Como foi anunciado no dia da Igreja Diocesana, dia 5 de Outubro, a Arquidiocese de Évora organiza através do Secretariado da pastoral do Turismo peregrinações à cidade Eterna por ocasião do Jubileu.
Recorde-se que o primeiro grupo peregrinou entre os dias 1 e 5 de março passado.
Entretanto, o segundo grupo irá fazer a Peregrinação em Junho, nos dias 21 a 25, conforme o programa aqui publicado. O preço total é de 1550 euros por pax.
O Secretariado Arquidiocesano informa que apenas restam 3 vagas.
A Semana Santa 2025 está a ser vivida em pleno na Catedral de Évora, assim como por toda a Arquidiocese.
Neste Sábado Santo, dia 19 de abril, pelas 10h, foram celebradas Laudes, na Catedral de Évora, presididas pelo Arcebispo de Évora.
A leitura breve lida, ouvida pela Assembleia que encheu a Catedral eborense, foi a seguinte: “Eis o que diz o Senhor: Na sua angústia, hão-de procurar-Me: «Vinde, voltemos para o Senhor. Se Ele nos feriu, Ele nos curará. Se nos atingiu com os seus golpes, Ele tratará as nossas feridas. Ao fim de dois dias, Ele nos fará viver de novo. Ao terceiro dia nos levantará e viveremos na sua presença».
A Semana Santa 2025 está a ser vivida em pleno na Catedral de Évora, assim como por toda a Arquidiocese.
Nesta Sexta-feira Santa, dia 18 de abril, pelas 10h, decorreu a celebração de Laudes, na Catedral eborense, presidida pelo Arcebispo de Évora.
O Coro Stella Matutina entoou os Salmos e Cânticos próprios das Laudes de Sexta-feira Santa.
Depois foi lida a Leitura – Is 52, 13-15: “Vede como vai prosperar o meu servo: subirá, elevar-se-á, será exaltado. Assim como, à sua vista, muitos se encheram de espanto – tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de ser humano – assim se hão-de encher de assombro muitas nações e diante dele os reis ficarão calados, porque hão-de ver o que nunca lhes tinham contado e observar o que nunca tinham ouvido”.
Após a leitura, numa breve reflexão, o Arcebispo de Évora disse que percebemos como Senhor se manifestou na sua grandeza imensa, em todo o seu poder, através deste gesto de suprema humilhação”.
“Jesus coincidiu a sua liberdade com a liberdade que o Pai lhe propunha”, acrescentou.
“Jesus identifica-se com ser humano mais pequeno, mais rejeitado e excluído. Neste movimento descendente acontece o encontro de Deus com a Humanidade. Percebemos que ninguém fica de fora, que ninguém é excluído do Amor de Deus. Todos recebem o dom do Amor, da Compaixão. Encontramo-nos com o Senhor em Compaixão”, desenvolveu.
“Nesta manhã em que Jesus percorria o caminho do seu julgamento, em que é apresentado “Eis o Homem”, ridicularizando a sua condição humana, é neste momento até à hora sexta que acompanhamos o Senhor nesta passagem através dos gritos constantes crucifica-o, crucifica-o”, recordou o Prelado, acrescentando que “depois de ter sido recebido em domingo de triunfo, na entrada de Jerusalém, é este reverso da medalha, este reverso da humanidade que o condena à morte”.
“Neste reverso da humanidade, percebemos que o Senhor se identifica com todos os traídos, com as vítimas da cobardia, e desce às profundezas do nada”, referiu.
“Podíamo-nos encontrar esta manhã com o Senhor em tantos estabelecimentos prisionais, como Santo Padre fez há poucos dias”, recordou.
“Hoje podíamos encontrar com Jesus crucificado em tantos campos de refugiados, onde crianças e adultos desafiam a água pisada pelos animais para saciar a sua sede”, disse, acrescentando “podíamos encontrar Jesus em tantas multidões que fogem à morte”.
