Etiqueta: Clero

22 Jan 2024

Arcebispo de Évora pede orações pelo Diácono permanente Manuel Paulo Sobral Roque

O reverendo Diácono permanente Manuel Paulo Sobral Roque, ao serviço na Paróquia de Nossa Senhora da Saúde em Évora, confiada aos cuidados do Rev. o Padre Alberto Jorge Neves Martins, encontra-se hospitalizado.

O Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho acompanha na oração e na amizade este estimado Diácono e família e confio à oração da comunidade arquidiocesana as suas rápidas melhoras.

22 Jan 2024

Arcebispo de Évora sublinha importância da sinodalidade da Igreja, que acompanha «pluralidade do tempo»

O arcebispo de Évora considera que o caminho da sinodalidade, que a Igreja está a fazer, “acompanha a pluralidade do tempo”, lembra que a matriz cristã “são as comunidades”, alertando para a “dupla dimensão” do clericalismo.

“Estamos a fazer um caminho muito grande de sinodalidade que eu considero que acompanha o tempo, a pluralidade do tempo. Já não é possível ser de outra maneira, ficaremos de facto totalmente fora do tempo”, disse D. Francisco Senra Coelho, à Agência ECCLESIA, na jornada de atualização do clero das quatro dioceses do sul de Portugal.

O arcebispo de Évora explica que o mundo “reclama cada vez mais o sentido de respeito, da tolerância, pela diferença”, e a Igreja Católica não ter “um olhar aberto, uma tenda alargada”, ficará numa estreiteza,

“Há uma abertura e há um caminho a fazer juntos, que é a Palavra de Deus que nos faz e que nos conduz. Somos uma comunidade em conversão, mas todos, não apenas o outro. Estamos todos em formação, não há o que é mestre e o que está a aprender, não há aquele que diz como é e o outro que aprende como se é, mas somos todos caminhantes, discípulos, o mestre é um só”, desenvolveu.

‘Presbíteros, «à imagem e semelhança» do Bom Pastor’ é o tema da jornada de atualização do clero das quatro dioceses do sul de Portugal continental, que começou segunda-feira; com a participação de 77 pessoas – 22 do Algarve, 10 de Beja, 27 de Évora e 18 de Setúbal, mais nove formadores -, decorre até sexta-feira, em Albufeira.

A partir do tema geral desta formação, do processo sinodal em curso e da questão do clericalismo, o arcebispo de Évora observa que “é mais fácil tomar nas mãos a decisão de tudo”, e não ter de fazer o exercício da pluralidade que “parte exatamente da escuta e o ser capaz de entrar no coração do outro, na mente do outro, pôr-se na pele do outro”, mas também “é mais fácil delegar no Senhor Padre”.

“O clericalismo tem esta dupla dimensão da moeda, para o padre, não ouve, decida, para o povo, não se empenha, não se compromete, vai à Igreja, mas não é Igreja”, explica D. Francisco Senra Coelho.

O responsável diocesano acrescenta que este é um momento que “tem de ser ultrapassado”, contextualizando que por um “número muito elevado de sacerdotes” se prescindiu “do diaconado, dos ministérios e o povo de Deus viveu esta dimensão estranhíssima, uma evolução semântica”, e de leigo que “significa pleno participante, aquele que tem palavra”, passou-se “para ignorante, hoje um leigo é ignorante”.

Somos todos causa deste acontecimento que herdamos e como a herança propõe também a transformação, somos todos chamados a mudar. E há diversas dimensões de clericalismo; isto choca com a capacidade de inserir, de abraçar, e, ao mesmo tempo, fazer com que seja possível cada um participar com a sua história, com a sua personalidade, com a sua vida”.

D. Francisco Senra Coelho salienta que é preciso “ir à origem”, às fontes, como quis e quer o Concílio Vaticano II, aquilo que é a matriz cristã, “que são as comunidades”, que vêm exatamente no encontro de família.

“O nosso modelo nem é a escola, nem é o Estado, nem é o funcionalismo público ou o funcionalismo de que tipo for: Nós não somos funcionários, nem os padres, nem os servidores da Igreja, nem os cristãos. O nosso modelo é família, a comunidade, Jesus no meio”, acrescentou.

