Etiqueta: Clero

05 Jun 2024

Bodas de Prata Sacerdotais do P. José Gomes

Neste dia 5 de junho, pelas 18h30, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, preside à Eucaristia na Igreja da Sagrada Família, em Évora, por ocasião do 25º aniversário de ordenação sacerdotal do P. José Gomes, reitor do Seminário Redemptoris Mater de Nossa Senhora de Fátima (Évora), ministrando o Ministério Instituído de Leitor aos seminaristas daquele Seminário, David Barata Oliveira Novo e Ricardo Andrés Becerra Valera.
Por ocasião do jubileu sacerdotal, Ser Igreja Évora entrevistou o P. José Gomes, que partilha o seu testemunho:
Pode contar-nos de forma breve, a sua história vocacional?
Senti a vocação de pequeno e recebi acompanhamento vocacional. Já como jovem, pelos estudos e trabalho, deixei passar. Mas depois, com um largo tempo de missão como itinerante do Caminho Neocatecumenal, senti que era o momento de dar o passo, e entrei no seminário.
Quais as principais atividades (pastorais, profissionais…) que desenvolveu ao longo destes 25 anos?
Fui responsável por muitas pastorais a nível paroquial e como arcipreste. Ocupei-me de: preparação de batismo, de matrimónio, serviço para doentes, atividade sócio-caritativa, catequese, capelão de um convento de religiosas, vice-reitor etc.
Ao cumprir 25 anos de ordenação, que balanço faz?
O que digo é que estou em paz no meu ministério, experimento a misericórdia de Deus no dia a dia do meu sacerdócio, por isso estou contente e grato a Deus.
Que votos faz para o futuro?
Não faço planos para o futuro. Vivo o dia apoiado no poder de Deus. Peço a graça de poder realizar com alegria a missão que me é confiada.
03 Jun 2024

Arquidiocese de Évora despede-se emocionada do P. José de Leão Cordeiro (com fotos)

Na manhã desta segunda-feira, dia 3 de junho, a Arquidiocese de Évora realizou a indispensável homenagem de reconhecimento e gratidão ao saudoso P. José de Leão Cordeiro, que partiu para a Casa do Pai neste domingo, dia 2 de junho.

Pelas 9h da manhã, na igreja paroquial do Couço, onde o saudoso sacerdote foi Pároco durante décadas e onde ergueu uma importante obra social, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, presidiu à Missa Exequial, concelebrada pelo Arcebispo de Évora Emérito, D. José Alves, e por alguns sacerdotes.

Após a Eucaristia, o cortejo fúnebre seguiu para a terra natal, São Joaninho, onde pelas 14h30 está prevista a chegada e o velório, decorrendo o funeral às 16h00 desta segunda-feira para o cemitério local.

Recorde-se que já na noite de domingo, dia 2 de junho, o Prelado eborense presidira à Missa de Corpo Presente no Couço.

 

 

Partiu para a Casa do Pai o P. José de Leão Cordeiro (com entrevista por ocasião das bodas de ouro sacedotais)

02 Jun 2024

2 e 3 de junho: Exéquias do P. José de Leão Cordeiro

Pelo inestimável contributo dado à Liturgia em Portugal e as solicitações a nível nacional e diocesano para a indispensável homenagem de reconhecimento e gratidão ao saudoso P. José de Leão Cordeiro, a Arquidiocese de Évora comunica que hoje, dia 2 de junho, e amanhã serão celebradas as suas Exéquias nos seguintes horários:

  • Dia 2 de junho, domingo, às 21h, Missa de corpo presente na Igreja Paroquial do Couço, presidida pelo Arcebispo de Évora.
  • Dia 3 de junho, segunda-feira, às 9h00, Missa Exequial Solene na Igreja Paroquial do Couço, presidida pelo Arcebispo de Évora, seguindo depois, pelas 10hoo, o cortejo fúnebre para a sua terra natal, São Joaninho, concelho de Santa Comba Dão.
  • Dia 3 de junho, às 14h30 (hora prevista), chegada a São Joaninho e velório, decorrendo o funeral às 16h00 para o cemitério local.

Que descanse na paz de Deus.

02 Jun 2024

Partiu para a Casa do Pai o P. José de Leão Cordeiro (com entrevista por ocasião das bodas de ouro sacerdotais)

O padre José de Leão Cordeiro, do presbitério da Arquidiocese de Évora e membro do Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), faleceu neste dia 2 de junho, aos 91 anos de idade.

