
É no próximo mês de março, nos dias 22 e 23 que se realizará esta grande peregrinação!
INSCRIÇÕES ABERTAS!


É no próximo mês de março, nos dias 22 e 23 que se realizará esta grande peregrinação!
INSCRIÇÕES ABERTAS!
o dia 29 de Março, vai realizar-se em Évora o Jubileu Diocesano do Adolescente, organizado pelo Departamento da Catequese da Infância e Adolescência da Arquidiocese de Évora.
As inscrições para este Jubileu já estão a decorrer e podem ser feitas através do seguinte link:
https://docs.google.com/…/1FAIpQLSf9EFJQj…/viewform
Entre os dias 2 a 4 de Março de 2025, o Centro Paulo VI, em Fátima, recebe o 40.º Encontro Nacional da Vida Consagrada, dedicado ao tema “Sinais de Esperança da Vida Consagrada no Mundo”, numa organização da CIRP – Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.
“Depois dos desafios que a sociedade atual lança à Vida Consagrada (2024), abordamos neste Encontro Nacional os sinais de esperança que a Vida Consagrada é chamada a enviar à sociedade atual”, explica a organização.
“Não se trata de olhar para dentro, para o próprio umbigo, mas de responder a esta pergunta: Sendo a Vida Consagrada sinal e serviço, que sinais e serviços é chamada a enviar e prestar ao mundo de hoje? Para a levedar, salgar, alumiar… Em debate, pois, a dimensão profética da Vida Consagrada”, refere a CIRP no folheto de divulgação do Encontro Nacional, que este ano se realiza no âmbigo do Jubileu 2025 – “Peregrinos de Esperança”.
As inscrições devem ser feitas até 15 de fevereiro de 2025.
Mais informações no site: www.cirp.pt
Depois da abertura oficial do Ano Santo com a celebração solene que aconteceu, no dia 29 de dezembro, na Sé de Évora oficiada pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, a Unidade Pastoral de Borba promoveu uma peregrinação que ligou o Santuário do Senhor dos Aflitos ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Algumas dezenas de pessoas participaram nesta iniciativa e caminharam como Peregrinos de Esperança no início deste Ano Santo 2025.
A Comissão Nacional Justiça e Paz propõe a todos uma leitura atenta da Mensagem que o Papa Francisco (clique aqui para ler na íntegra) nos dirige por ocasião do Dia Mundial da Paz, no início deste Ano Jubilar (2025), intitulada “Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz”.
As palavras que o Papa faz chegar a todos os homens e mulheres de boa vontade adquirem um sentido próprio em cada continente, região e país. Somos todos destinatários desta mensagem, no nosso agir concreto de cada dia, e não apenas os líderes das nações. Esta é, por isso, uma leitura que merece ser partilhada e objeto de reflexão conjunta nas nossas comunidades paroquiais, nos movimentos de que façamos parte, nas nossas famílias ou grupos de amigos. «Ninguém vem a este mundo para ser oprimido», afirma o Papa Francisco, ao jeito de Jesus.
Esta afirmação vigorosa precisa de ecoar na Europa e em Portugal, pois são palavras proféticas que não podem deixar-nos indiferentes.
Oprimido é aquele a quem tiraram toda a esperança. E, entre nós, há oprimidos sem visibilidade e cuja voz não se faz escutar. É oprimido o migrante que olhamos com desconfiança e receio, apesar de lhe devermos as tarefas mais árduas ou penosas e que passámos a desprezar. É oprimido o pobre a quem tantas vezes ignoramos as circunstâncias e os abismos em que se encontra de angústia e de falta de saúde mental.
São oprimidas as comunidades do interior, as vilas e aldeias a quem os fogos do verão e do outono devoram a esperança. São oprimidas as famílias que vivem sob o jugo das dívidas que contraíram e das taxas de juro que agrilhoam a sua esperança num futuro melhor.
São oprimidos os milhares de jovens à procura de casa por um preço compatível com os rendimentos do seu primeiro emprego. O Papa compara o som da trombeta que anunciava um ano de perdão na tradição hebraica e o grito que ninguém parece ouvir: o clamor das multidões de pobres e indigentes em surdina. Façamos do Jubileu da Esperança um cântico novo! Uma vida sem Esperança condena-nos à resignação e ao desespero, quando o apelo que brota do Evangelho é o desígnio que Deus tem para nós: colaborarmos na Sua ação no mundo.
