Categoria: Conferência Episcopal Portuguesa

01 Jan 2024

Conferência Episcopal Portuguesa: Mensagem de Ano Novo para 2024 (com vídeo)

Construtores da Paz

O início de um novo ano é sempre uma oportunidade para avaliar e para recomeçar. Iluminados pelo Natal de Jesus, é tempo de dar graças a Deus pelo ano que passou, avaliar o que foi feito e perspetivar, com esperança, o ano que agora começa. Neste primeiro de janeiro de 2024, data em que a Igreja celebra o 57.º Dia Mundial da Paz, à luz da mensagem do Papa sobre “a inteligência artificial e a paz”, as minhas primeiras palavras dirigem-se, precisamente, para esse desejo que pulsa no coração do Homem: a paz.

Há quase dois anos, juntando-se a tantas outras confrontações bélicas disseminadas pelo mundo, vimos eclodir a guerra na agressão à Ucrânia e, em outubro deste ano, o brutal conflito armado na Terra Santa. O passar do tempo e a normalização das imagens cruentas que nos chegam diariamente através das televisões e das redes sociais não nos podem anestesiar. Esta é uma situação dramática, pungente e dolorosa, à qual não nos podemos habituar nem resignar. É necessário ultrapassar a crise e a dor com coragem e esperança.  O grito da esperança é, antes de mais, um grito de revolta e inconformismo perante aquilo que se passa e as consequências sociais, económicas e ecológicas que provoca.

O Papa Francisco tem afirmado, insistentemente, que a guerra é uma derrota para todos. Será possível que 2024 nos traga a paz? Esperamos que sim. E esperamos ativamente atentos, a começar pela atitude de oração. A oração é, antes de mais, escuta atenta de Deus e do seu projeto de paz, de fraternidade para todos os seus filhos e filhas desavindos e fratricidas nesta terra. Rezar leva a inserir-se, de coração e atitudes, nessa busca da paz, que brota da vinda de Jesus à nossa terra, que celebrámos no Natal.

Há que rezar e sonhar a paz, viver a paz no coração e nas nossas relações, anunciar e lutar fraternamente pela paz!

 

Situação política e social do país

No contexto do nosso país, o ano de 2023 foi abundante em crises políticas, sociais e económicas, que afetaram profundamente a nossa sociedade, criando instabilidade e tensão e levando à queda do Governo, o que nos coloca, em 2024, num cenário de eleições legislativas antecipadas, a somar aos escrutínios já previstos para o Parlamento Europeu e para a Região Autónoma dos Açores. Os indicadores são especialmente preocupantes nos setores da saúde, da educação, da habitação e do custo de vida, com subidas muito significativas que vão agravar a situação de uma grande percentagem de famílias, já fragilizadas pelas crises que se vão acumulando.

Ninguém deve excluir-se do processo de escolha daqueles que julga mais capazes de administrar os recursos que são sempre escassos, em prol do bem comum, para garantir a igualdade de oportunidades e os direitos constitucionalmente consagrados. No ano em que se comemora o 50.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, não podemos esquecer todos os que estiveram na primeira linha do combate pela democracia, grande parte deles motivados pela sua fé e pelo desejo de colaborar num mundo melhor.

O agravamento das condições de vida das famílias e a dificuldade de acesso a bens essenciais alimentam a falta de esperança. É urgente uma solidariedade nacional e um compromisso claro dos partidos políticos. As eleições que se aproximam exigem propostas assertivas e conteúdos programáticos compreensíveis para que se possa, a nível nacional, discutir projetos e apresentar soluções. Só assim os cidadãos podem ser levados a optar pela adesão a projetos concretos e não a votar pela raiva ou desilusão ou, pior ainda, a não votar.

 

Na Igreja em Portugal: proteção de menores, JMJ Lisboa 2023 e Sínodo

Na Igreja em Portugal, 2023 foi o ano em que trouxemos luz nova à realidade dos abusos de menores no seio da Igreja Católica no nosso país. O trabalho desenvolvido pelas Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e sua Equipa de Coordenação Nacional, pela Comissão Independente e, recentemente, pelo Grupo VITA são o rosto do compromisso que assumimos para acolher as vítimas e contribuir para a reparação das suas vidas, procurando atuar, cada vez mais, na área da prevenção e formação de pessoas, de forma que os ambientes eclesiais sejam espaços cada vez mais seguros para todas as crianças.

