Etiqueta: Conferência Episcopal Portuguesa

18 Set 2024

19 de setembro, às 19h00, no Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli: D. Francisco Senra Coelho profere catequese na preparação para o Jubileu 2025

No dia 19 de setembro, às 19h00, no Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (Cartuxa de Évora), o Arcebispo de Évora profere a 4ª catequese sobre ‘Orar com Santos e Pecadores’’, dando continuidade ao ciclo de Catequeses sobre a oração, promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) na preparação para o Jubileu 2025.

Esta Catequese, que será transmitida em direto online nos canais YouTube e Facebook da Agência ECCLESIA, será proferida na Oração de Vésperas e contará com a participação das Irmãs Servidoras do Senhor, que habitam o Mosteiro, da Comunidade Sementes do Verbo, da Comunidade Salesiana e dos Seminaristas dos Seminários de Évora, nomeadamente, Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora e Redemptoris Mater – Nossa Senhora de Fátima. A comunidade em geral de Évora também está convidada a participar.

O Dicastério para a Evangelização (Santa Sé) preparou oito ‘Apontamentos sobre a Oração’ como apoio à vivência deste ano, que a CEP, em cooperação com as Edições Paulinas, a Agência Ecclesia e o Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa, vai divulgar em oito fascículos, acompanhados de “folhetos pedagógicos para ajudar à reflexão”. A imagem aqui publicada refere-se ao fascículo que está na base da Catequese que o Prelado eborense irá proferir no Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli.

De maio a dezembro deste ano vão ser divulgados os temas, com catequeses a partir das dioceses.

No dia 21 de janeiro, o Papa proclamou um ano de oração para preparar as celebrações do Jubileu 2025, cuja porta santa vai ser aberta no próximo dia 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro.

Acompanhe a Catequese do Prelado eborense através do QRcode ou através do link:
https://youtube.com/live/6A1QGLHRZ68

 

06 Ago 2024

Igreja/Portugal: Pastoral do Turismo partilha sugestões para «tornar património acessível», em tempo de verão e férias (c/ vídeo)

O diretor da Pastoral do Turismo – Portugal, da Conferência Episcopal Portuguesa, partilhou recomendações e sugestões para que o património da Igreja Católica esteja “acessível” e possa ser visitado em agosto, mês associado às férias de verão.

“Tornar esse património acessível poderá ser feito, como algumas paróquias fazem, com recurso a membros das comunidades, do grupo de jovens ou com pessoas que reformadas, jubiladas, queiram disponibilizar o seu tempo livre para acolher aqueles que os visitam”, começou por destacar o padre Miguel Neto, no dia 2 de agosto, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O diretor da Pastoral do Turismo – Portugal realça a necessidade de “promover as igrejas abertas”, “de uma forma totalmente gratuita”, ou associando a essa visita um valor, “um donativo”, uma questão importante para que “as pessoas também sintam que para continuar a visitar aquele património tem que haver alguma rentabilidade”.

“A arte que está na Igreja tem como primeiro objetivo o anúncio da fé cristã, desde sempre, e é uma forma de evangelização e é uma forma de espiritualidade.”

O entrevistado destaca que “para ajudar a acompanhar a vivência cristã” existem diversas possibilidades, como a leitura, a “visita da arte”, e, numa época digital, uma “panóplia” de conteúdos online como podcasts, audiobooks, e ebooks, “e há a oração”; na plataforma ‘Passo a Rezar’, iniciativa da Rede Mundial de Oração do Papa em Portugal, fundação pontifícia confiada à Companhia de Jesus (Jesuítas), indicou a proposta “bastante interessante” de Peregrinação a Santiago de Compostela.

O entrevistado adiantou que a Pastoral do Turismo está a trabalhar, com o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, em conteúdos sobre ‘Itinerários Marianos’, “na parte histórica, mas também uma oferta no sentido celebrativo e orante”, para além da “espiritualidade em relação aos caminhos” [de Santiago].

“A Igreja tem de fazer um esforço para valorizar a presença cristã nesse caminho, porque, não havendo a presença cristã, vai haver outro tipo de presenças, se calhar que têm outras finalidades”, alerta.