Todos somos responsáveis pela eliminação dos espaços de opressão ainda existentes, através da partilha e de relações que assentem em valores como a fraternidade, a justiça e a paz. Do reconhecimento de uma vida digna para todos depende a paz. «Pequenos gestos de filantropia não erradicam a miséria», diz-nos o Papa; não que os condene, mas por neles não encontrar vigor, nem sede de justiça.
Transformemos a filantropia em amor e atenção ao próximo, com um sorriso, um abraço, um gesto de ternura. Queiramos ser anunciadores de uma Esperança audaz e não apenas de um otimismo politicamente correto. A Esperança é ambição de amor. É ousadia. É, a bem dizer, o impulso vigoroso da Paz e da Justiça. Ela «nasce da experiência da misericórdia de Deus», lembra-nos o Papa Francisco, citando a bula de proclamação do Jubileu de 2025 (Spes non confundit).
Nesta mensagem, o Papa Francisco apresenta ainda três propostas concretas que desafiam os decisores políticos à construção da Paz: o perdão da dívida dos países mais pobres, que retoma o apelo de São João Paulo II de há 25 anos, por ocasião do grande Jubileu de 2000; o compromisso na erradicação da pena de morte; e que uma percentagem fixa da despesa com armamento seja reservada à eliminação da fome, à educação e ao desenvolvimento sustentável.
Tenhamos coragem de, em democracia, apoiar os nossos Governos, neste programa audacioso de paz universal. O futuro é um dom que permite ultrapassar os erros do passado. Assim é o Jubileu. Um tempo favorável a fazermos do grito do desespero um hino de Esperança.
O Papa Francisco abriu hoje uma porta santa do Jubileu 2025 na prisão de Rebibbia, afirmo que a “esperança nunca desilude” e convidou a ter as portas e os corações abertos, na homilia que proferiu esta quinta-feira, em Roma.
“É um belo gesto abrir as portas, mas, mais importante, o que significa é abrir o coração, o coração aberto faz a fraternidade. O coração fechado, duro, não ajuda a viver”, disse o Papa, na sua homilia, na capela da prisão de Rebibbia.
Francisco, que abriu na manhã desta quinta-feira, 26 de dezembro, a segunda porta do Ano Santo 2025, na cadeia de Rebibbia, explicou que “a graça do jubileu é abrir, sobretudo abrir o coração à esperança”.
“A esperança não desilude nunca, pensem bem nisto, eu também pensei: a esperança nunca desilude. Eu gosto de pensar na esperança como a âncora e nós com a corda estamos seguros, porque a nossa esperança é como a âncora na terra. Não perder a esperança, é a mensagem que quero deixar a todos, a todos, eu primeiro”, desenvolveu.
O Papa salientou que, “às vezes, a corda é difícil”, faz mal às mãos, e exemplificou com o gesto de quem puxa uma corda, mas “sempre com a corda nas mãos, olhando para a margem que leva em frente, há sempre algo de bom que leva para a frente”.
Francisco, assinalando que cada um sabe “como abrir as portas do coração”, realçou que primeiro são as mãos na corda, “com a âncora da esperança”, e, em segundo, “as janelas, as portas abertas, sobretudo a porta do coração”, porque um “coração fechado torna-se duro como uma pedra, esquece-se da ternura”, e um coração aberto “é aquilo que faz irmão”.
“Desejo a todos um grande jubileu, desejo muita paz e todos os dias rezo por vocês, não é um modo de dizer, todos os dias penso em vocês e rezo”, concluiu, pedindo que também rezem por ele.
Ainda do lado de fora da capela da prisão de Rebibbia, Francisco bateu seis vezes na porta santa, que se abriu, e entrou na companhia do bispo auxiliar de Roma, D. Benoni Ambarus, dois “convidados” de Rebibbia (um homem e uma mulher) e dois agentes.
Participaram cerca de 300 pessoas na Missa na capela, assinalando a festa litúrgica de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, o coro desta celebração foi constituído por 20 reclusos, outros 12 serviram o altar, as leituras foram feitas por um recluso e por uma guarda-prisional.