2023 foi também o ano que lançou sementes de esperança com a realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023. Foi notável a mobilização dos jovens portugueses que se empenharam, não apenas num evento de dimensões únicas e necessariamente breve no tempo, mas num compromisso com a Igreja, de forma a torná-la mais inclusiva, mais dialogante e mais participante no mundo. A Igreja conta com os jovens, mas os jovens também disseram que querem contar com Jesus nas suas vidas e querem anunciá-lo ao mundo, querem ser ouvidos e ter lugar na Igreja. Neste período pós-JMJ é preciso continuar a escutá-los e, numa perspetiva sinodal, dar-lhes protagonismo para que sejam agentes da renovação eclesial no seio das suas comunidades.

O caminho sinodal está em curso e desafia-nos a caminhar juntos, a saber escutar, a ter a capacidade de dialogar de forma construtiva. Depois da expressão do diálogo e da comunhão manifestados em outubro, em Roma, revelando uma Igreja plural mas que consegue unir-se em torno do essencial que é Jesus e o seu projeto, o tempo agora é para as nossas comunidades mostrarem, também elas, que estão vivas e querem ser o rosto da revolução da esperança.

Tendo por diante, em 2024, a participação ativa na dinâmica sinodal, tenhamos a franqueza de saber construir a paz ouvindo todos os que são seguidores do mesmo Cristo e a humildade para não rejeitar qualquer posição ou pretensão só por ser de quem pensa diferente. O amanhã melhor e em paz, na Igreja e no mundo, constrói-se com todos, todos, todos!

 

Vida nova num Ano Novo

Dentro de dias faremos memória do momento em que três sábios, totalmente alheios à fé de Israel e às suas tradições, se aproximam de um bebé chamado Jesus. Os três magos sentiram uma força misteriosa que nunca tinham sentido e que os atraiu até Belém. Aí, descendo dos seus camelos e do alto do seu curriculum científico, ajoelharam-se e adoraram Deus naquele Menino.

Sei que falo para muitos crentes, mas também para muitos não crentes. Quando o homem não adora a Deus acaba por adorar-se a si mesmo. Temos de reaprender a contar com a força bondosa e incansável de Deus.

Com razão, diz o Papa Francisco: “quando adoramos permitimos a Jesus que nos cure e transforme com o seu amor”. Só assim haverá vida nova num Ano Novo, esperança nova para conflitos antigos e uma alegria nova para os corações exaustos e desesperados.

O Jubileu de 2025 com o tema “Peregrinos de Esperança”, que nos preparamos para celebrar, poderá, como afirma o Papa Francisco, “reforçar e exprimir o caminho comum que a Igreja é chamada a empreender para ser, cada vez mais e melhor, sinal e instrumento de unidade na harmonia das diversidades”.

A todos vós, às vossas famílias e comunidades, desejo um feliz Novo Ano, repleto das bênçãos de Deus e vivido com alegria na Esperança da Paz!

 

Lisboa, 29 de dezembro de 2023.

+ José Ornelas Carvalho,

Bispo de Leiria-Fátima e Presidente da CEP

 

16 Nov 2023

208.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa: Comunicado Final

  1. De 13 a 16 de novembro de 2023 decorreu em Fátima a 208.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa. Além dos membros da Conferência, estiveram presentes o Senhor Núncio Apostólico, o Presidente e a Vice-Presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e a Presidente da Conferência Nacional dos Institutos Seculares de Portugal (CNISP).

 

  1. A Assembleia refletiu sobre a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, reconhecida como um dos maiores acontecimentos na vida da Igreja e da sociedade em Portugal e no mundo, não só do ponto de vista logístico, mas também espiritual. A JMJ representa uma forte herança para o futuro da Igreja com os jovens, sendo necessário integrar o dinamismo e a riqueza trazida por este acontecimento numa pastoral da juventude mais ativa, animada e renovada.

A Assembleia reiterou a sua imensa gratidão à Diocese de Lisboa e à Fundação JMJ Lisboa 2023, nas pessoas dos Cardeais Manuel Clemente e Américo Aguiar, às Dioceses e a toda a Igreja em Portugal, particularmente aos jovens que foram os protagonistas juntamente com o Papa Francisco, bem como ao Estado e a todas as instituições da sociedade civil que foram preponderantes para a excelente realização da JMJ.

O diretor do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil, Nuno Sobral Camelo, que esteve presente na Assembleia, partilhou um conjunto de propostas a concretizar ao longo do próximo triénio pastoral, numa nova etapa que exige uma atenção preferencial pelos jovens, escutando-os numa perspetiva sinodal, dando-lhes protagonismo e acompanhando-os no seio das comunidades cristãs para que possam dar testemunho de Cristo Vivo na sociedade.