O arcebispo de Évora afirma que “dizer Igreja é dizer sinodalidade”, e é nessa dimensão “sem a atitude clerical, mas numa atitude fraternal” que a Igreja é “e foi pena ter deixado de ser, por isso, está a reencontrar-se consigo e a ser aquilo que sempre foi e deveria ter sido”.

“Não é possível dizer a palavra Igreja sem dizer a palavra caminhar junto. Temos aquela imagem tão bela dos companheiros de Emaús, caminhar junto. É o que o Papa Francisco pretende fazer com a Igreja. Ele caminha junto e faz-se irmão, expõe-se, diz o que o espírito ilumina e muitas vezes não procura dizer para agradar, até sabemos que há pessoas que não concordam com ele”, exemplifica D. Francisco Senra Coelho.

OC/CB – Agência ECCLESIA

16 Jan 2024

Atualização do clero das dioceses do sul arrancou com desafio a pastores para que sejam “homens apaixonados por Cristo”

Texto e fotos: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A atualização do clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal arrancou na tarde de 15 de janeiro em Albufeira com o desafio a que aqueles pastores sejam “homens apaixonados por Cristo”.

A formação, promovida até sexta-feira, 19 de agosto, pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE) para bispos, padres, diáconos e alguns dos seminaristas em final de formação tem como tema “Presbíteros, «à imagem e semelhança» do Bom Pastor”. 

O desafio foi indicado na sessão de abertura pelo diretor do ISTE. “O mundo desafia-nos à renovação que deve acontecer sem deixar de ser o que somos e a Igreja necessita de pastores que estejam à altura desta evangélica missão: homens apaixonados por Cristo, modelo dos modelos, encarnados neste mundo, peritos em humanidade, servidores dos homens e das grandes causas do nosso tempo”, afirmou o padre Manuel António Rosário, acrescentando serem necessários “pastores felizes, realizados, maduros, humildes, testemunhas credíveis que reflitam na sua vida Cristo, o verdadeiro sol que ilumina e preenche” e “que conduzam ao Mestre divino tantas vidas incompletas e insatisfeitas que anseiam por mais razões e sentido”.

Na abertura da iniciativa — em que estão a participar 77 elementos (22 do Algarve, 10 de Beja, 27 de Évora e 18 de Setúbal), mais nove formadores e que, nos próximos dias contará também com a presença do núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Portugal, D. Ivo Scapolo — o padre Manuel António Rosário explicou que o tema escolhido manifesta não só a preocupação por uma questão “candente” na vida das dioceses e da Igreja universal, mas também o”empenho em tentar encontrar caminhos que ajudem a Igreja a ter bons pastores”. “Não podemos desistir neste ingente trabalho de procurar encontrar, salientar e aprofundar as características mais adequadas aos pastores deste terceiro milénio da era cristã, marcada por mutações profundas que nos desafiam e colocam em causa paradigmas e posturas do passado”, prosseguiu.

Aquele responsável destacou a formação, que teve início no hotel Alísios, como oportunidade para ajudar a “perscrutar e discernir nos sinais dos tempos a vontade de Deus e encarnar, confiadamente, o futuro que desinstala, inquieta e convida a cultivar uma permanente postura de aggiornamento” (atualização) e lembrou que o clero deve propor ao mundo “Cristo como o caminho seguro, a verdade que não desilude e vida que não se esgota nas respostas imediatistas e ilusórias”. “Hoje, como ontem, são muitas as propostas enganosas, tantas vezes maquilhadas pelo marketing dos gostos, do número de seguidores nas redes sociais, pela ação dos influencers e dos opinion makers. Quantas vezes muitas destas aliciantes propostas mais não fazem do que arrastar o homem para o abismo da superficialidade, do materialismo, do vazio?”, interrogou, desejando que os próximos dias “ajudem a encontrar com realismo e audácia alguns dos muitos caminhos de renovação”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O padre José Lobato — que, na sessão de abertura representou, como vigário-geral, a Diocese de Setúbal na ausência do bispo, que não conseguiu chegar a tempo daquele momento, — desejou que estas “sejam umas jornadas muito fecundas para a vida das dioceses”.

O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, considerou o “tema sempre atual” porque se dirige diretamente à condição dos participantes “de pastores, à imagem de Cristo, o bom pastor”.