O diretor da Pastoral do Turismo – Portugal “chama a atenção” para a promoção, a “divulgação” desses espaços e para a publicação dos horários das celebrações, preocupação que chega a este serviço da Igreja Católica.

“Isso é muito importante, porque, muitas vezes, as pessoas pensam que uma mudança de hora por causa de uma festa ou de uma circunstância que tem a ver com o pároco e só se importam em avisar as pessoas que são presença na comunidade. É importante que essa divulgação se faça no âmbito mais alargado possível, que seja através de todos os canais de comunicação, nas redes sociais, à porta da igreja”, desenvolveu.

O padre Miguel Neto, a partir da realidade algarvia, lembra o aumento de pessoas nas celebrações que, “muitas vezes, nem sequer participam nas suas comunidades”, por diversos motivos, e que, com essa participação na Eucaristia “há a celebração de outro sacramento”, que tem “uma procura acentuada durante este período de férias”, o sacramento da Reconciliação (confissão).

HM/CB

O Dia Mundial do Turismo é celebrado a 27 de setembro, na mensagem para a 45.ª edição o Vaticano destacou o potencial do setor na construção da paz, num texto assinado pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), por D. Rino Fisichella. 

“A paz aplicada a vários sentidos. Há uma que tem a ver determinadamente com a questão do turismo e do turismo religioso, a Terra Santa, mas também a paz interior. E a paz interior promove o recolhimento e promove a participação livre nas celebrações e nas festas das comunidades onde estamos presentes”, salientou o padre Miguel Neto.

No Programa ECCLESIA, transmitido esta sexta-feira, na RTP2, o diretor da Pastoral do Turismo – Portugal também comentou a liturgia do próximo domingo, o 18º Domingo do Tempo Comum, e lembrou, sobre a Terra Santa, “que a terra de Jesus, mais uma vez, não está em paz, e não está em paz precisamente o sítio onde ele nasceu, que tem muitos cristãos”.

“Esses cristãos que vivem na Palestina, que vivem em Belém, precisam do turismo, precisam de paz e do turismo, ninguém quer ir para Belém neste momento, precisam do turismo para viver”, acrescentou, no contexto também da mensagem do Vaticano para o Dia Mundial do Turismo 2024.

 

05 Ago 2024

Nota das Comissões Justiça e Paz: A erradicação da Pobreza como desígnio nacional

De acordo com o Relatório “Portugal, Balanço Social 2023”, publicado em maio pela Nova School of Business and Economics, a taxa de risco de pobreza era em 2023 de 17%. Isto significa que há cerca de 1,8 milhões de pessoas em risco de pobreza em Portugal. Mais de metade das famílias pobres tem rendimentos abaixo de 50% do rendimento mediano nacional.

É sabido que a erradicação da pobreza é uma tarefa complexa e que deve ser feita por meio da intervenção coordenada de várias frentes (educação, saúde, habitação, políticas de emprego, formação profissional e proteção social), de forma a promover um desenvolvimento humano integral. Ainda assim, os autores deste estudo chamam a atenção para que em 2022 seriam necessários tão-só três mil milhões de euros para, em Portugal, retirar de imediato todas as famílias da pobreza (1,5 % da despesa estimada no Orçamento do Estado para 2024, para um termo de comparação).

Mas a erradicação da pobreza não é apenas uma questão de dinheiro. Não se avançará no sentido de uma erradicação plena da pobreza sem a mobilização de todos, tendo em vista a construção de uma sociedade assente no respeito pelo outro, na entreajuda e na intransigência contra tudo aquilo que coloque qualquer pessoa em situação indigna de vida.

O respeito pleno pela dignidade humana só é garantido se, a cada momento, todas as pessoas se encontrarem em condições de honrar a sua humanidade. Ou seja, só é garantido se, a cada momento, todos tiverem condições de gerir a sua vida sem condicionamentos ditados pela necessidade ou pela situação de extrema vulnerabilidade.

Perante estes números, ninguém deveria ficar indiferente. Na cena política, este deveria ser tomado nos próximos anos como “o” tema central, do qual depende a construção de uma sociedade mais humana, mais coesa e mais próspera. Só um consenso em relação ao bem comum pode gerar uma transformação dos paradigmas sociais, económicos e políticos.