 

  1. Os delegados à XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, D. José Ornelas e D. Virgílio Antunes, partilharam a experiência vivida no passado mês de outubro, em Roma, na primeira etapa da Assembleia, destacando a riqueza do método sinodal e manifestando a convicção de que a escuta atenta do Espírito e uns dos outros, na pluralidade daquilo que somos, é o caminho que a Igreja deve seguir ao serviço da sua missão evangelizadora.

Procurando discernir aquilo que o Espírito Santo quer para a Igreja, hoje, tendo em conta o relatório de síntese e aguardando-se ainda as orientações concretas da Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, esperamos continuar, até à segunda etapa da Assembleia em outubro de 2024, o dinamismo do processo no seio das comunidades eclesiais, contando com a participação de todos, para que sejamos autenticamente uma Igreja sinodal em missão.

 

  1. Para refletir sobre a realidade social do país e das instituições de solidariedade social da Igreja, a Assembleia acolheu o contributo de quatro convidados: Padre Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade; Manuel Lemos, Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas; Rita Valadas, Presidente da Cáritas Portuguesa; e Pedro Vaz Patto, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.

A grave situação em que vivem muitas famílias no nosso país, com a dificuldade de acesso a bens essenciais e à habitação, às quais começa a faltar a esperança de recuperar das situações de fragilidade em que se encontram, é um retrato social que nos inquieta profundamente.

Deixamos uma palavra de reconhecimento às mais de 1700 instituições de solidariedade social da Igreja que, diariamente, ao lado dos mais carenciados, procuram não deixar morrer a sua esperança, apesar de se encontrarem, também elas, em dramáticas situações no que se refere à sua sustentabilidade e viabilidade futuras.

O Estado assinou com as entidades representativas do Setor Social (IPSS) o Pacto de Cooperação (23/12/2021) no qual assumiu aumentar os Protocolos de Cooperação para assumir como mínimo 50% dos custos nas respostas sociais. Atualmente, este apoio do Estado situa-se nos 38%, segundo os dados objetivos das entidades representativas do setor. É urgente atingir os 50% que são definidos no referido Pacto para viabilizar as Instituições sociais em Portugal. Neste período especial de preparação de eleições, esperamos dos Partidos políticos uma programação que contemple a viabilidade do Setor social.

Todas estas questões, agravadas por um cenário de guerra internacional e o incontornável fenómeno migratório, impelem-nos a querer fazer caminho com todos, para uma maior coesão social, cultural e política. Neste âmbito, assume particular relevância o diálogo e a colaboração entre as várias religiões.

 

  1. Com o objetivo de consolidar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no âmbito da Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, estiveram presentes na Assembleia Plenária membros do Grupo VITA (Rute Agulhas e Alexandra Anciães) e da Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas (Paula Margarido e José Souto de Moura).

Neste contexto, foi apresentado um Guia de Boas Práticas para o tratamento de casos de abuso sexual de menores e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal elaborado com o contributo das 21 Comissões Diocesanas, da Equipa de Coordenação Nacional e do Grupo VITA, que pretende uniformizar procedimentos e garantir a adequada articulação.

Entre os temas deste Guia de Boas Práticas, que foi aprovado e será proximamente divulgado, estão as denúncias apresentadas junto do Grupo VITA e a sua articulação com as Comissões Diocesanas e a Procuradoria-Geral da República, assim como a atuação no apoio psicológico, psiquiátrico e espiritual das vítimas e agressores.

Este é mais um passo para prosseguirmos, com firmeza, o caminho de acolhimento às vítimas no seu profundo e doloroso sofrimento e um reforço do nosso compromisso de tudo fazer para as ajudar a superar os traumas causados pelas feridas que lhes foram infligidas.

 

  1. A Assembleia começou a preparar a Visita ad Limina dos Bispos a Roma, que vai decorrer de 20 a 25 de maio de 2024, no que diz respeito a todos os aspetos logísticos deste relevante encontro com o Santo Padre e com os organismos da Cúria Romana, bem como as celebrações eucarísticas nas quatro Basílicas romanas. Esta tradição é uma graça de Deus e uma oportunidade para estar junto à Sé de Pedro e voltar às fontes e às inspirações originais em tudo aquilo que significam esses locais.