O bispo de Beja, D. João Marcos, defendeu que “o clero precisa muito de pôr os olhos em Cristo e de ver Cristo de uma forma nova, como o bom pastor para as pessoas deste tempo”.  

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O arcebispo de Évora referiu que “estes dias serão de grande enriquecimento”. “Tempos para aprendermos, para partilhar, para estar em casa, para nos recolhermos em sinodalidade e tempo para rezar”, afirmou D. Francisco Senra Coelho.

A atualização — em que estão também a participar o recentemente bispo eleito de São Tomé e Príncipe, D. João de Ceita Nazaré, e o bispo emérito daquela diocese, D. Manuel António dos Santos, a colaborar nas paróquias de Tavira — prosseguiu com a reflexão inaugural apresentada pelo secretário do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé), D. José Rodríguez Carballo, sobre o tema “O panorama das Vocações Sacerdotais na Igreja Católica. Mudanças e Desafios”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
15 Jan 2024

15 a 19 de janeiro: Jornadas de Actualização do Clero das Dioceses do Sul (com Vídeo de entrevista ao P. Manuel António do Rosário)

A Arquidiocese de Évora e as Dioceses do Algarve, de Beja e de Setúbal vão reunir, como tem sido habitual na última década, o seu clero em jornadas de atualização, com o tema ‘Presbíteros, «à imagem e semelhança» do Bom Pastor’, de 15 a 19 de janeiro, em Albufeira.

As jornadas de formação vão reunir os bispos das quatro dioceses do sul, os padres e diáconos, e alguns seminaristas em final de formação, para além do núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Portugal, D. Ivo Scapolo.

O encontro de actualização, organizado pela 17ª vez pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), começa pelas 15h30, no próximo dia 15 de janeiro, com a sessão de abertura, seguida da reflexão ‘O panorama das Vocações Sacerdotais na Igreja Católica. Mudanças e Desafios’, pelo arcebispo coadjutor de Mérida-Badajoz (Espanha), D. José Rodriguez Carballo, da Ordem dos Frades Menores.

O bispo franciscano, secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé), vai refletir também sobre o tema ’Perfil do Presbítero para o Século XXI, que a Igreja e o Mundo esperam’, no dia seguinte.

O dia 16 de janeiro conta ainda com as intervenções de Francisco Machado, professor do ISTE, sobre ‘As qualidades humanas do pastor’, e do padre Juan Cuesta, reitor do Seminário de Segóvia (Espanha), que apresenta ‘O pastor: homem de fé enraizado em Deus’.

No terceiro dia de jornadas de atualização, o clero das dioceses do sul de Portugal vai refletir sobre a ‘Importância da Liturgia na vida do pastor’ e sobre ‘Sagrada Escritura: identidade e missão do pastor’, respetivamente com o cónego Carlos de Aquino, professor do ISTE e sacerdote da Diocese do Algarve, e com o padre Álvaro Pereira Delgado, professor da Faculdade de Teologia de Santo Isidoro de Sevilha.

Neste dia, vão participar também o padre Francisco García, da Diocese de Zamora e professor da Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha), com ‘A formação teológica/intelectual do pastor”, e D. José Alves, arcebispo emérito de Évora, apresenta ‘A vida pastoral: pastor ou gestor? Servidor ou senhor?’.

Para os dois últimos dias de formação, 18 e 19 de janeiro, foram convidados o padre Joaquim Teixeira, da Ordem dos Carmelitas Descalços, que vai refletir sobre ‘conselhos evangélicos’ da ‘Pobreza, castidade e obediência na vida do pastor’, e o bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, com o tema ‘A espiritualidade mariana na vida do Presbítero’.

Além das sessões de formação e diálogo, plenário, com os oradores, no Hotel Alísios, em Albufeira, e de celebração, do programa consta ainda, na tarde de 18 de janeiro, convívio e passeio a locais de interesse na diocese algarvia.

13 Jan 2024

Arcebispo de Évora pede orações pelo P. Ronildo Faria dos Santos

O reverendo Padre Ronildo Farias dos Santos, Pároco de Monforte, Assumar, Vaiamonte e Santo Aleixo, foi recentemente submetido a uma intervenção cirúrgica no Hospital de Santa Luzia, em Elvas. Entretanto, já se encontra em casa em convalescença e recuperação.

O Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho acompanha na oração e na amizade este estimado Sacerdote e confio à oração da comunidade arquidiocesana as suas rápidas melhoras.

30 Dez 2023

Mensagem de Natal 2023 do Arcebispo de Évora (Com Vídeo)

 

MENSAGEM DE NATAL 2023

«Sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13,35)

 

Estimados Presbíteros, Diáconos, Consagrados, Seminaristas, Famílias, Jovens, Cristãos e Cristãs, dirijo-me a vós como Povo Santo de Deus que peregrina por terras do Alentejo e Ribatejo, Arquidiocese de Évora. Neste tempo de Natal, a todos desejo saúde, paz e bem!

1. É surpreendente contemplar a vontade de Deus ao querer compartilhar a nossa humanidade. Compreendemos nesta vontade de Deus de se fazer um connosco que no meio das nossas noites, há uma voz e uma luz, que rompem a espessura da escuridão e nos garantem o conforto da salvação, o Amor de Deus por cada um de nós e por toda a humanidade.

O desejo de se aproximar desta luz e de a tornar presente no seu quotidiano, levou S. Francisco de Assis a recriar em Greccio, Itália, esse acontecimento em forma de presépio vivo. Segundo a História da Igreja, o primeiro presépio aconteceu há oitocentos anos, em 1223. Sobre ele escreveu S. Boaventura (OFM, 1221-1274), «Três anos antes da morte [S. Francisco] resolveu celebrar com a maior solenidade possível a festa do Nascimento do Menino Jesus, ao pé da povoação de Greccio, a fim de estimular a devoção daquela gente (…). Mandou preparar uma manjedoira com palha, e trazer um boi e um burrito. Convocaram-se muitos Irmãos; vieram inúmeras pessoas; pela floresta ressoaram cânticos alegres… Essa noite venerável revestiu-se de esplendor e solenidade, iluminada por uma infinidade de tochas a arder e ao som de cânticos harmoniosos. O homem de Deus estava de pé diante do presépio, cheio de piedade, banhado em lágrimas e irradiante de alegria. O altar dessa missa foi a manjedoira.

Francisco, que era diácono, fez a proclamação do Evangelho. Em seguida dirigiu a palavra à assembleia, contando o nascimento do pobre Rei, a quem chamou, com ternura e devoção, o Menino de Belém. (…)»

Percebemos que o centro vivo desta encenação foi a Eucaristia celebrada sobre a manjedoira. Ali Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, nasceu de novo. Para sempre a luz do presépio se fez uma com a luz do círio pascal, pois o Natal, a Ressurreição Pascal e o Pentecostes são momentos da mesma revelação do Amor de Deus.

 

2. Este Ano Pastoral 2023/2024 convida-nos a “Revelar juntos um novo rosto de comunidade” e esta proposta diocesana passa por reconstruirmos cada comunidade, a partir da Eucaristia; de facto, «A Eucaristia é o centro da vida cristã para onde tudo converge e donde tudo dimana. Pela celebração eucarística, o Senhor Jesus renova a sua presença entre nós, “até ao fim dos tempos”». Nesta missão há uma palavra que nos guia, qual estrela de Belém: «por isto conhecerão que sois meus discípulos; se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13,35). Reparamos que Jesus dá à lei do amor fraterno, que não era nova, uma medida nova, Ele próprio, ou seja «… como Eu vos amei (…)». Ele amou-nos, entregando a Sua vida pela redenção de todos. É por isso que com a Eucaristia haveremos de aprender a sermos um com Jesus e a vivermos em sinodalidade, isto é, a caminharmos juntos, percebendo que as diferenças entre nós são riqueza e não estorvo e que os talentos de cada um, postos em comum, fazem acontecer o grande clarão profético da dedicação e do serviço, à maneira de Jesus que nasceu para servir e ser pão de Belém para todos.

