Categoria: Clero

20 Jan 2025

18ª Jornadas do Clero das Dioceses do Sul – Síntese Final

XVIII Jornadas do Clero das Dioceses do Sul

Síntese final

  1. O instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE) organizou, entre os dias 13 e 16 de janeiro de 2025, as XVIII Jornadas de Atualização do Clero da Província Eclesiástica de Évora (Évora, Beja e Algarve), a qual contou também com a participação da Diocese vizinha de Setúbal. O tema das Jornadas foi: «Jubileu: tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero» e o local escolhido, o Hotel Alísios, em Albufeira, Diocese do Algarve, onde têm decorrido os últimos encontros. Estavam inscritos cerca de 80 Presbíteros, Diáconos e Seminaristas Maiores das quatro Dioceses, bem como os nossos Bispos: D. Francisco Senra Coelho (Évora), Cardeal D. Américo Aguiar (Setúbal), D. Manuel Quintas (Algarve) e D. Fernando Maio de Paiva (Beja). Em representação da Nunciatura Apostólica participou Mons. José António Teixeira.

 

  1. As duas primeiras intervenções, nos dias 13 e 14, foram da responsabilidade do Senhor D. Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a primeira evangelização e as novas Igrejas particulares, e Delegado do Papa Francisco para o Ano Jubilar 2025.

 

  1. Na sua primeira conferência, D. Rino centrou-se sobre a virtude da Esperança a que deu título ao próprio Jubileu: «Peregrinos de Esperança». O Jubileu pretende reanimar o sentido profundo da nossa esperança cristã, que muitos cristãos não reconhecem e, por isso, não a vivem, apesar de ela ser tão necessária nestes tempos de crise. Numa sociedade marcada pela cultura digital, pelo individualismo e pelo imediato, que no fundo são expressão de uma autêntica mudança de paradigma antropológico, embora não conduzam o homem nos caminhos da felicidade, D. Rino exortou-nos a colocarmos no centro a virtude da esperança, o qual abre os nossos horizontes ao futuro, mas também dá sentido ao presente. A este propósito lembrou a feliz expressão de Gabriel Marcel: «a única esperança autêntica é aquela que se dirige ao que não depende de nós», e acentuando «que ela pertence a uma “tríade”, que inclui ainda a fé e a caridade», havendo entre elas unidade e circularidade. A esperança cristã não desilude, pois nasce e está enraizada na certeza do amor divino. No diálogo que se seguiu, D.  Rino deixou-nos algumas inquietações que brotam da crise de fé que se vive na Europa e no Ocidente: é preciso que a Igreja e os cristãos coloquem de novo Deus no centro da vida pessoal e da história. se encontrámos Cristo morto e ressuscitado que é a nossa esperança, não podemos guardá-l´O só para nós. É notório o desejo de espiritualidade do nosso tempo, como no-lo testemunham as multidões que acorreram a participar nas diversas Celebrações de Abertura do Ano Jubilar em todo o Mundo.

 

  1. A segunda intervenção de D. Rino Fisichella decorreu na manhã do dia 14 e nela abordou a temática: «Jubileu 2025: um novo impulso missionário? Como devem os Presbíteros acolher e viver esta graça?». D. Rino orientou a sua reflexão tendo, inicialmente, por base a Bula da Convocatória do Ano Jubilar do Papa Francisco e a encíclica «Spes Salvi» do Papa Bento XVI. A partir destes dois documentos, insistiu em que não devemos limitar-nos a cumprir os ritos próprios do Jubileu, mas sim procurar ter presentes e iluminar com a Esperança cristã as situações que no nosso mundo dela necessitam: guerras, violências, fome, injustiça, acidentes rodoviários, toxicodependência, etc. O cristianismo é uma mensagem «performativa», que deve mudar a vida. Prosseguiu aprofundando o sentido do tema do Ano Jubilar: «Peregrinos de Esperança», a partir do seu sentido latino, que nos exorta a caminharmos, a partir de uma inteligência iluminada pela fé e que sabe entrar na profundidade do mistério que exprime. A esperança está intrinsecamente ligada à perseverança e significa a expectativa de um bem que se guarda em Deus. Precisamos, por isso, nas nossas pregações e na Catequese, de retomarmos o tema da vida eterna, a qual encontra o seu fundamento na Ressurreição de Cristo. A âncora pode bem ser uma forma de expressar a virtude da esperança, à semelhança do que faziam os primeiros cristãos nas Catacumbas, assim como outros símbolos que encontramos na Arte ao longo destes 2000 anos de Cristianismo. Uma outra nota a valorizar no Jubileu é a dimensão do perdão. A Esperança, com efeito, deve abrir o coração, mudar o presente e permitir viver o futuro de uma forma renovada. Jubileu é, por isso, convite a que nos deixemos atrair pela esperança, que se deve tornar «contagiosa» e encher o nosso presente até à vinda do Senhor no final dos tempos.