 

  1. Tendo em conta o programa do 5.º Congresso Eucarístico Nacional, que vai decorrer em Braga de 31 de maio a 2 junho de 2024 sobre o tema “Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. Reconheceram-n’O ao partir o Pão”, a Assembleia apela à participação dos fiéis neste encontro de oração, adoração, estudo, testemunho e peregrinação [www.congressoeucaristico.pt].

 

  1. Por ocasião dos 90 anos de existência da Ação Católica Portuguesa que se celebra hoje, a Assembleia reconheceu a ação que desenvolveu ao longo de nove décadas, desejando que os seus membros continuem, com renovado entusiasmo, a sua missão evangelizadora.

 

  1. A Assembleia saúda todos os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica que celebram jubileus, nomeadamente a Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, na celebração do centenário da sua fundação, desejando que continuem a irradiar com entusiasmo o seu carisma e espiritualidade ao serviço da missão da Igreja.

 

  1. Sob proposta do Bispo de Bragança-Miranda, a Assembleia deu parecer favorável à abertura do processo de Beatificação da Irmã Maria de São João Evangelista, que nasceu em Pereira (Mirandela) em 1888, vindo a falecer em Chacim em 1982. Tendo levado uma vida de intenso fervor eucarístico, de diversos meios têm surgido testemunhos sobre graças obtidas de Deus por sua intercessão.

 

  1. A Assembleia procedeu às seguintes nomeações para o triénio 2023-2026:
  • Dr. Ismael José Mendes Marta: Diretor do Secretariado Geral da CEP (recondução);
  • Drª Teresa Isabel de Almeida Figueiredo Canotilho: Diretora do Secretariado Nacional daa Comunicações Sociais (recondução);
  • Doutor José Carlos Seabra Pereira: Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (recondução);
  • Doutora Maria de Fátima dos Prazeres Eusébio (Viseu): Diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais;
  • Maria João Lavadinho Leitão Ribeiro Mira e Simão Pinheiro Mira: Casal Coordenador do Departamento Nacional da Pastoral Familiar;
  • Padre Francisco António Clemente Ruivo (Diocese de Santarém): Assistente Nacional do Departamento Nacional da Pastoral Familiar (recondução);
  • Padre Daniel João de Brito Nascimento (Diocese de Setúbal): Assistente Nacional do CNE (Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português);
  • Dr. Nuno Sobral Camelo (Évora): Diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil;
  • Padre Filipe José Miranda Diniz (Diocese de Coimbra): Assistente do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil;
  • D. José Francisco Sanches Alves, Arcebispo emérito de Évora: Assistente Eclesiástico da CNAL (Conferência Nacional de Associações de Apostolado dos Leigos);
  • Armando Oliveira (Setúbal): Presidente da Direção da Stella Maris Portugal – Apostolado do Mar (recondução);
  • Padre Casimiro Simão Abreu Henriques (Diocese de Setúbal): Assistente Eclesiástico da Stella Maris Portugal – Apostolado do Mar;
  • Dr. Hélder Albertino Carneiro Afonso (Vila Real): Diretor Nacional da Pastoral Nacional do Ciganos
  • Diácono Idálio Manuel dos Santos Rodrigues (Patriarcado de Lisboa): Assistente Eclesiástico da Pastoral Nacional do Ciganos;
  • Drª Rita Isabel Morais Tomaz Valadas Pereira Marques: Presidente da Cáritas Portuguesa (recondução);
  • Padre José Manuel Pereira de Almeida (Patriarcado de Lisboa): Assistente Eclesiástico da Cáritas Portuguesa (recondução);
  • Dr. Pedro Maria Godinho Vaz Patto: Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (recondução);
  • Padre José Manuel Pereira de Almeida (Patriarcado de Lisboa): Assistente Eclesiástico da Comissão Nacional Justiça e Paz (recondução);
  • Padre Adelino Ascenso (Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova): Diretor da Subcomissão de Diálogo Inter-religioso.

 

  1. A Assembleia aprovou o Orçamento para 2024 do Secretariado Geral da CEP e acolheu informações, comunicações e programações da Presidência, das Comissões Episcopais e dos Delegados da CEP, bem como de outros organismos eclesiais.

 

Fátima, 16 de novembro de 2023

14 Nov 2023

13 a 16 de novembro, em Fátima: Conferência Episcopal debate situação social e proteção de menores

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai reunir-se, de 13 a 16 de novembro, em Fátima, para a sua 208.ª Assembleia Plenária, que vai abordar a “situação social” do país, entre outros temas.