No final da Eucaristia, ainda no presbitério, o Papa cumprimentou quem participou na celebração na capela, recebeu algumas prendas de reclusos, reclusas e dos guardas prisionais, com quem conversou, trocou cumprimentos e sorrisos, e ofereceu também uma lembrança.
Francisco doou ao Estabelecimento prisional de Rebibbia uma réplica da Porta Santa da Basílica do Vaticano, e um pergaminho sobre a abertura desta porta santa, e visitou o presépio desta capela, feito pelos reclusos do ‘Reparto G8’, saindo pela porta da Santa de Rebibbia; destaca-se a participação do arcebispo D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e responsável pela organização do Jubileu 2025, e do cardeal português José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.
A diretora do Novo Complexo da Penitenciária de Rebbibia, Teresa Mascolo, explicou que as detidas fizeram um presente para o Papa Francisco, na oficina de carpintaria do projeto que lida com a recuperação de madeira das barcaças de migrantes, chamado ‘Metamorphosis’, ativado pela Casa dello Spirito e delle Arti,
Francisco, visitou 15 cadeias nos anos do seu pontificado, esteve na prisão de Rebibbia, na Quinta-feira Santa de 2015, para lavar os pés de doze reclusos de diferentes nacionalidades; já este ano, celebrou a Missa da Ceia do Senhor na prisão feminina de Rebibbia, lavando os pés a doze mulheres.
O Papa abriu esta quinta-feira uma porta santa na prisão de Rebibbia, em Roma, num gesto inédito na história dos jubileus, a segunda porta santa do Ano Santo 2025, após a abertura da porta santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, na Missa da Noite de Natal, na celebração do nascimento de Jesus, no dia 24 de dezembro. “A primeira porta santa abri no Natal, em São Pedro, mas eu quis que a segunda porta santa fosse aqui, numa prisão, eu quis que cada um de nós, todos, dentro e fora, tivéssemos a possibilidade de abrir as portas do coração e entender que a esperança não desilude”, disse o Papa, ainda do lado de fora da capela da prisão de Rebibbia, antes da abertura da Porta Santa. Na bula de convocação do Jubileu 2025, o Francisco explicou este gesto, “a fim de oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade”: “Eu mesmo desejo abrir uma porta santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida”. O documento defende uma amnistia para os presos, como sinal de “esperança”. “Proponho aos governos que, no Ano Jubilar, tomem iniciativas que restituam esperança aos presos: formas de amnistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis”, indica o texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude). A bula, publicada em maio, proclamava solenemente o início e fim das celebrações do próximo Ano Santo, entre 24 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, naquele que é o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja. O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos. |
Carlos Borges – Agência ECCLESIA
A diretora do Novo Complexo da Penitenciária de Rebbibia disse que percebem a Porta Santa como “uma abertura de espiritualidade e justiça, um lugar de acolhimento a serviço da fraternidade do mundo e também representa uma metáfora da espiritualidade, no sinal do compromisso com a igual dignidade de todos”.
“Faço minhas as palavras do Papa, que nos ensina que a esperança não dececiona; é um dom que nos impulsiona a agir e cada dia na prisão é precioso para cultivá-la, porque é um sentimento que nos permite encontrar o bem e o belo nos outros”, acrescentou Teresa Mascolo, ao portal ‘Vatican News’, no início de dezembro. A diretora do Novo Complexo da Penitenciária de Rebbibia explicou que acredita que “a justiça e o perdão são dois lados da mesma moeda”, salientando que é “preciso humildade, respeito pela dignidade da pessoa, mas também atenção às palavras”, precisam de preocupar-se com as relações, “mas também com as relações que curam”. Este Novo Complexo do Estabelecimento Prisional de Rebibbia, inaugurado pelo Papa nesta visita para a abertura da Porta Santa, um dos quatro que compõem esta penitenciária romana, é um dos maiores da Itália, “atualmente, tem 1585 detidos, a capacidade é de 1.170, as palavras de ordem são humanidade e dignidade das pessoas”, adiantou Teresa Mascolo. |
O Papa Francisco afirmou na homilia da Missa da Noite de Natal, a 24 de dezembro, que assinalou o início do Ano Jubilar com a abertura da Porta Santa, que a “esperança foi escancarada para o mundo”.
“Esta é a noite em que a porta da esperança foi escancarada para o mundo; esta é a noite em que Deus diz a cada um: há esperança também para ti”, afirmou o Papa.