 

  1. A tarde de 14 de janeiro iniciou-se com uma conferência do Pe. Daniel Nascimento, da diocese de Setúbal e Professor na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, que nos falou sobre: «O Jubileu na Sagrada Escritura. Actualização e aplicação aos novos tempos». Desenvolveu a sua exposição em seis momentos, procurando ligar primeiramente o Ano Jubilar à sociedade do Israel antigo. No sentido bíblico veterotestamentário, a ligação à Terra, à sua ocupação e distribuição pela «tribo», pelo «clã» e pela «casa do pai», é evidente. A teologia da Terra marca a relação entre Deus e Israel e nela é prestada também atenção aos estrangeiros, aos residentes e aos escravos. Todos estes são objeto de preocupação da justiça pela fragilidade e precariedade da sua situação. O Jubileu no A.T. continha elementos utópicos, sinal de um ideal a que se deve aspirar, e há algum consenso entre os estudiosos do tema, sobre a ausência de documentos que atestem a existência de um Jubileu nacional. De seguida, orientou a sua reflexão sobre o sentido e a forma como o Jubileu foi lido e relido nas Escrituras: 1) «Sentido jurídico e sócio-económico»; 2) «Resgate/redenção»; 3) «Resgate e Jubileu»; 4) «Abertura escatológica»; 5) «Releitura legal»; 6) «Releitura ética»; e 7) «Releitura escatológica e messiânica». No N.T. Jesus relaciona o Jubileu com a chegada do Reino de Deus. Concluiu a sua intervenção com a aplicação contemporânea do sentido do Jubileu, indicando algumas pistas para a discussão do tema na Igreja de hoje, a saber: «Exemplo histórico»; «Economia»; «Sociedade» e, por fim, «Teologia».

 

  1. Ainda na tarde do dia 14 de janeiro, escutámos a intervenção do Pe. Miguel Nuñez Aguilera, sacerdote da Arquidiocese de Sevilha e professor na Universidade de San Isidoro (Sevilha) que nos apresentou o tema: «Jubileu: tempo de Renovação, Crescimento e Comunhão no Presbitério». Iniciou a sua intervenção lembrando-nos que somos peregrinos e que a Esperança cristã, ao contrário da humana, que se baseia na probabilidade, coloca-nos nas mãos de Deus, interpela-O, e a Ele se confia. Ser peregrino é, pois, sinónimo de testemunha de esperança. De seguida refletiu sobre três sentidos da esperança, a qual, no fundo se realiza em Cristo. Ele é o grande «Jubileu escatológico»; a «Porta»; o verdadeiro «Ano da Graça» e o «Caminho». Os presbíteros caminham com o Povo de Deus sendo deles servidores. No segundo momento, centrou a sua reflexão sobre as três afirmações incluídas no tema da conferência: «Renovação»; «Crescimento»; «Comunhão». Quanto à «Renovação», insistiu em que ela não se deve restringir apenas à questão económico-social, mas incluir também a mudança do nosso coração, da nossa vida, que necessita ser reconstituída. Dentro e fora da Igreja há realidades que urgem renovação e Jesus é a novidade radical que devemos trazer ao presente, enquanto discípulos e também enquanto pastores, através do Sacramento da Ordem, servindo e amando os que nos são confiados. O «Crescimento» lembra-nos que somos «caminhantes», que devemos estar abertos, vigilantes, abandonando a soberba e autorreferencialidade, que nos fazem perder a noção da obra de Deus. A mudança implica sair, ir ao encontro dos outros, assumindo com clareza a opção missionária, a qual supõe a conversão pessoal e pastoral. A «Comunhão» é uma das ideias-mestras do Concilio Vaticano II sobre a Igreja, a qual tem a ver com o mistério da fé: Trindade é comunhão, sua origem e meta, e faz também parte integrante da essência do nosso ser. Concluiu, de facto, a sua intervenção lembrando que Sinodalidade é o exercício de ser e de viver, de acordo com o que Igreja é: Comunhão.