A reunião magna do episcopado inicia-se na próxima segunda-feira, pelas 16h00, na Casa Nossa Senhora das Dores, com a intervenção inaugural de D. José Ornelas, presidente da CEP.

A agenda do encontro, enviada à Agência ECCLESIA, prevê um debate sobre a “situação social do país e das instituições de solidariedade social da Igreja”, bem como um “ponto da situação” sobre o tema da proteção de menores e adultos vulneráveis: ponto da situação.

Os bispos vão ainda refletir sobre o impacto da JMJ Lisboa 2023 e o percurso do Sínodo 2021-2024, após a primeira sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que decorreu em outubro.

No final dos trabalhos, decorre uma conferência de imprensa, pelas 15h00, no Centro Pastoral Paulo VI.

A Conferência Episcopal Portuguesa, entidade representativa da Igreja Católica em Portugal, é definida pelos seus estatutos como “o agrupamento dos bispos das dioceses de Portugal que, em comunhão com o Santo Padre e sob a sua autoridade, ‘exercem em conjunto certas funções pastorais em favor dos fiéis do seu território, a fim de promoverem o maior bem que a Igreja oferece aos homens, sobretudo por formas e métodos de apostolado convenientemente ajustados às circunstâncias do tempo e do lugar, nos termos do direito’”, como determina o Código de Direito Canónico (cân. 447).

Os novos estatutos da Conferência Episcopal Portuguesa foram aprovadas na Assembleia Plenária de 07-10 de novembro de 2022, tendo obtido o Decreto de ‘recognitio’ do Dicastério para os Bispos (Santa Sé) a 30 de março de 2023.

27 Out 2023

27 de Outubro, dia de jejum e de oração: Évora rezou pela Paz (com fotos)

No contexto da celebração dos Mártires Padroeiros de Évora – S. Vicente, Santa Sabina e Santa Cristeta, e também por sua intercessão, neste dia 27 de outubro, entre as 17h30 e as 18h30, na Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora (Salesianos – Évora), o Arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, presidiu a uma hora de Adoração pela Paz, à qual se seguiu, pelas 18h30, a celebração da Eucaristia, que foi concelebrada pelos sacerdotes salesianos, responsáveis pelo Colégio de Évora, Escola para a Paz e pelo Reitor do Seminário Maior de Évora. A Eucaristia foi animada liturgicamente pelos seminaristas de Évora e pelos Seminaristas da comunidade salesiana de Évora, originários dos PALOP.

Desta forma, a Arquidiocese de Évora respondeu ao convite feito pelo Santo Padre na audiência geral de 18 de outubro, na qual convidou a Igreja a gritar e a lutar pela paz face às situações de guerra que se vivem em Israel e na Palestina e de catástrofe humanitária na Faixa de Gaza: “Que se ouça o grito de paz dos povos, das pessoas, das crianças! Irmãos e irmãs, a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia a morte e a destruição, aumenta o ódio e multiplica a vingança. A guerra anula o futuro. Exorto os crentes a estarem só de uma parte neste conflito: a da paz; mas não com palavras, com a oração, com a dedicação total”, disse o Papa Francisco.

No mesmo sentido, o Papa Francisco convocou toda a Igreja para “um dia de jejum e de oração, de penitência, nesta sexta-feira, 27 de outubro”, convidando a unirmo-nos aos irmãos e irmãs doutras confissões cristãs e doutras religiões bem como a todos os que se preocupam pela causa da paz no mundo, tendo pedido a todas as Igrejas particulares que participassem nesta iniciativa.

Deste modo, em plena sintonia com o Papa Francisco e com a Conferência Episcopal Portuguesa, o Arcebispo de Évora convidou todos os cristãos, famílias, paróquias, comunidades religiosas, e outras instituições eclesiais, a viverem este dia 27 de outubro como um dia de jejum e de oração pela paz, segundo as modalidades mais convenientes.

“Invoquemos a Deus para que, por intercessão de Maria Rainha da Paz, derrame a paz no coração do mundo e nos faça a todos seus construtores”, escreveram os Bispos Portugueses numa nota partilhada no passado dia 19 de outubro.

 


 

 


 

 

27 de outubro: Dia de Oração e de Jejum pela Paz

27 Out 2023

27 de outubro: Dia de Oração e de Jejum pela Paz

27 de outubro

Dia de Oração e de Jejum pela Paz

Nota da CEP

 

Na audiência geral de quarta-feira, face às situações de guerra que se vivem em Israel e na Palestina e de catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, o Santo Padre convida-nos a gritar e a lutar pela paz: «Que se ouça o grito de paz dos povos, das pessoas, das crianças! Irmãos e irmãs, a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia a morte e a destruição, aumenta o ódio e multiplica a vingança. A guerra anula o futuro. Exorto os crentes a estarem só de uma parte neste conflito: a da paz; mas não com palavras, com a oração, com a dedicação total».