Francisco presidiu à Missa com rito de abertura da Porta Santa, uma tradição com 600 anos e que marca o início solene do Jubileu 2025, que coincide com a celebração dos 1700 anos do primeiro concílio ecuménico, o Concílio de Niceia, que afirmou a divindade de Jesus, Filho de Deus.
O Papa, transportado em cadeira de rodas, passou a Porta Santa acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e também por membros de outras Igrejas e comunhões cristãs presentes em Roma, “sinal visível da fé que todos os cristãos partilham em Jesus Cristo, o Verbo feito carne”, indica uma nota do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos enviada à Agência ECCLESIA.
De acordo o documento, a passagem do limiar da Porta Santa por parte dos representantes de Igrejas ecuménicas não é uma “tentativa de os associar a elementos do Jubileu, como a indulgência jubilar, que não estão de acordo com as práticas das suas respetivas comunidades”.
A celebração da Noite de Natal começou no exterior da Basílica de São Pedro, com um momento de preparação que inclui a leitura de três textos do Antigo Testamento – livros do Génesis, Isaías e Miqueias – que “anunciam a vinda de Cristo Salvador”.
A abertura da Porta Santa acontece, tradicionalmente, na celebração do nascimento de Jesus, incluindo o “anúncio do Natal”.
Antes da Missa, decorreu o rito que marca o início do Jubileu, “tempo da misericórdia e do perdão”, iniciando-se com uma antífona, seguida da oração do Papa, para que “se abra a cada homem e mulher o caminho da esperança que não desilude”.
Após a leitura de uma passagem do Evangelho segundo São João, Francisco aproximou-se da Porta Santa, altura em que decorre o diálogo explicativo da abertura ritual: “Esta é a porta do Senhor: por ela entram os justos. Abri-me as portas da justiça: entrarei nelas para dar graças ao Senhor” (Salmo 118).
O Papa vai abriu a porta em silêncio, recolhendo-se em oração, seguindo-se o toque dos sinos, entrando depois na Basílica acompanhado por representantes de católicos dos cinco continentes e por convidados de outras confissões cristãs, ao som do hino jubilar, “Peregrinos da Esperança”.
Na bula de proclamação do 27.º jubileu ordinário da história da Igreja Católica, intitulada ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), o Papa Francisco propõe um cessar-fogo global e o perdão das dívidas aos países pobres.
“Que o primeiro sinal de esperança se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”, escreve Francisco, que defende também uma amnistia para os presos, como sinal de esperança, anunciando que vai abrir uma porta santa numa cadeia.
Depois da Missa da Noite de Natal, no Vaticano, decorre o evento ‘Note del Natale – Speciale Giubileo’ (Notas de Natal – Especial Jubileu), uma celebração cultural com transmissão desde a Praça de São Pedro, com a presença de Andrea Bocelli, Claudio Baglioni, Giovanni Allevi, o coro da Capela Juliana da Basílica de São Pedro, a violinista Anastasiya Petryshak e o bailarino Roberto Bolle.
Octávio Carmo/Paulo Rocha – Agência ECCLESIA
MENSAGEM DO ARCEBISPO DE ÉVORA PARA O NATAL 2024
E PARA A ABERTURA DO ANO SANTO NA CATEDRAL E BASÍLICA METROPOLITANA
Dirijo-me a todos os Cristãos e Cristãs da Arquidiocese de Évora, bem como a todas as Pessoas de Boa Vontade para as saudar, cumprimentar e desejar Boas Festas neste Tempo Natalício, tão marcante na nossa História, na nossa cultura, nas tradições e no imaginário da criatividade e das adaptações aos novos tempos. A todos desejo um fecundo Ano Santo 2025. Que a bênção da Paz inunde este novo ano, também celebrativo do Jubileu do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
1 – Ao interrogar os tempos e ao escutar muitos corações, registo algumas interrogações que parecem assumir transversalmente as preocupações de muitos. Refiro-me, por exemplo, à fragilidade da Paz e ao alastramento ameaçador da guerra, com dimensão global e com frequentes alusões ao recurso nuclear ou atómico; às grandes mutações populacionais, com os seus consequentes movimentos migratórios; à ecologia global e às, ainda por alguns discutidas, alterações climáticas; aos novos equilíbrios geo-estratégicos e hegemónicos, que já se desenham e perspectivam; aos diversos e antagónicos radicalismos, que eivados de excessos já dolorosamente comprovados pela História, desafiam ou põem mesmo em causa as culturas politicamente dominantes, chamadas “Democracias”.