“Jesus está aí nos excluídos, nos rejeitados, nas novas escravaturas do mundo moderno. Ele desceu ao mais fundo, ao mais baixo para abraçar cada homem e cada mulher e elevá-lo na sua ressurreição à dignidade de filhos de Deus”, afiançou.
“Este Jesus que vem para descer aos invernos do mundo para percorrer os caminhos da humanização, da dignificação”, apontou.
“Sexta-feira santa lembra-nos a cruz e põe-nos em atitude de silencio. Mas sexta-feira santa é um apelo, um grito de com Jesus irmos aos infernos do mundo, aos campos de concentração de cada tempo e fazermos surgir algo de muito importante que é a esperança através do nosso compromisso e da nossa presença”, apelou o Arcebispo de Évora. “Sexta-feira santa não é passiva, é profundamente interpelativa”.
“Último dia de peregrinação do primeiro grupo que participa na peregrinação diocesana a Roma. Quase de regresso. Hoje, Visitamos as Catacumbas de Domitilla, celebramos Eucaristia em Santa Mónica, e tivemos tarde livre pelo Vaticano. Terminar a nossa Peregrinação com o início do Tempo da Quaresma é extraordinário! Uma peregrinação única por todos os motivos possíveis. Até ao nosso Portugal!”
O Secretariado Diocesano da Pastoral do Turismo e Peregrinações, presidido pelo Pe. Nelson da Costa Fernandes, está a divulgar a 2ª edição dos desdobráveis com o Roteiro dos Principais Santuários da Arquidiocese, seus horários, e os horários das Eucaristias Dominicais na cidade de Évora. Está redigido em quatro línguas (Português, Espanhol, Inglês e Francês). Pode encontrá-lo na maioria dos hotéis da cidade de Évora, na Catedral e Igreja de S. Francisco, e nos Santuários que são apresentados.
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Alegrar-nos-á a tua visita, sejas tu quem fores, uma vez que significa o interesse que tens pela vida da Igreja Católica e pela sua mensagem. A fé cristã moldou a unidade e a cultura da Europa e o coração e espírito do nosso povo.
Se por aqui passares somente por curiosidade, aproveita para olhar além do sensível, abrir a mente e sentir com o coração. Não será tempo perdido e pode ser que desperte em ti algo adormecido.
Se te sabes Igreja, sentir-te-ás em casa. Na tua oração e junto ao Altar da Festa recorda todos os teus irmãos dispersos pelo mundo.
Nesta semana, dois músicos de renome internacional estão nossa região porque foram convidados a dar três concertos em celebração dos três reis.
Matthias Müller da Frísia Oriental, maestro de música sacra, organista internacionalmente activo e restaurador de harmónios e órgãos, bem como a soprano Cristel de Meulder de Antuérpia, concordaram alegremente em prosseguir este desejo. Cristel de Meulder é, provavelmente, a cantora de música sacra mais conhecida da Bélgica e já deu concertos por todo o mundo.
Tocarão músicas lindas e finas. Composições que foram compostas para a época do Natal e também especificamente para o Dia dos Reis Magos.
No passado dia 6 de janeiro, recordando a antiga tradição de celebrar nesse dia o dia de Reis, como continua a acontecer na nossa vizinha Espanha, realizou-se na Igreja do Mosteiro da Imaculada Conceição, das irmãs Concepcionistas de Campo Maior um concerto de Reis, interpretado de forma sublime e bela por dois músicos de renome internacional: Matthias Müller e Cristel de Meulder, contanto desta vez, de forma especial, com a participação das irmãs concepcionistas.
Cristel de Meulder é uma cantora soprano belga que estudou no Conservatório Real Flamengo de Música de Antuérpia, onde obteve o primeiro prémio em música de Câmara e um diploma superior em voz. Matthias Müller, por sua vez, é um maestro de música sacra alemão, restaurador de órgãos, harmónios e pianos.
Estes dois amigos da Comunidade Concepcionista de Campo Maior e sábios da música, presentearam a todos os presentes neste concerto com o seu talento e maestria, interpretando músicas de Natal de diferentes partes do mundo. Vindos de longe, como um dia os Reis Magos, procurando a estrela da beleza que o tempo não destrói, estes dois amantes da música transmitiram, assim, a beleza da música, fazendo despertar em cada um o amor pela arte que perdura.