Também os cristãos não podem ser indiferentes à pobreza. Seja com proatividade no combate a situações de desumanidade com que se deparam, seja contrariando sentimentos de desamor e distância em relação ao próximo, o empenho no amor ao outro deve ser assumido como central no processo de conversão pessoal e na vida das comunidades. Não há amor a Deus sem amor ao próximo.

As Comissões Justiça e Paz apelam a que a luta contra a pobreza seja assumida como o desígnio nacional nos próximos anos. Tem de haver um consenso em torno do respeito pelo igual valor e dignidade de todos e um consenso de que existem circunstâncias que nenhuma pessoa deveria suportar.

 

Lisboa, 5 agosto 2024

Comissão Nacional Justiça e Paz

Comissão Justiça, Paz e Ecologia da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP)

Comissão Diocesana de Aveiro

Comissão Arquidiocesana de Braga

Comissão Diocesana de Bragança–Miranda

Comissão Diocesana de Coimbra

Comissão Arquidiocesana de Évora

Comissão Diocesana de Lamego

Comissão Diocesana de Santarém

Comissão Diocesana de Setúbal

Comissão Diocesana de Viana do Castelo

Comissão Diocesana de Vila Real

26 Jul 2024

Arcebispo de Évora presidiu a Eucaristia no Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (com fotos)

No dia 23 de julho, pelas 11h00, integrada no Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, o Arcebispo de Évora presidiu à Eucaristia, na basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, na qual foi homenageado o saudoso Reverendo P. José de Leão Cordeiro.

Em declarações à Agência ECCLESIA, no ENPL, o arcebispo de Évora começou por destacar que o padre José de Leão Cordeiro “é um homem que vem como uma dádiva da Diocese de Viseu”, uma “vocação tardia”, foi ordenado sacerdote “com mais de 30 anos” e, depois, foi estudar para França, onde fez “um curso ligado à Teologia Pastoral na dimensão litúrgica”, no Instituto Católico de Paris.

“Ele abraçou a liturgia, mas foi abraçado pela liturgia. A sua espiritualidade é marcada pelo tempo litúrgico, pelo ano litúrgico, é um homem que tenta perceber o sentido profundo de cada texto litúrgico e vai à sua génese, à sua origem, à história”, disse D. Francisco Senra Coelho, que na terça-feira, 23 de julho, presidiu à Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, integrada no ENPL.

O Prelado eborense destacou que o sacerdote replicou os Encontros Nacionais da Liturgia na Arquidiocese de Évora, “de um modo próximo e mais acessível ao povo de Deus, trabalho esse que marcou a Pastoral litúrgica arquidiocesana e cujos efeitos ainda perduram”.

O SNL publicou, nas suas páginas nas redes sociais, um vídeo em memória do PADRE JOSÉ DE LEÃO CORDEIRO – “grande obreiro da Reforma Litúrgica em língua portuguesa, em ordem à Pastoral e à Espiritualidade litúrgicas indispensáveis na ação evangelizadora da Igreja” -, a partir de uma ENTREVISTA realizada pela Agência ECCLESIA, em julho de 2016.

‘A liturgia, escola de oração’ foi o tema do Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica 2024, a 48.ª edição que se realizou de 22 a 25 de julho.

25 Jul 2024

Encontro de Pastoral Litúrgica fez memória do padre José de Leão Cordeiro

O Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), da Igreja Católica em Portugal, homenageou o padre José de Leão Cordeiro, falecido aos 91 anos, no 48.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (ENPL), que está a decorrer em Fátima, noticiou a Agência ECCLESIA.

“Gostaria de manifestar a maior e mais profunda gratidão ao Padre José de Leão Cordeiro, que vive plenamente a Páscoa, pelo inestimável contributo dado à inteligência da Sagrada Liturgia e ao estudo da Ciência litúrgica com a publicação da segunda edição revista e aumentada da Antologia Litúrgica de alguns textos litúrgicos, patrísticos e canónicos do Primeiro Milénio”, disse o presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no primeiro dia do ENPL 2024.