2 – Entre nós, no espaço territorial da Arquidiocese de 13 547 Km2, espalhada por quatro distritos, vinte e quatro concelhos, nove cidades, dezenas de vilas e cento e cinquenta e oito paróquias e com mais de 255 mil habitantes, acrescentam-se as apreensões com o constante envelhecimento populacional e com o crescente despovoamento, também fruto da migração das novas gerações originárias desta região alentejana e ribatejana e dos injustos desequilíbrios provindos de uma ineficaz política do ordenamento do território, desmotivadora do investimento e empreendedorismo, em alguns casos, capaz de provocar mesmo o desalento e a desistência.
Ficam-nos ainda interrogações sobre temas, tais como a integração dos imigrantes, que constantemente chegam até nós e de quem necessitamos; e como evoluirá o actual sucesso do “Turismo”, tão importante para a actual sustentabilidade da Região.
3 – Sobre todas estas questões e muitas outras, tais como assuntos de carácter antropológico, existencial, social, político, cultural, económico e financeiro, se reflectiu em várias instâncias consultivas e executivas de uma Arquidiocese que conta com um Instituto Superior Universitário, dirige ou colabora com várias Fundações, opera na governança de dezenas de IPSS, colabora com mais de três dezenas de Santas Casas da Misericórdia e diversas Associações com várias finalidades, Colégios, Serviços e Movimentos Assistenciais como a Caritas e a Sociedade de S. Vicente de Paulo.
De toda a nossa reflexão brotou uma constatação, para que resplandeça uma Primavera nos corações e mentes humanas, necessitamos de procurar motivos de Esperança. A Esperança é a âncora que nós seguramos em horas de incerteza e de busca de novos rumos na bússola do discernimento. Como ensina o Papa Francisco “o optimismo desengana, a esperança não” (audiência geral, 7 de dezembro de 2016). De facto, o optimismo situa-se no âmbito das capacidades e possibilidades humanas, enquanto a esperança, virtude teologal, nos vem da certeza de que Deus jamais nos abandona. Importa recordar o pensamento do grande biblista e teólogo C. M. Martini “esperar equivale a viver: o homem de facto, vive enquanto espera e a definição do seu existir está ligada à definição do âmbito da sua esperança” (2012).
Da normalidade dos nossos encontros quotidianos com as famílias, os jovens, e lembro a forte experiência que nos permitiu a JMJ, os universitários, com as crianças, os avós; com docentes, autarcas, empresários, agricultores, profissionais de diversos tipos, incluindo jornalistas, agentes da comunicação social e fazedores de opinião pública, não esquecendo sequer as forças militares e de segurança; de todos os quadrantes e sectores percebeu-se a necessidade de um valor acrescido, a Esperança!
4 – A Arquidiocese de Évora propõe a todos o desafio da Esperança: “Peregrinos de Esperança”. É assim, que apresenta ao interior da Igreja e a toda a Sociedade o seu contributo para este Ano Pastoral, 2024-2025. Atrevo-me a perguntar: Quem quer vir connosco procurar as raízes da Esperança e fazê-las florir neste tempo bastante baço, se não mesmo opaco? Afinal, onde mora ou quem pode ser Esperança? Dito de outro modo, o que vale definitivamente, e pelo qual vale a pena, dar a vida?
Conforme refere o nosso citado Plano Pastoral, “No dia 9 de Maio, o Papa Francisco publicou a Bula de proclamação do Jubileu 2025, “Spes non confundit…”. Neste documento, são traçadas as grandes ideias que deverão marcar a nossa caminhada jubilar, bem como o itinerário a que a Igreja é chamada a percorrer. Como Igreja diocesana, não queremos ficar alheios aos desafios que nos são lançados pelo Papa Francisco.” (…) De facto, “a esperança não pode ser uma palavra vaga e sem conteúdo. Evocar a esperança é ter a ousadia de olhar para os lugares onde essa mesma esperança é uma urgência para muitos e um compromisso para todos. Dos lugares da esperança ergue-se um coro de vozes aflitas que fazem a experiência dos mais atrozes cativeiros que não nos podem deixar indiferentes”, por isso para a nossa Arquidiocese o objetivo para este tempo é “celebrar o Ano Santo em comunhão com a Igreja, para a renovação de cada uma das comunidades cristãs”.