O P. José de Leão Cordeiro nasceu a 12 de outubro de 1932, em São Joaninho, concelho de Santa Comba Dão, filho de Manuel Gomes Cordeiro Júnior e de Raquel de Leão Cordeiro.

Frequentou o Seminário de Évora, onde estudou Filosofia, tendo feito o curso da Escola Técnica de Lourenço Marques. Na Universidade de Estrasburgo licenciou-se em Teologia Dogmática e no Instituto Católico de Paris, especializou-se em Pastoral e Catequética.

Foi ordenado presbítero a 27 de Junho de 1965 por D. Manuel Trindade Salgueiro, Arcebispo de Évora, na Matriz de Montemor-o-Novo, tendo ficado ao serviço da Arquidiocese de Évora.

A 12 de setembro de 1970 foi nomeado Prefeito do Seminário Maior de Évora.

Em 1976, a 27 de novembro, foi nomeado coPároco das freguesias de Mora, Cabeção, Brotas, Peso, Couço e Santa Justa.

A 1 de novembro de 1978, assumiu a direção da Gráfica Eborense.

Em 1981, a 24 de setembro, foi nomeado para o Serviço de Acção Litúrgica e Pastoral.

A 27 de abril de 1984 foi nomeado assistente diocesano das Conferências de S. Vicente de Paulo.

Em 1984, a 7 de  outubro, foi nomeado Diretor do Departamento da Pastoral Litúrgica. Da Arquidiocese de Évora, do qual ficou desvinculado a 30 de julho de 2008.

“Foi membro do SNL desde 1972, onde colaborou na publicação, tradução e revisão dos livros litúrgicos, um inestimável contributo dado à inteligência da Sagrada Liturgia e ao estudo da Ciência litúrgica”, assinala o comunicado do SNL enviado à Agência ECCLESIA.

O organismo da Igreja Católica evoca o padre José de Leão Cordeiro como um “grande obreiro da Reforma Litúrgica em língua portuguesa, em ordem à Pastoral e à Espiritualidade litúrgicas indispensáveis na ação evangelizadora da Igreja”.

“O SNL dá graças a Deus pelo dom, pela vida e pelo ministério do Padre Cordeiro. Rezemos ao Senhor para que acolha o Padre Cordeiro na sua comunhão e lhe conceda o eterno descanso, nos esplendores da luz perpétua”, conclui o comunicado do SNL.

O Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, em seu nome pessoal e em nome da Arquidiocese de Évora, apresenta sentidas condolências à extremosa família do muito estimado P. José de Leão Cordeiro.

 


 

“Continuar a ser, apenas e só, discípulo de JESUS CRISTO” – P. José de Leão Cordeiro

No dia 27 de Junho de 2015, o Pe. José de Leão Cordeiro celebrou os 50 anos de ordenação sacerdotal. O jubileu foi marcado por uma celebração de ação de graças a 28 de junho de 2015, presidida pelo arcebispo de Évora, D. José Alves.

Por ocasião das Bodas de Ouro Sacerdotais celebradas em 27 de junho de 2015, o P. José de Leão Cordeiro deu uma entrevista ao jornal “a defesa”, que agora republicamos na íntegra:

“a defesa” Pode contar-nos de forma breve, a sua história vocacional?

Pe. Cordeiro – A minha história vocacional tem três momentos decisivos, de entre muitos outros que também fazem parte dela.

O primeiro no tempo e em importância foi o meu Baptismo, que teve lugar na Igreja Paroquial da terra onde nasci. Estávamos em Janeiro de 1933 e eu tinha então pouco mais de dois meses. Deus Pai chamou-me a ser seu filho, Deus Filho a ser cordeiro do seu rebanho, o Espírito de Deus a ser santo e a desejar a vida eterna. Alguém respondeu “sim” em meu nome. Por diversas vezes, ao longo da vida, tenho tido a oportunidade e o gosto de confirmar, pessoalmente, essa pequena palavra. Sempre que o faço, ecoa dentro de mim a célebre frase de S. Agostinho: «Criaste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansa em Ti».