Também neste concerto a Comunidade das irmãs recordou e homenageou as irmãs que lhes precederam, recuperando e cantando os antigos villancicos (cânticos tradicionais do Natal, de Espanha) que estas cantavam quando chegaram a Campo Maior, com a ajuda e interpretação destes dois músicos.
Numa noite em que os Reis nos desafiam a olhar para o Alto, para seguirmos a estrela que conduz a Jesus, pudemos sentir-nos mais próximos do Céu, através da beleza da música, que nos ajuda a procurar e a aproximarmo-nos mais do Deus feito Menino e pedir-lhe que a Luz do Natal não deixe de brilhar durante este novo ano, o ano da esperança que agora começámos.
Quem quiser experienciar um pouco deste Céu a que a beleza da música nos conduz, tem ainda a oportunidade de participar nos concertos que estes dois amigos músicos irão dar no próximo fim-de-semana: dia 10 de janeiro (sexta-feira) às 18h30 na Igreja matriz de Mora e dia 11 de janeiro (sábado) às 17h00 no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
O Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova de Terena é o santuário mariano mais antigo a sul do Tejo, cenário de um culto ininterrupto com mais de sete séculos de história. Trata-se de um importante e singular testemunho da arquitetura medieval portuguesa, classificado Monumento Nacional por Decreto de 26 de junho de 1910.
Os documentos mais antigos que fazem referência a esta igreja são as Cantigas de Santa Maria, da autoria do Rei Afonso X de Castela (1221-1284), avô do Rei D. Dinis, que tem várias composições poéticas dedicados a Santa Maria de Terena. Crê-se que é possível que a edificação deste templo resulte da cristianização de antigos cultos pagãos, ligados ao Deus Endovélico. Contudo a tradição popular atribui a edificação do atual edifício à Rainha D. Maria de Castela, (filha de D. Afonso IV o Bravo) a quem Camões chama n´Os Lusíadas a «Fermosíssima Maria». Segundo a história, a Rainha de Castela deslocou-se a Portugal a solicitar-lhe auxílio para o seu marido na luta contra os Mouros, o rei português acedeu ao pedido da filha, portando-se com grande bravura na Batalha do Salado. D. Maria encontrar-se-ia nas imediações de Terena, quando recebeu a boa notícia da vitoria, dai surgindo a origem da evocação Senhora da Boa Nova.
Erguido no vale da Ribeira do Lucefécit, a cerca de 1,5 km da vila de Terens, para além de ser um raríssimo exemplar de igreja-fortaleza, mantém praticamente intactos (tanto no exterior como no interior) os elementos originais da sua construção: a sua forte cantaria aparelhada, o coroamento de ameias e os característicos balcões mata-cães, símbolos da sua arquitetura mista religiosa e militar. Ostenta nos balcões da fachada principal e da fachada norte as armas reais portuguesas, esculpidas em mármore. O interior é em planta de cruz grega e fortes abobadas ogivais. Os alçados das naves encontram-se revestidos de pinturas murais, do início do século XX, da autoria do pintor Silva Rato, representando santos da devoção popular. Possui dois altares colaterais de talha dourada, em estilo barroco, dedicados a São Brás e Santa Catarina Mártir. Artisticamente destaca-se a capela-mor, cuja abobada se encontra revestida de pinturas a fresco setecentistas, representados cenas do Apocalipse de S. João e os Reis Portugueses da primeira dinastia, numa rara composição iconográfica. O retábulo, de singular riqueza, ostenta tábuas representativas da vida da Virgem e de Cristo (Anunciação, Presépio, Pentecostes, Ressurreição e Assunção da Virgem), da autoria do pintor régio Francisco de Campos (Séc. XVI). Ao centro venera-se a imagem de Nossa Senhora de Boa Nova, escultura de vestir do séc. XVIII, com o Menino ao colo, ostentando coroas de prata e vestes ricas oferecidas pelos fiéis. O título Senhora da Boa Nova exprime a felicidade de Maria pela Ressurreição de Jesus, tanto que a festa principal em sua honra se realiza anualmente no domingo e segunda-feira da oitava da Páscoa, estando assim intimamente ligada às festas pascais. A esta romaria, que é a mais antiga do Alentejo, acorre grande número de devotos vindos dos mais variados pontos do país.