 

  1. A manhã do dia 15 de janeiro iniciou-se com uma conferência do Pe. Carlos Aquino, Pároco de Loulé, Algarve e Professor no ISTE. Ao título inicial: «Jubileu, Peregrinações e Indulgências», o Pe. Aquino acrescentou o subtítulo: «Caminhos para a Santidade e a Conversão até à plenitude em Cristo (LG 48-50)». Depois de uma Introdução, na qual nos lembrou que todos somos convidados a tornarmo-nos Peregrinos de Esperança neste Jubileu, desenvolveu a sua exposição em três momentos: 1) «Jubileu: Memória e Celebração»; 2) «A Peregrinação: Símbolo e Metáfora»; 3) «As Indulgências: Graça e Misericórdia». Quanto ao ponto n.º 1 afirmou que celebrar o Jubileu é voltar o coração para o essencial, caminhar para Deus, alicerçados na Fé, na Esperança e na Caridade, tendo como meta, a «vida da graça, a santidade, o encontro com Cristo». Caminhar em esperança é, pois, empreender um caminho de reconciliação e de conversão. No ponto n.º 2 insistiu que a Peregrinação nos lembra que cada um de nós é «homem viandante», que ao caminhar procura Deus, pois, como diz Santo Agostinho: «O nosso coração está inquieto enquanto não descansa n’Ele»; abre-se à graça, e caminha com os outros. Outra dimensão da Peregrinação é a valorização do Sacramento da Reconciliação, pois o horizonte da Peregrinação é um Santuário, e este é fonte de vida e de fé. O Santuário é ainda expressão da obra salvífica de Deus e impele-nos ao encontro e ao serviço. A Peregrinação inclui ainda as seguintes dimensões: «Escatológica»; «Penitencial»; «Festiva»; «Cultual», «Apostólica»; e de «Comunhão». Na reflexão sobre as «Indulgências» lembrou-nos que elas nos permitem descobrir, nas suas duas formas (Plenária e Parcial), como é ilimitada a misericórdia de Deus. Lembrou-nos ainda alguns dos seus requisitos: «Confissão sacramental»; «Comunhão Eucarística»; «Oração pelas intenções do Papa» e «Actos de penitência ou boa acção». Concluiu com uma afirmação lapidar, que constitui para todos nós um autêntico desafio: «não há lugar para a Esperança no mundo que ainda ignora a Misericórdia».

 