 

3. O Papa Francisco recorda-nos: «Se queremos que seja Natal, o Natal de Jesus e da Paz, voltemos o olhar para Belém e fixemo-lo no rosto do Menino que nasceu para nós! E, naquele rostinho inocente, reconheçamos o das crianças que em todas as partes do mundo anseiam pela paz». É neste olhar, que neste Natal vos convido a rezarmos pela Paz, sem deixarmos que a surdez da guerra nos roube a esperança da possibilidade da Paz, a única viabilidade da racionalidade e da sensatez. Uno-me à esperança de todos e desejo que o dom da Paz nasça em cada coração, em cada família, em cada comunidade, em todos os ambientes humanos, para que seja possível a paz universal.

Sonho Natal com os jovens e com suas famílias, a fim de que possam permanecer em suas terras, sem terem de emigrar. Que possam ficar neste interior tão necessitado de renovação do seu tecido social a partir de novas políticas de desenvolvimento e empreendedorismo geradoras de equilíbrio territorial.

Sonho Natal com toda a população deste Alentejo Central que espera pelo novo Hospital e por um Serviço Nacional de Saúde mais próximo e eficiente. Rezo por todos os profissionais de saúde, técnicos e prestadores de socorro, por todos os que diariamente fazem o milagre de que o impossível se torne possível.

Sonho Natal com todos os jovens universitários que acreditam que um dia será possível encontrar alojamento em quantidade e qualidade a preços acessíveis. Rezo por todos os que afincadamente tudo fazem pela concretização desta necessidade urgente.

Sonho Natal para todas as Instituições Sociais que diariamente fazem a multiplicação do pão e complementam a missão das famílias no referente às suas crianças, idosos e pessoas com deficiência. Rezo pela coragem, generosidade e abnegação dos que diariamente repartem o carinho e a ternura pelos mais sós e com menos voz.

Sonho Natal para os refugiados, imigrantes e deslocados, que face à partida das suas terras e face à indiferença da família humana, lhes resta o Céu, a solidariedade e o respeito dos que promovem as palavras Paz, Justiça e Amor.

Que seja Natal! Que aconteça Natal! Que façamos Natal!

+ Francisco José Senra Coelho
Arcebispo de Évora

 

 

21 Dez 2023

No Centro Histórico de Évora: Procissão em Honra de N.ª Sr.ª do Ó

No passado dia 15 de Dezembro, a Paróquia de São Mamede em Évora com a colaboração de alguns irmãos e irmãs da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde realizou a Procissão em honra de Nossa Senhora do Ó, com saída, pelas 21:00h da Capela de Nossa Senhora do Ó, capela do Arco de Aviz, para a Igreja Paroquial de S. Mamede, dando assim início à Novena do Menino que antecede as Festas de Natal.
Presidiu à Procissão o Cónego Fernando Marques, Pároco de S. Mamede, e esteve presente o Cónego Manuel Maria Madureira da Silva, Capelão da Real Irmandade.

13 Dez 2023

D. Manuel Mendes da Conceição Santos nasceu há 147 anos (com vídeo)

 