No mesmo sentido, o Papa Francisco convoca-nos para «um dia de jejum e de oração, de penitência, na sexta-feira, 27 de outubro», convida-nos a unirmo-nos aos irmãos e irmãs doutras confissões cristãs e doutras religiões bem como a todos os que se preocupam pela causa da paz no mundo, e pede a todas as Igrejas particulares que participem nesta iniciativa.

A Conferência Episcopal, em plena sintonia com a convocação do Papa Francisco, convida todos os cristãos, famílias, paróquias, comunidades religiosas, dioceses e outras instituições eclesiais, a viverem este dia 27 de outubro como um dia de jejum e de oração pela paz, segundo as modalidades mais convenientes.

Invoquemos a Deus para que, por intercessão de Maria Rainha da Paz, derrame a paz no coração do mundo e nos faça a todos seus construtores.

 

Lisboa, 19 de outubro de 2023

 

23 Out 2023

Catequese/Portugal: Novo itinerário pretende ser uma «proposta que vá ao encontro das necessidades da Igreja de hoje»

O presidente da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) salientou que centraram as Jornadas de Catequistas em convidar a “olhar com mais atenção e profundidade” para o novo itinerário que quer “proporcionar aos mais jovens uma catequese mais viva”.

“Este itinerário, esperamos que seja uma proposta que vá ao encontro das necessidades da Igreja de hoje, das comunidades, desta nova geração, e também desta cultura em que estão e do contexto familiar que fazem parte; As grandes dimensões têm a ver com procurar proporcionar aos mais jovens uma catequese mais viva, que os ajude a ter um encontro com Cristo vivo, por um lado, e depois a crescer da fé, a aprofundar essa fé”, disse D. António Augusto Azevedo à Agência ECCLESIA.

Mais de 1100 catequistas de todo o país estão a participar nas Jornadas Nacionais de Catequistas 2023, intituladas ‘Olhar o novo Itinerário – Iniciação à vida cristã: os alicerces da fé’, que decorreram nos dias 21 e 22 de outubro, em Fátima.

Segundo o presidente da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé, bispo de Vila Real, “é significativo” que um tão grande número de catequistas tenha aderido a esta iniciativa, o que considera que acolheram “com muito entusiasmo, com muito interesse” o novo ‘Itinerário da Iniciação à Vida Cristã’

A Diocese de Angra informou que os Açores participaram nesta edição das Jornadas Nacionais de Catequistas com “uma das maiores delegações de sempre, com cerca de 200 catequistas”.

À Agência ECCLESIA, o padre Carlos Simas, responsável pelo Serviço Diocesano da Catequese da Ilha de São Miguel e de Santa Maria, destaca que é importante participar, em primeiro lugar, pela “partilha de experiências uns com os outros” e depois pelo que recebem de novos para a realização da catequese, e que também podem partilhar com os catequistas que ficaram no arquipélago.

 

O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), que promoveu esta formação, informa que estas jornadas de catequistas fazem parte do “caminho de receção e divulgação do novo Itinerário para a Catequese”, editado pela Conferência Episcopal Portuguesa em 2022.

D. António Augusto Azevedo assinala que o itinerário foi “aprovado há pouco tempo pela Conferência Episcopal”, por isso “vai levar o seu tempo”, o caminho vai continuar em cada diocese, e, neste sentido, assinala o “trabalho muito importante” dos secretariado diocesanos do setor, que também vão fazer um “trabalho de formação e de divulgação” e depois, o trabalho ainda continua “em cada paróquia, com os respetivos párocos e catequistas” na sua implementação, “com o resto das comunidades, com as famílias”.

“Este é um trabalho quase em círculos que se vão alargando e este momento aqui foi certamente importante desse alargar do interesse pelo novo itinerário”, salientou.

O padre Carlos Simas recordou que já foi apresentado nos Açores e, neste momento, estão a “receber novos instrumentos em relação ao itinerário, conhecer e aprofundar para partilhar”, e quando estiver tudo preparado colocarem em prática.

Para D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real, este novo itinerário catequético para crianças e adolescentes “já resulta um pouco” da consciência geral da Igreja e dos catequistas que “há algo mais a fazer para que a catequese responda às necessidades deste tempo”, por isso, “mais do que resistências”, realça que “as mudanças demoraram o seu tempo”.