  1. A última exposição da manhã do dia 15 de janeiro foi da responsabilidade do Padre Manuel Reis, da Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD), da Comunidade do Porto, que refletiu sobre: «Eucaristia: Coração da Comunidade e da vida espiritual dos Presbíteros». Na sua intervenção socorreu-se, sobretudo, de quatro Santos Carmelitas: Santa Teresa de Ávila; São João da Cruz; Santa Teresinha do Menino Jesus; e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein). De todos extraiu e apresentou-nos a estreita ligação que existe entre a Eucaristia, a Igreja e o Presbítero. A Eucaristia é o sacramento do Amor, o Pão do Amor e da Amizade, que deve alimentar diariamente a vida de ambos: Igreja e Presbítero. Ela é dom do Amor de Deus que se nos dá e que pede a abertura do nosso coração e uma resposta de amor, e é ainda remédio de salvação. É preciso, pois, ter um coração agradecido. Na Eucaristia o Presbítero faz a experiência do que diz o Apóstolo São João: «Quem Me come, viverá por Mim». Jesus, Esposo da Igreja, é também o Esposo da alma do Presbítero. É a Ele que o Presbítero deve amar antes de amar a Igreja (Santa Teresinha). Prestes a terminar, lembrou-nos que a Eucaristia é: «expressão do reconhecimento da presença de Jesus e da Igreja»; «renovação do Sacrifício da Cruz no Altar da Celebração»; e «Comunhão», ou seja, união imediata, sacramental e unidade existencial. Terminou, de facto, a sua reflexão, retomando o tema da Esperança, e afirmando que ela é um ser-se amado pelo Senhor que nos convida a amá-l’O, e a sermos místicos, não só espiritualmente, mas também socialmente, num mundo carente de Deus e de sentido».
  2. A última intervenção desta XVIII Actualização do Clero foi da responsabilidade da Jurista e Jornalista Inês Teotónio Pereira, no dia 16 de janeiro, e nela abordou a temática: «Impacto das transformações sócio-culturais na Igreja em Portugal». Numa intervenção muito viva, na qual conjugou a sua condição de católica, esposa e mãe de família (numerosa), as suas múltiplas experiências profissionais e políticas e o seu compromisso no mundo da Comunicação Social. Ao olhar para a Sociedade Portuguesa nestes últimos 10 a 15 anos, salientou as grandes mutações que, na sua opinião, estão a acontecer a um ritmo cada vez mais acelerado: alterações políticas significativas; polarização; causas baseadas em percepções (Wokismo é disso uma expressão); aumento das desigualdades; desalinhamento e distanciamento entre os Políticos, a Política e os Cidadãos; receio da perda de identidade cultural (devido aos fluxos migratórios); alterações profundas na forma de entender a Família e a Natalidade; busca de uma liberdade sem responsabilidade, sobretudo, pelas novas gerações; dificuldade em conciliar vida familiar e profissional, nomeadamente as mulheres; horários de trabalho que lesam a vida familiar; isolamento, cansaço e vazio; pressão para o sucesso e o Ter e concorrência desenfreada; busca de espiritualidade (aumenta o número de crentes sem Religião) e do voluntariado e múltiplas ofertas (para além da Igreja), etc. Estas alterações não estão a ter o devido eco nas respostas que a Igreja dá. As Paróquias e a estrutura territorial são insuficientes (espaço de prestação de serviços); em áreas onde a Igreja tinha bastante presença, concorrem hoje outras respostas religiosas e da sociedade civil; prevalece em alguns sectores da Igreja um Clericalismo marcado pelo distanciamento e o rigor; há um claro distanciamento da maioria dos católicos em relação à Moral da Igreja e ao Catecismo; a mulher não tem na Igreja a importância que tem noutros sectores chave da Sociedade. Há, contudo, sinais positivos aos quais a Igreja deve estar atenta: busca de autenticidade pelos jovens (são intelectualmente honestos e procuram a verdade); ânsia de liberdade (recusa das imposições, mesmo religiosas) face à cultura do “cancelamento”; perante a pluralidade cultural, sente-se a necessidade de uma hospitalidade incondicional. Este tempo, no fundo, constitui um autêntico desafio ao testemunho cristão, pois, os Mestres, para o serem de verdade, devem ser antes testemunhas (S. Paulo VI).

 

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário

20 Jan 2025

Prelado eborense presidiu à Eucaristia dominical em Borba (com fotos)

Neste domingo, dia 19 de janeiro, pelas 12h00, o Arcebispo de Évora celebrou a Eucaristia dominical na Igreja Matriz de Borba, concelebrando com o P. Alessandro Cont, ainda convalescente de recente cirurgia.
Após a missa o Prelado Eborense reuniu-se com o coordenador da Zona Pastoral Oeste, Padre Alessandro Conte, com os Vigários Forâneos de Elvas, Padre Marcelino Caldeira e de Vila Viçosa-Estremoz, Padre Joaquim Pinheiro.
17 Jan 2025

Jornadas de Atualização do Clero do Sul de Portugal chegaram ao fim marcadas pela formação e pelo convívio (com fotos)

Nesta quinta-feira, dia 16 de janeiro, no Algarve, chegaram ao fim as Jornadas de Atualização do Clero do Sul.
Na sessão de encerramento sublinhou-se a importância destas Jornadas que são dias intensos marcados pela formação e pelo convívio.
Este ano o Jubileu da Esperança foi o tema aprofundado por cerca de uma centena de sacerdotes das dioceses do Algarve, de Beja, de Setúbal e da Arquidiocese de Évora.

Recorde-se que de 13 a 16 de janeiro decorreram as Jornadas de Atualização do Clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, que aprofundaram o tema “Jubileu: tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero”.

Esta foi já a décima oitava edição destas Jornadas, organizadas pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), que congregaram em Albufeira largas dezenas de participantes entre bispos, padres, diáconos e alguns dos seminaristas em final de formação das quatro dioceses do sul de Portugal. A Arquidiocese de Évora esteve representada por D. Francisco Senra Coelho e por 27 sacerdotes.

