo D. Francisco Senra Coelho, em 2024 foi elevado a Santuário Diocesano.
Elvas
Santuário do Senhor Jesus da Piedade

Em 1736, quando o P. Manuel Antunes, a caminho da sua horta, caiu da montada e, muito ferido, arrastou-se até uma cruz que assinalava a morte de um lavrador. Ajoelhado, pediu a Deus que, se sobrevivesse, celebraria ali uma missa e mandaria restaurar a cruz. Sobreviveu e cumpriu a promessa, mandando pintar a imagem de Cristo Crucificado, conhecida como Senhor Jesus da Piedade. Em 1737, foi construída a primitiva Ermida do Senhor Jesus da Piedade, no lugar do antigo cruzeiro. Em 1753, a ermida tornou-se pequena devido à grande afluência de romeiros e começa a ser construída uma igreja no lugar da ermida.
Santuários Marianos

Santuário de Nª Sª das Candeias (Mourão)
Após a demolição de um templo em honra de Nossa Senhora do Tojal por causa das batalhas com os castelhanos, foi mandado construir o atual santuário por determinação régia de D. Pedro II em 1981, sendo arquiteto D. Diogo Pardo de Osório e dedicado a Nossa Senhora das Candeias. O atual santuário é de estilo barroco de uma só nave.
Santuário de Nª Sª da Conceição (Vila Viçosa)
Segundo a tradição, a igreja, denominada de Nossa Senhora do Castelo e consagrada a Nossa Senhora da Conceição, foi fundada pelo condestável do Reino de Portugal, D. Nuno Álvares Pereira, após a vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota (1385) contra os castelhanos. Em 1646, o rei D. João IV retirou a coroa da sua cabeça e a colocou aos pés da imagem, proclamando-a Padroeira de Portugal, e desde então, os monarcas portugueses nunca mais colocaram a coroa real. O Papa João Paulo II visitou o santuário em 1982, durante sua primeira visita a Portugal.
Santuário de Nª Sª da Boa Nova (Terena, Alandroal)
O Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova de Terena, o mais antigo a sul do Tejo. A sua origem remonta às Cantigas de Santa Maria de Afonso X de Castela, e acredita-se que o templo tenha surgido da cristianização de cultos pagãos. A tradição atribui a fundação à Rainha D. Maria de Castela, após a vitória na Batalha do Salado.

Nossa Senhora do Castelo (Coruche)
O culto de Nossa Senhora do Castelo tem origem na carta-ordem de D. Jorge de Lencastre, datada de 1516, que mandava realizar uma procissão em honra de Nossa Senhora. A procissão foi transferida para o dia 15 de Agosto, data da Assunção. Em 1758, o Pároco Luís António Leite Pitta relatou os milagres atribuídos à imagem, como curas e salvações de vida. A ermida atual foi ampliada em 1727 e 1856.
Nossa Senhora das Brotas (Brotas – Mora)
O culto de Nossa Senhora de Brotas tem origem num milagre ocorrido no Alto Alentejo, na primeira metade do século XV. Um pastor viu a sua vaca cair num barranco, partir uma pata e morrer, mas, após a intervenção da Virgem, a vaca foi ressuscitada. Ela pediu ao pastor que construísse um santuário no local. No final do século XV, surge o santuário em Brotas, dando origem à atual igreja.

Nossa Senhora de Aires (Viana do Alentejo)
A devoção a Nossa Senhora de Aires remonta a 1748, após um voto feito por comerciantes devido a uma epidemia na região. Atendido o voto, iniciou-se a construção do santuário. A imagem, provavelmente proveniente do Convento de S. Francisco de Viana do Alentejo, data do final do século XV.

Nossa Senhora da Visitação (Montemor-o-Novo)
Em 1496, durante as Cortes de Montemor-o-Novo, Vasco da Gama foi nomeado comandante da esquadra para a Índia. Pelo sucesso da descoberta do caminho marítimo para a Índia, D. Manuel I mandou construir este santuário. A igreja de estilo manuelino-mudéjar, com painéis de azulejos do séc. XVIII alusivos à vida de Nossa Senhora e pinturas a fresco.
Nossa Senhora da Vila Velha (Fronteira)
A fundação da igreja é desconhecida, mas a referência mais antiga remonta a 1489. Na época, atraía muitos peregrinos pela fama milagrosa da padroeira. Em 1694, um raio atingiu a capela-mor, cheia de romeiros, mas não causou vítimas, o que fortaleceu a fé popular.
Para mais informações acerca do das Igrejas Jubilares consulte a página da Pastoral do Turismo e das Peregrinações: https://www.facebook.com/profile.php?id=61567517791989