“O que importa é que se capte os seus princípios, a sua razão de ser e as suas motivações, porque a grande motivação é termos as melhores condições para prepararmos melhor as gerações de cristãos do futuro. Isso, creio que é um objetivo que nos reúne a todos, nos congrega a todos, para caminharmos juntos nesta tarefa”, acrescentou.

Foto Educris

O responsável açoriano concorda que “todas as novidades têm as suas dificuldades”, estavam habituados a uma “catequese mais escolar, em que tudo era muito transmitido, mesmo a disposição as salas”, e agora, este itinerário, desafia cada um destes agentes pastorais, e também os padres.

Carlos Simas, responsável pelo Serviço Diocesano da Catequese de São Miguel e de Santa Maria, destaca como principais desafios do novo itinerário que têm de começar por “catequizar os catequistas” e motivá-los a “esta experiência”, na Diocese de Angra têm a “dificuldade” acrescida da “dispersão das ilhas”, mas vão “tentar que as dificuldades sejam menores”.

O presidente da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé da Igreja Católica em Portugal destaca a “sintonia, uma proximidade”, com “pontos de encontro” entre o novo itinerário catequético e o atual Sínodo dos Bispos sobre sinodalidade.

“Ou seja, a catequese é também uma proposta necessária para esta nova etapa da evangelização. Uma terá a ver mais com o conteúdo e o caminho pessoal de descoberta da fé, e a outra, o modo de estar na Igreja. Este sentido da descoberta e aprofundamento da fé, que se faz na catequese, leva ao encontro de uma Igreja mais de estilo sinodal, e uma Igreja mais de estilo sinodal ajuda a perceber melhor a necessidade de uma nova evangelização”, concluiu D. António Augusto Azevedo.

RP/CB – Agência Ecclesia

20 Out 2023

Nota da Conferência Episcopal Portuguesa: 27 de outubro será Dia de Oração e de Jejum pela Paz

27 de outubro

Dia de Oração e de Jejum pela Paz

Nota da CEP

 

Na audiência geral de quarta-feira, face às situações de guerra que se vivem em Israel e na Palestina e de catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, o Santo Padre convida-nos a gritar e a lutar pela paz: «Que se ouça o grito de paz dos povos, das pessoas, das crianças! Irmãos e irmãs, a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia a morte e a destruição, aumenta o ódio e multiplica a vingança. A guerra anula o futuro. Exorto os crentes a estarem só de uma parte neste conflito: a da paz; mas não com palavras, com a oração, com a dedicação total».

No mesmo sentido, o Papa Francisco convoca-nos para «um dia de jejum e de oração, de penitência, na sexta-feira, 27 de outubro», convida-nos a unirmo-nos aos irmãos e irmãs doutras confissões cristãs e doutras religiões bem como a todos os que se preocupam pela causa da paz no mundo, e pede a todas as Igrejas particulares que participem nesta iniciativa.

A Conferência Episcopal, em plena sintonia com a convocação do Papa Francisco, convida todos os cristãos, famílias, paróquias, comunidades religiosas, dioceses e outras instituições eclesiais, a viverem este dia 27 de outubro como um dia de jejum e de oração pela paz, segundo as modalidades mais convenientes.

Invoquemos a Deus para que, por intercessão de Maria Rainha da Paz, derrame a paz no coração do mundo e nos faça a todos seus construtores.

 

Lisboa, 19 de outubro de 2023

 

17 Out 2023

17 de outubro: Bispos portugueses propõe Dia de jejum e oração pela paz e reconciliação

Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa:

Apelo à Paz

Em sintonia com os constantes apelos do Papa Francisco, a Conferência Episcopal Portuguesa, diante das dramáticas situações de guerra, violência e morte em várias partes do mundo, nomeadamente na Ucrânia e mais recentemente na Terra Santa, apela vivamente a que se façam todos os esforços que conduzam à Paz verdadeira.

Respondendo ao veemente convite do Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, em nome dos bispos da Terra Santa, a Conferência Episcopal propõe que todas as famílias, paróquias e comunidades religiosas façam um dia de jejum e oração pela paz e reconciliação na terça-feira, 17 de outubro. Onde for possível, estes momentos de oração podem ser organizados com a adoração eucarística e a recitação do rosário.