O segundo momento aconteceu num espaço bem pouco propício a coisas do espírito. Foi numa caserna militar, habitada por 400 rapazes da minha idade (tinha então 20 anos), situada a cerca de trinta quilómetros de Lourenço Marques, por volta das onze horas da noite. Nada fazia prever o que então se passou. Depois de ler uma carta que recebera de meu pai, que estava em Portugal, na qual me falava das saudades que sentia e me dava outras notícias da família, sobrepondo-se a todas as palavras que acabava de ler, uma outra “Palavra” ecoou dentro de mim, simples mas incisiva: «Tu não queres ser padre»? Respondi: «E porque não»? Foi este o início de um processo que havia de se prolongar por cinco anos, tantos quantos faltavam para concluir os estudos que então frequentava,  que viria a culminar na minha entrada no Seminário Maior de Évora, em Outubro de 1958, antecedida de algumas peripécias que não é oportuno recordar.

O terceiro momento deste percurso foi aquele em que o Senhor D. Manuel Trindade Salgueiro, arcebispo de Évora, pronunciou estas palavras, durante a celebração a que presidia, no largo da igreja de S. João de Deus, em Montemor-o-Novo, no dia 27 de Junho de 1965: «Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo nosso Salvador, escolhemos este nosso irmão para a Ordem dos presbíteros», às quais se seguiram a imposição das mãos e a oração de ordenação, os dois elementos fundamentais do sacramento da Ordem.

Como é fácil de imaginar, muitas outras coisas, para mim importantes, ficam por dizer, pois a vida é imensamente mais do que os três momentos referidos.

 

“a defesa” Quais as principais actividades (pastorais, profissionais…) que desenvolveu ao longo destes 50 anos.

Pe. Cordeiro – Começo pelas actividades estudantis e profissionais. Fui estudante dos 7 aos 16 anos e trabalhador agrícola dos 16 aos 19, razão pela qual costumo dizer que nenhum trabalho do campo me é estranho. Em 1951 fui para Moçambique, onde permaneci até 1958, dando continuidade ao que já era uma tradição familiar.

Foi um tempo muito importante para mim, com duas experiências marcantes: a da vida militar durante 15 meses, e a da vida cristã vivida com o entusiasmo da juventude, no movimento da JOC, durante 7 anos. Entre 1952 e 1958 estudei na Escola Comercial de Lourenço Marques, onde terminei o respectivo curso e simultaneamente fui funcionário administrativo numa grande empresa local. Devo dizer que esses estudos comerciais foram e continuam a ser de grande utilidade para mim, não só mas também na vida pastoral.

Entre Outubro de 1958 e Julho de 1970 frequentei, sucessivamente, o Seminário Maior de Évora (7 anos), a Faculdade de Teologia da Universidade de Estrasburgo (3 anos) e o Instituto Superior de Liturgia de Paris (2 anos).

Resumo agora as actividades pastorais.

De 1970 a 1976 fiz parte da equipa orientadora do Seminário Maior de Évora e simultaneamente, até 2004, leccionei diversas matérias de estudo, primeiro naquele Seminário e a seguir no Instituto Superior de Teologia de Évora.

Em 1976 fui nomeado pároco do Couço e Santa Justa, onde continuo a exercer essas funções, com as quais acumulei, durante 20 anos, a animação da vida cristã da paróquia de Cabeção.

Como acontece sempre que o clero é em número reduzido, fui sendo encarregado, ao longo dos anos, de diversas funções diocesanas, que não vale a pena enumerar.

Desde 1972 sou membro do Secretariado Nacional de Liturgia.

 

“a defesa” Ao cumprir 50 anos de ordenação, que balanço faz?

Pe. Cordeiro – Graças aos meus estudos específicos e ao meu trabalho durante alguns anos na área comercial estou habituado a “balanços”. Mas deixo os da minha vida entregues aos que os queiram fazer.

Por mim direi apenas que gosto do que faço, mas que estou longe de ser aquilo a que me sinto chamado como homem, como cristão e como padre. Verdadeiramente, só Deus me conhece. Peço-Lhe que não leve em conta o que na minha vida fiz e faço contra a sua vontade.

Mas dou-Lhe graças, infinitas graças, pelo que Se dignou realizar de bom através de mim. Sobretudo quero cantar-Lhe um cântico novo por me ter feito acreditar em seu Filho, meu Salvador e meu Deus, e me ter entregue aos cuidados daquela que, ao longo da vida, ocupou o lugar da mãe que não conheci na terra, a Mãe do Céu.

 

“a defesa” Que votos faz para o futuro?

Pe. Cordeiro – Esta é a resposta mais simples e mais breve às perguntas que acaba de me fazer. Eis os meus votos: continuar a ser, apenas e só, discípulo de JESUS CRISTO.