Em plena comunhão com o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, em cumprimento das determinações do Santo Padre, o Papa Francisco, e em consonância com o nosso Plano Pastoral, convoco toda a Igreja Diocesana de Évora, o Povo Santo de Deus que peregrina nestas terras eborenses, para no próximo dia 29 de Dezembro, pelas 16 horas, nos congregarmos na Igreja de Santo Antão, em Évora, para aí, darmos início à Santa Missa Estacional que de seguida peregrinará processionalmente até à nossa Catedral e Basílica Metropolitana, a fim de iniciarmos o jubileu do Ano Santo na nossa Igreja Mãe, celebrando a Eucaristia e todos os Ritos próprios e indicados pelo competente Dicastério da Santa Sé.
O Rev. Presbitério, com o seu Cabido Catedralício; os Rev. Diáconos, os Religiosos e Religiosas, os Consagrados, os Seminaristas e todo o Laicado são convidados a participar jubilosamente neste momento eclesial de elevada catolicidade, expressão da nossa comunhão com o Papa e com toda a Igreja Universal espalhada sobre a face da terra.
Que na cidade de Évora e nesta tarde, nenhuma celebração eucarística seja realizada a par deste solene acto de Unidade. Que em toda a Arquidiocese, sejam previamente previstas as alterações de horários de Missas Dominicais, para que seja possível a participação de todos os clérigos de algum modo, vinculados a esta Arquidiocese. Espera-se o empenho e a colaboração de todos os Católicos.
5 – É Tempo de Natal! O Natal de Cristo garante-nos que “A esperança não engana porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rom. 5, 1-2). Que a semente do Natal faça frutificar a Esperança do Amor de Deus que não ilude, nem nos abandona; no coração e na mente de todos nós, sobretudo nos que, porventura, mais sofrem: os sós, os presidiários, os desprotegidos, os discriminados, os frágeis, os doentes, os dependentes e acima de tudo os desistentes e derrubados da vida.
6 – Obrigado a todos os que guiados pelo sussurro da Esperança, consolidam ou acendem a esperança apagada nos seus irmãos!
Muito obrigado, aos que iluminados pela Luz da Luz, refletem no testemunho coerente, fraterno e solidário essa Luz, através do seu voluntário e dedicado esforço pela verdade, transparência e justiça.
7 – Todos merecemos e precisamos que haja Natal de verdade, porém demos prioridade às crianças e adolescentes. Não lhes leguemos a caricatura pobre e deformada de um Natal meramente consumista e mercantilista. Abramos as portas do verdadeiro Natal às nossas crianças: Jesus Cristo, nos seus valores e propostas, é a Esperança de um mundo novo, pleno de humanização! Jesus Cristo, nascido em Belém, terra do Pão, eis o motivo do Natal! Não fechemos as portas da beleza do Natal aos que, mais do que ninguém, merecem viver em Esperança.
Atrevo-me a sugerir a todos os pais e encarregados de educação que não privem as crianças e adolescentes das belezas que os pastores da campinas de Belém puderam saborear junto ao Presépio: uma criança envolta em panos e deitada na manjedoura, ladeada pela simplicidade de Maria e José. Talvez, uma das oportunidades para que cada criança e adolescente possa sentir o bater do coração do Natal, seja ir com os pastorinhos de Belém até ao Presépio e com eles acenderem a fogueira fraterna da amizade, capaz de aquecer o frio e iluminar a noite numa inesquecível catequese de vida e para a vida.
Às portas do Ano Santo 2025, unido ao querido Papa Francisco, desejo e rezo para todos um fecundo Natal e Santo Ano Novo!
+ Francisco José Senra Coelho
Arcebispo de Évora
No próximo dia 11 de dezembro, realizar-se-á a apresentação da Bula de Proclamação do Grande Jubileu Ordinário do Ano 2025, intitulada “A Esperança Não Confunde”, do Papa Francisco. O encontro terá início às 21h15 e decorrerá no Seminário Maior de Évora, com entrada livre.
Para quem não puder estar presente, haverá transmissão online.