Neste dia 13 de dezembro de 2023 celebra-se o 147.º aniversário do nascimento de D. Manuel Mendes da Conceição Santos.
Em entrevista à Esperança Multimédia (Departamento de Comunicação da Arquidiocese de Évora e jornal “a defesa”), que poderá ser vista e ouvida na íntegra nos canais digitais da Arquidiocese e de “a defesa”, as Irmãs Maria de Jesus e Maria de Fátima, da Congregação das Servas da Santa Igreja, que foram fundadas precisamente por D. Manuel Mendes da Conceição Santos, em 1945, começam por dizer que “o Servo de Deus quando chegou à Arquidiocese verificou que faltavam evangelizadores. Então ele deitou mãos à obra e procurou encher o Seminário, pouco a pouco, com seminaristas”.
“Dado que não havia congregações, começou a chamar congregações religiosas para trabalhar na Arquidiocese. Chamou à volta de 30 congregações para estarem em colégios, em hospitais e depois, em 1945, fundou as Servas de Santa Igreja com o objectivo de uma ação evangelizadora nas Paróquias”, explica a Irmã Maria de Fátima, dando exemplo da colaboração da Congregação nas Missões populares que decorreram durante muitos anos na Arquidiocese.
“Portanto, há 78 anos que as Servas da Santa Igreja realizam essa tarefa de estar junto do povo, de evangelizar, de catequizar”, sublinha, acrescentando que apesar de “vivermos numa época e numa sociedade completamente diferentes da época de D. Manuel Mendes, a missão e a mensagem são as mesmas. Neste sentido é necessário evangelizar, pois o Evangelho é o mesmo”.
Atualmente, as Irmãs Servas da Santa Igreja continuam a missão confiada por D. Manuel Mendes da Conceição Santos, visitando as Paróquias, dando catequese, acompanhando os jovens, dando apoio social e estando, em suma, ao serviço da Igreja, procurando sempre viver à maneira de Jesus Servo.
Na Casa Geral, em Évora, também têm disponibilidade para acolher grupos e movimentos eclesiais que necessitem de um espaço para reunir e rezar, como aconteceu recentemente com o Retiro de Advento das/os Religiosas/os em Missão na Arquidiocese de Évora.
Na rua 5 de outubro, em Évora, abriram, entretanto, um espaço museológico dedicado a D. Manuel Mendes da Conceição Santos, que está aberto ao público em geral e que aceita também visitas de grupos mediante marcação. “Se alguém quiser ser voluntário no espaço museológico é uma questão de entrar em contacto connosco. Dessa forma, aquele espaço poderá estar aberto mais tempo”, sublinham.
Entretanto, no próximo domingo, dia 17 de dezembro, terceiro Domingo do Advento, as Irmãs Servas da Santa Igreja promovem um Retiro de Advento, aberto a quem queira preparar o Natal, entre as 10h e as 16h30, na Casa Nossa Senhora das Graças (Rua 5 de outubro, 73), em Évora. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: servas.igreja@gmail.com
Para acompanhar o dia a dia da Congregação, pode seguir a página de Facebook Irmãs Servas da Santa Igreja e também o Instagram.
Texto de Pedro Miguel Conceição
(veja a entrevista na íntegra em diocesedeevora.pt e em adefesa.org)
10 Dez 2023

8 de dezembro, na Catedral de Évora: Tomás Dias, jovem de Coruche, foi Ordenado Diácono (com vídeo e fotos)

A Ordenação Diaconal de Tomás Dias, seminarista do Seminário de Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora, natural de Coruche, oriundo da parte ribatejana da Arquidiocese de Évora, decorreu neste dia 8 de dezembro de 2023, pelas 17h00, na Catedral de Évora, na Eucaristia da Solenidade da Imaculada Conceição.

A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, e concelebrada por D. José Alves, Arcebispo Emérito de Évora, e por muitos sacerdotes da Arquidiocese e servida por vários Diáconos. Muitos familiares, amigos e diocesanos encheram a Catedral de Évora e testemunharam a ordenação diaconal em ordem ao presbiterado do jovem seminarista de 24 anos de idade.

À homilia, o Prelado eborense começou por referir a “alegria” ao celebrar Tempo de Advento “a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora! Fazemo-lo na contemplação da beleza d’Aquela que, na História da Salvação, nos é oferecida por Cristo como Mãe e Ícone da Igreja e de cada Cristão”.

“Deus não impõe, mas propõe, como fez com a Virgem de Nazaré. Se n’Ela, Deus quis precisar do seu SIM para que o Verbo de Deus, se formasse e se fizesse homem, Jesus Cristo nascendo como Redentor de todo o Homem e do Homem todo, hoje, a caminho do Natal, a Palavra do Senhor convida-nos a deixarmos que essa mesma Palavra gere Jesus nos nossos corações e nas nossas vidas para que, como discípulos missionários, O possamos anunciar, testemunhar e transmitir, para salvação de muitos e de muitas”, prosseguiu o Arcebispo de Évora, que acrescentou: “Eis o apelo: deixar que Cristo se forme em nós para que sejamos discípulos missionários, com testemunhos de vida contagiantes, sempre na Alegria do Evangelho. «Grande maravilha fez por nós o Senhor, por isso, exultamos de alegria!». É no testemunho desta alegre esperança, que revelamos o rosto sempre novo da Igreja”.