21 Set 2023

Igreja/Portugal: D. Américo Aguiar é o novo bispo de Setúbal

O Senhor Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, em seu nome pessoal e em nome da Arquidiocese de Évora, saúda o senhor D. Américo Aguiar e a Diocese de Setúbal pela nomeação.

O Papa nomeou hoje, dia 21 de setembro, D. Américo Aguiar, até agora auxiliar de Lisboa, como novo bispo de Setúbal, informou a Nunciatura Apostólica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O responsável, que vai ser criado cardeal a 30 de setembro, por Francisco, assume uma diocese que se encontrava em sede vacante desde março de 2022, após a saída de D. José Ornelas para Leiria-Fátima.

Na sua primeira saudação à diocese sadina, D. Américo Aguiar dirige-se a todos os membros da comunidade católica e da sociedade local, assumindo a “honra” por assumir esta missão, evocando a figura do primeiro bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, falecido em 2017, “que se fez grande ao lado dos mais pequenos, dos mais pobres, dos mais esquecidos”.


 

Nota da Conferência Episcopal Portuguesa

D. Américo Aguiar, Bispo de Setúbal

O Papa Francisco nomeou hoje D. Américo Manuel Alves Aguiar como Bispo de Setúbal. Nesta ocasião, em nome da Conferência Episcopal Portuguesa saúdo D. Américo Aguiar e desejo que, à luz do caminho sinodal que a Igreja está a viver, o Espírito do Senhor acompanhe e torne fecundo o seu ministério junto do Povo de Deus, na península de Setúbal.

Certamente que os dons que Deus lhe concedeu, e que foram germinando ao longo do seu percurso enquanto sacerdote na Diocese de Porto, Bispo auxiliar de Lisboa e, nomeadamente, como coordenador da JMJ Lisboa 2023, estarão ao serviço da Igreja de Setúbal nos desafios com que esta se confronta.

Pessoalmente, como bispo emérito de Setúbal, dou graças a Deus e alegro-me por esta nomeação, que vem ao encontro da necessidade da Diocese, após este tempo de sede vacante. Felicito fraternamente D. Américo e imploro as abundantes bênçãos de Deus para o seu serviço episcopal à Igreja de Setúbal, contando com a participação sinodal de todo o seu povo.

 

Lisboa, 21 de setembro de 2023

+  José Ornelas Carvalho
Bispo de Leiria-Fátima

Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

26 Jun 2023

Nota da CEP: Nomeação do novo Reitor do Pontifício Colégio Português

O Dicastério para os Bispos, confirmando a proposta realizada pela Conferência Episcopal Portuguesa, nomeou o Padre António Estêvão Fernandes, da Diocese do Funchal, como novo Reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, o qual iniciará as suas funções no dia 1 de setembro de 2023, por um período de cinco anos.

O Padre António Estêvão Fernandes nasceu a 22 de março de 1983, e é sacerdote incardinado na Diocese do Funchal. Ao longo do seu ministério sacerdotal, foram-lhe confiados vários encargos pastorais, quer no âmbito de atividades paroquiais, quer no âmbito da Cúria Diocesana. Em 2017, foi enviado para prosseguir os seus estudos no Departamento de Bens Culturais integrado na Faculdade de História e Bens Culturais da Pontifícia Universidade Gregoriana, onde, atualmente, continua os seus estudos de doutoramento. Desde 2020, é o Vice-Reitor do Pontifício Colégio Português.

O Reitor cessante, Padre José Alfredo Gonçalves Patrício, a pedido expresso de D. António Couto, regressa à Diocese de Lamego, para assumir novos encargos pastorais. A Conferência Episcopal Portuguesa manifesta a sua profunda gratidão ao Padre José Patrício pela capacidade demonstrada no exercício das suas funções, não só em relação à comunidade do Pontifício Colégio Português, mas também na sua incansável disponibilidade em colaborar com a CEP e com as Dioceses portuguesas em numerosas questões que, ao longo destes anos, foram surgindo. A Conferência Episcopal Portuguesa deseja-lhe as maiores bênçãos para a nova etapa que agora inicia na sua Diocese.

A Conferência Episcopal Portuguesa manifesta, também, total confiança ao novo Reitor, Padre António Estêvão Fernandes, agradecendo, não só a sua disponibilidade, mas também a de D. Nuno Brás, Bispo do Funchal.

Por fim, a CEP formula os melhores votos à comunidade do Pontifício Colégio Português, onde cada sacerdote possa viver o seu ministério num ambiente sereno que permita um período de estudos profícuo e frutuoso.

 

Lisboa, 26 de junho de 2023