Guarda-se no Santuário vasta coleção de ex-votos oferecidos ao longos dos séculos, destacando-se os quadros pintados em madeira e folha de flandres, conjunto de fotografias do período da guerra de Ultramar, assim como várias peças de ourivesaria, objetos em cera etc. que atestam a profunda e antiga devoção à Senhora da Boa Nova.
A coroa de ouro que a imagem leva, nos dias da festa, oferecida pelo povo, foi benzida e colocada pelo Arcebispo de Évora, D. Manuel da Conceição Santos, em 1952.
Localizado no topo de uma colina na cidade de Montemor-o-Novo, ergue-se a “Ermida de Nossa Senhora da Visitação”, local onde se presta devoção à veneranda imagem com o mesmo nome.
A imagem de Nossa Senhora é de roca, sendo datada de finais do séc. XVII, a qual, provavelmente, terá substituído a imagem primitiva, alusiva ao episódio da visita de Nossa Senhora a Santa Isabel.
Embora não exista nenhum documento escrito, onde se conste a data de construção do Santuário, podemos situar a sua edificação pelo séc. XVI. O edificado de cor branca com elementos azuis tem traços tipicamente alentejanos e expressão mariana. A chegada pode ser feita a pé, através de uma calçada calcetada e escadaria de acesso ao adro da igreja ou através de automóvel, por estrada alcatroada, com parque de estacionamento. Os autocarros também podem aceder ao local.
O Santuário é um local devocional muito próprio, onde se registam testemunhos de agradecimento ali patentes pelos inúmeros imagens de ex-votos, fotos e artigos pessoais deixados em ação de graças, e que se encontram expostos ao público. Reitera-se a existência de uma zona própria onde os peregrinos podem colocar velas acesas, as quais podem ser adquiridas na loja do Santuário.
No local onde se situa o Santuário é possível desfrutar uma extraordinária vista panorâmica sobre a beleza do território que se estende nesta região.
Data comemorativa anual: 2 de julho
Festa comemorativa anual, sempre antecedida por uma novena, com pregação, que é realizada na Igreja do Calvário, situada no centro da cidade, para onde vem a imagem em procissão noturna solene. Ali permanece até regressar no dia 1 de julho, também em procissão, concluindo-se no dia 2 de julho com a Eucaristia à noite e a Festa com a venda das tradicionais fogaças e bolos.
Celebrações: Eucaristia todos os Domingos às 16h00 (exceto no mês de agosto).
Horário de funcionamento: 10h00 – 17h00 todos os dias, exceto às 4.ª feiras (encerrado)
Nossa Senhora da Vila Velha, padroeira do Concelho de Fronteira, apresenta este título simplesmente por se encontrar no local da antiga vila de Fronteira, isto é, a vila velha.
Desconhece-se a data da sua fundação, a noticia mais antiga sobre este templo data de 1489. Nesta época a igreja era destino de grande número de peregrinos, movidos pela fama milagrosa da padroeira. Um dia de tempestade, em 1694, um raio caiu na capela-mor que, apesar de estar cheia de romeiros não houve nenhuma vítima, o que reforçou ainda mais a fé do povo na padroeira de Fronteira. Em meados do século XVIII a afluência de peregrinos foi a razão principal para a construção de anexos à igreja.
Arquitetonicamente, esta Igreja apresenta um alpendre com três arcos de volta perfeita, na frente, a poente e dois maiores dos lados. O interior é constituído por uma só nave coberta com abobada de berço e coro assente sobre a galilé. Todo o corpo é interiormente revestido, até à cimalha, de azulejos policromados.