As jornadas de atualização arrancaram na tarde de 13 de janeiro, com a sessão de abertura, seguida da reflexão inaugural apresentada pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), D. Rino Fisichella, sobre o tema “O Jubileu 2025 e os jubileus na vida da Igreja. Sentido e desafios”. Além desta personalidade da Santa Sé e do Prelado eborense, marcam também presença Monsenhor José António Teixeira, em representação da Nunciatura Apostólica em Portugal, D. Fernando Paiva, Bispo de Beja, D. Manuel Quintas, Bispo do Algarve, e o Cardeal D. Américo Aguiar, Bispo de Setúbal.

Segundo o jornal “Folha do Domingo”, o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé) disse ao clero das dioceses do sul de Portugal ser preciso “regressar com força e convicção” à virtude teologal da esperança. “Falamos sempre da fé e da caridade, mas descuramos a esperança”, lamentou D. Rino Fisichella, garantindo que “este desequilíbrio reflete-se também na vida da fé”. “Entrar no Jubileu da Esperança com o objetivo de dar corpo e concretização à segunda virtude teologal não é um desafio e será interessante verificar os resultados”, prosseguiu, considerando que “a mentalidade científica diminuiu em grande medida a necessidade da esperança”.

Lembrando que “o Jubileu acontece a cada 25 anos para ajudar a Igreja e os crentes a redescobrir algo de importante sobre a sua própria fé”, o arcebispo considerou que “a esperança é o novo nome da fé” na comunicação com o homem da sociedade atual que defendeu estar a viver um “momento de crise de fé”. “Como falar da fé com uma linguagem de esperança? Não estou a dizer que é fácil. Estou a dizer que é um desafio. Parece-me que é uma possibilidade para ultrapassar a crise de fé”, afirmou.

“Na decadência que se experimenta nos vários setores de existência pessoal e social é urgente e necessário que se levantem as vozes daqueles que levam uma palavra e um sinal de esperança verdadeira”, completou, admitindo ainda assim que, para os indivíduos contemporâneos, que “gostam de ter tudo programado, o tema da esperança pode revelar-se indigesto”.

O orador constatou que “não é olhando para o efémero que se pode esperar alcançar a felicidade”. “O verdadeiro desafio é manter o olhar fixo no essencial para podermos fazer o verdadeiro caminho que conduz à esperança”, acrescentou, salientando que “a esperança cristã não desilude porque está enraizada no amor”. “O amor dos crentes é sustentado pela esperança. A esperança nasce do amor e funda-se no amor”, reforçou.

D. Rino Fisichella desejou “que o Jubileu seja para todos ocasião de reanimar a esperança”. “O Jubileu é uma grande oportunidade pastoral que não podemos perder”, considerou.

No dia 14 de janeiro, D. Rino Fisichella refletiu ainda sobre as questões “Jubileu 2025: um novo impulso missionário? Como devem os Presbíteros acolher e viver esta graça?”.

O segundo dia contou também com a intervenção do padre Daniel Nascimento, sacerdote da Diocese de Setúbal e professor de Sagrada Escritura na Universidade Católica Portuguesa, sobre o tema “O Jubileu na Sagrada Escritura. Actualização e aplicação aos nossos tempos”, sendo encerrado com a conferência do padre Miguel Nuñez Aguilera, sacerdote da Arquidiocese de Sevilha (Espanha) e docente da Universidad san Isidoro naquela cidade, sobre o tema “Jubileu: tempo de renovação, crescimento e comunhão do Presbitério”.

No dia 15 de janeiro, a atualização prosseguiu com a reflexão do cónego Carlos de Aquino, sacerdote da Diocese do Algarve e professor do ISTE, sobre o tema “Jubileu, Indulgências e Peregrinações”. De manhã, o padre Manuel Fernandes dos Reis, da Ordem dos Carmelitas Descalços, apresentou ainda a sua reflexão sobre a temática “Eucaristia: coração da Comunidade e da vida espiritual do Presbítero”. A tarde foi de visita a Loulé e terminou com celebração no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana».

No dia 16 de janeiro, último dia das Jornadas, a jornalista Inês Teotónio Pereira refletiu sobre o tema “Impacto das transformações socioculturais na Igreja em Portugal, em especial no Sul”.