Dirigindo-se diretamente a  Tomás Tomaz da Costa Patrício Dias, D. Francisco Senra Coelho sublinhou que “as conclusões até então apresentadas pelo Sínodo sobre a Sinodalidade dizem-nos que os Diáconos e presbíteros estão comprometidos nas mais diferentes formas do ministério pastoral: o serviço nas paróquias, a evangelização, a proximidade aos pobres e marginalizados, o compromisso no mundo da cultura e da educação, a missão ad gentes, o estudo teológico, a animação de centros de espiritualidade e muitos outros. Numa Igreja sinodal, os ministros ordenados são chamados a viver o seu serviço ao Povo de Deus numa atitude de proximidade às pessoas, de acolhimento e de escuta de todos e a cultivar uma profunda espiritualidade pessoal e uma vida de oração. São chamados, sobretudo, a repensar o exercício da autoridade seguindo o modelo de Jesus que, «sendo de condição divina, […] esvaziou-se a Si mesmo, assumindo a condição de servo» (Flp 2,6-7). A Assembleia reconhece que muitos presbíteros e diáconos, com a sua dedicação, tornam visível o rosto de Cristo Bom Pastor e Servo”.

O Prelado eborense alertou ainda que “um obstáculo ao ministério e à missão é constituído pelo clericalismo. Este nasce da má compreensão do chamamento divino, que leva a concebê-la mais como um privilégio que como um serviço, e manifesta-se num estilo de poder mundano que se recusa a prestar contas. Esta deformação do sacerdócio deve ser contrastada, desde as primeiras fases da formação, através de um contacto vivo com a quotidianidade do Povo de Deus e de uma experiência concreta de serviço às pessoas mais necessitadas. Hoje, não se pode imaginar o ministério do presbítero, a não ser em relação com o Bispo, no presbitério, em profunda comunhão com os outros ministérios e carismas. Infelizmente, o clericalismo é uma atitude que pode manifestar-se não apenas nos ministros, mas também nos leigos”.

“Os presbíteros são os principais cooperadores dos bispos e formam com eles um único presbitério (cf. LG 28); os diáconos, ordenados para o ministério, servem o Povo de Deus na diaconia da Palavra, da liturgia, mas sobretudo da caridade (cf. LG 29). Em relação a eles, a Assembleia exprime, antes de mais, uma profunda gratidão. Consciente de que podem experimentar solidão e isolamento, recomenda às comunidades cristãs que os apoiem com a oração, a amizade, a colaboração”, sublinhou o Arcebispo de Évora.

“É sempre tempo favorável, Kairós, para nos abrirmos ao chamamento do Senhor, ou para renovarmos a alegria do SIM que um dia demos. Eis-nos perante o desafio de renovarmos a Alegria do Evangelho o SIM constantemente dado e de continuarmos a ser Comunidades em saída, instrumentos de Cristo pela convocação e pelo chamamento. Nós somos hoje o “Vem e segue-me” de Cristo!”, concluiu D. Francisco Senra Coelho.

Após a homilia, realizaram-se os ritos da ordenação diaconal.

Antes do final da celebração, o Arcebispo de Évora consagrou a Arquidiocese de Évora à Imaculada Conceição.

No final, o Prelado eborense dirigiu uma palavra especial à família do Diácono Tomás Dias pela “generosidade da entrega do seu filho a esta dimensão de serviço pela Igreja”.

“Obrigado a Coruche que nos deu o P. José Flausino, o P. Heliodoro Nuno, o P. Miguel Gonçalves Ferreira e agora o Tomás. Parabéns ao concelho de Coruche”, disse ainda D. Francisco Senra Coelho, que agradeceu aos Seminários, ao Instituto Superior de Teologia, à Pastoral Vocacional, ao Pré-Seminário e à Pastoral Familiar. “Que o Senhor confirme esta Igreja nesta peregrinação em tempos exigentes e conturbados, mas desafiadores e esperançosos”, concluiu.

 

 

07 Dez 2023

“Desde que me conheço que quero ser padre” – Entrevista a Tomás Dias (com Vídeo)

 

No dia 8 de dezembro, pelas 17h00, na Sé de Évora, na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, D. Francisco Senra Coelho presidirá à Eucaristia, na qual será ordenado Diácono, o jovem Tomás Dias. Natural de Coruche, da zona ribatejana da Arquidiocese, zona que já deu três vocações à Arquidiocese, com 24 anos de idade, Tomás Tomaz da Costa Patrício Dias, em entrevista à Esperança Multimédia, começa por confessar que “desde que me conheço que quero ser padre”.