 

14 Mai 2024

Arcebispo de Évora celebrou Eucaristia com os Sacerdotes que habitam a Casa Sacerdotal em Vila Viçosa (com fotos)

O Arcebispo de Évora visitou o Seminário de São José, em Vila Viçosa, no dia 13 de maio, onde celebrou a Eucaristia com os Sacerdotes que habitam a Casa Sacerdotal sedeada naquele Seminário.
O edifício do Seminário de São José de Vila Viçosa está aos cuidados da Comunidade Católica Sementes do Verbo (Associação Privada de Fiéis).
28 Abr 2024

Arcebispo de Évora recebeu o Cardeal D. Américo no Santuário de Nossa Senhora D’Aires (com fotos)

Na manhã deste domingo, 28 de abril, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho recebeu o Cardeal D. Américo Aguiar, Bispo de Setúbal, no Santuário de Nossa Senhora D’ Aires.

Depois, o Bispo de Setúbal presidiu à Missa solene da Romaria a Cavalo, celebrada naquele Santuário. Perante os romeiros e os peregrinos da vila, o Prelado desafiou a que “cada um de vós saia desta peregrinação com vontade de ser melhor pessoa”. “Não vale a pena peregrinar, seja onde for, se for para regressar a casa iguais ao que éramos quando saímos”, referiu D. Américo Aguiar.

Após as celebrações, em mensagem dirigida ao Bispo de Setúbal, o Arcebispo de Évora escreveu: “em meu nome pessoal e da Arquidiocese de Évora, agradeço a sua presença no multissecular Santuário de Nossa Senhora de Aires, num oportuno abraço entre as Igrejas Irmãs de Setúbal e Évora”.

“É grande a alegria e esperança pela mensagem ali entregue ao Santo Povo de Deus. Bem Haja!”, sublinhou o Prelado eborense na mensagem de agradecimento enviada ao Cardeal D. Américo Aguiar.

Recorde-se que a Romaria a Cavalo ligou os concelhos de Moita a Viana do Alentejo, tendo juntado centenas de romeiros oriundos de vários pontos do país, num percurso de cerca de 150 quilómetros, em caminhos de terra batida. A Romaria a Cavalo, já na sua 22ª edição, foi uma organização conjunta das câmaras municipais de Moita e de Viana do Alentejo e das associações dos Romeiros da Tradição Moitense e Equestre de Viana do Alentejo.

26 Abr 2024

Votos Solenes do sacerdote jesuíta, P. Fernando Ribeiro foram celebrados em Évora (com fotos)

No dia 20 de abril, na Igreja do Espírito Santo, em Évora, o Arcebispo de Évora presidiu à Eucaristia na qual foram celebrados os Votos Solenes do P. Fernando Ribeiro, sacerdote jesuíta. Estes foram os seus últimos votos na Companhia de Jesus. Concelebraram o Arcebispo de Évora emérito, D. José Alves, o Provincial dos Jesuítas em Portugal, P. Miguel Almeida, e cerca de três dezenas de sacerdotes. O Provincial dos Jesuítas proferiu a homilia.

A Eucaristia, que contou com uma participação significativa de fiéis, terminou com as palavras de agradecimento do P. Miguel Gonçalves Ferreira, sj.

Depois uma comprovada maturidade jesuítica, os sacerdotes da Companhia de Jesus são convidados a dedicarem um ano de aprofundamento vocacional à luz do carisma fundacional de Santo Inácio de Loiola. No caso concreto do P. Fernando Ribeiro, este ano foi passado no Líbano, onde compartilhou grandes vivências de proximidade com o povo libanês e com os cristãos daquele país na expressão dos seus vários ritos. Após este ano são celebrados os Votos Solenes.

Os Votos Solenes são quatro: pobreza, obediência, castidade e inteira disponibilidade para obedecer aos pedidos do Papa referente à missionação, fazendo tudo para que os pedidos pontifícios se cumpram, levando o Evangelho até onde o Papa indicar.

Depois da Eucaristia, seguiu-se um convívio na residência da comunidade jesuíta de Évora, na Quinta de Valbom.

O P. Fernando Ribeiro, sj, nasceu em 1971, em Ribeirão – V. N. de Famalicão. Estudou Engenharia Agrícola e foi “Leigo para o Desenvolvimento” antes de entrar na Companhia de Jesus. Como jesuíta licenciou-se em filosofia e teologia e é mestre em teologia moral e migrações internacionais. Atualmente reside na comunidade do Monte da Caparica e é diretor adjunto do Serviço dos Jesuítas aos Refugiados (JRS).