Nas próximas edições de Ser Igreja veja na íntegra a reportagem.

11 Jan 2025

No calor, no amor, na partilha das memórias, Évora homenageou o P. José Maria Brito (com fotos)

No calor, no amor, na partilha das memórias do P. Zé Maria; com a sua família, com os seus Amigos e com a presença forte de uma marca que o tempo não apaga decorreu no serão deste sábado, em Évora, decorreu a homenagem ao P. José Maria Brito, jesuíta, por ocasião do seu aniversário natalício. Este momento especial contou com a presença da mãe e do irmão do Padre José Maria, que, juntamente com Inês Teotónio Pereira, apresentaram o livro “Crescer em Jesus”. O momento contou ainda com a participação especial da ilustradora Estela Cameirão.

A homenagem iniciou-se com a celebração da missa às 18h30, na Igreja do Espírito Santo, seguida de um momento de convívio com um jantar partilhado no Casarão, onde posteriormente foi apresentado o livro da autoria do P. José Maria e de sua mãe, Domingas Brito.

O evento foi uma oportunidade para recordar, celebrar e partilhar a herança espiritual que nos foi deixada.

 

10 Jan 2025

13 a 16 de janeiro, em Albufeira: Jornadas de Atualização do Clero das Dioceses do Sul de Portugal refletem sobre o Jubileu 2025

O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), responsável pela organização do Jubileu da Esperança, é um dos oradores das jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal, de 13 a 16 de janeiro de 2025, em Albufeira.

O arcebispo D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e responsável pela organização do próximo Jubileu, vai apresentar os temas ‘O Jubileu 2025 e os jubileus na vida da Igreja. Sentido e desafios’ e ‘Jubileu 2025: um novo impulso missionário? Como devem os Presbíteros acolher e viver esta graça?’, nos dias 13 e 14 de janeiro, respetivamente.

‘Tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero’ é o tema desta 18.ª jornada de atualização do clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, iniciativa organizada pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), que vai refletir sobre o Jubileu da Esperança, o Ano Santo 2025.

O encontro de formação vai reunir os bispos, padres, diáconos e alguns seminaristas em final de formação das quatro dioceses do sul de Portugal, de 13 a 16 de janeiro de 2025, no Hotel Alísios, em Albufeira, na Diocese do Algarve; começam, pelas 15h30, com uma sessão de abertura, antes da reflexão inaugural apresentada por D. Rino Fisichella.

O segundo dia de jornada de atualização, conta com as intervenções do padre Daniel Nascimento (Diocese de Setúbal), professor de Sagrada Escritura na Universidade Católica Portuguesa, sobre o tema ‘O Jubileu na Sagrada Escritura. Actualização e aplicação aos nossos tempos’, e do padre Miguel Nuñez Aguilera (Arquidiocese de Sevilha – Espanha), professor da Universidad San Isidoro, sobre ‘Jubileu: tempo de renovação, crescimento e comunhão do Presbitério’.

No dia 15 de janeiro, segundo o programa preparado pelo Instituto Superior de Teologia de Évora, vão ter também dois momentos de reflexão, o cónego Carlos de Aquino (Diocese do Algarve), professor do ISTE, apresenta o ‘Jubileu, Indulgências e Peregrinações’, e o padre Manuel Fernandes dos Reis, dos Carmelitas Descalços, ‘Eucaristia: coração da Comunidade e da vida espiritual do Presbítero’.

As Jornadas de Atualização do Clero do Sul são ainda uma oportunidade de convívio e de celebração, os participantes vão visitar Loulé e celebrar no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana», na tarde do terceiro dia.

O encontro de formação 2025 para o clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal vai terminar com a intervenção do escritor, cronista e comentador Henrique Raposo, que vai falar sobre o ‘Impacto das transformações socioculturais na Igreja em Portugal, em especial no Sul’, no dia 16 de janeiro.

03 Jan 2025

Ser Igreja: Conversa com o seminarista salesiano Samora Marcel que será ordenado diácono a 5 de janeiro de 2025, às 17h00

Nas vésperas da Ordenação Diaconal no dia 5 de Janeiro, às 17h00, na igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em Évora, conversamos com o seminarista salesiano Samora Marcel, natural de Timor-Leste.

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