Num texto de ‘Louvor e gratidão [ao Padre José de Leão Cordeiro]’, D. José Cordeiro deu “graças a Deus pelo dom, pela vida e pelo ministério” do sacerdote que faleceu aos 91 anos de idade, no mês de junho, e destacou que a sua obra é “expressão de um verdadeiro Mistagogo que inicia ao Mistério de Cristo na celebração litúrgica do mesmo e único Jesus Cristo”.

O arcebispo de Braga destacou “as preciosas publicações” do padre José de Leão Cordeiro [1932-2024], para além da Antologia, como o Enquirídio dos Documentos da Reforma Litúrgica, as Catequeses para a Confirmação e a Eucaristia, o Livro do Acólito, “incontáveis colaborações” com o Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), que tornam este sacerdote “um grande obreiro da Reforma Litúrgica em língua portuguesa”, em ordem à Pastoral e à Espiritualidade litúrgicas, “indispensáveis na ação evangelizadora da Igreja”.

Foto Secretariado Nacional de Liturgia

Para o presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade “é bom e justo louvar a Deus” por todo este trabalho de “voltar às fontes para redescobrir a primeira e necessária Fonte que nasce da Páscoa”, magníficos estudos bíblicos, patrísticos, litúrgicos, históricos, pastorais e espirituais.

O padre José de Leão Cordeiro, sacerdote da Arquidiocese de Évora, foi ordenado em 1965, membro do Secretariado Nacional de Liturgia, desde 1972, foi homenageado por este organismo da CEP no 48.º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (ENPL), que está a decorrer, desde segunda-feira, dia 22, em Fátima.

Em declarações à Agência ECCLESIA, no ENPL, o arcebispo de Évora começou por destacar que o padre José de Leão Cordeiro “é um homem que vem como uma dádiva da Diocese de Viseu”, uma “vocação tardia”, foi ordenado sacerdote “com mais de 30 anos” e, depois, foi estudar para França, onde fez “um curso ligado à Teologia Pastoral na dimensão litúrgica”, no Instituto Católico de Paris.

“Ele abraçou a liturgia, mas foi abraçado pela liturgia. A sua espiritualidade é marcada pelo tempo litúrgico, pelo ano litúrgico, é um homem que tenta perceber o sentido profundo de cada texto litúrgico e vai à sua génese, à sua origem, à história”, disse D. Francisco Senra Coelho, que na terça-feira, 23 de julho, presidiu à Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, integrada no ENPL.

O Prelado eborense destacou que o sacerdote replicou os Encontros Nacionais da Liturgia na Arquidiocese de Évora, “de um modo próximo e mais acessível ao povo de Deus, trabalho esse que marcou a Pastoral litúrgica arquidiocesana e cujos efeitos ainda perduram”.

O SNL publicou, nas suas páginas nas redes sociais, um vídeo em memória do padre José de Leão Cordeiro – “grande obreiro da Reforma Litúrgica em língua portuguesa, em ordem à Pastoral e à Espiritualidade litúrgicas indispensáveis na ação evangelizadora da Igreja” -, a partir de uma entrevista realizada pela Agência ECCLESIA, em julho de 2016.

‘A liturgia, escola de oração’ é o tema do Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica 2024, a 48.ª edição que termina esta quinta-feira, dia 25 de julho.

25 Jul 2024

Nota da Conferência Episcopal Portuguesa: Compensações financeiras às vítimas de abusos sexuais ocorridos no contexto da Igreja Católica em Portugal

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) aprovaram, por unanimidade, em abril passado, a atribuição de compensações financeiras a vítimas de abusos sexuais, sejam crianças ou adultos vulneráveis, ocorridos no contexto da Igreja Católica em Portugal.

Tendo já iniciado, no passado dia 1 de junho, o período de apresentação formal dos pedidos de compensação, a Conferência Episcopal Portuguesa publica agora o regulamento que define este processo e que resulta de um trabalho articulado entre as Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis e sua Equipa de Coordenação Nacional, os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e o Grupo VITA.

Este documento da Conferência Episcopal Portuguesa representa, assim, um caminho conjunto percorrido pela Igreja Católica em Portugal que, em comunhão com o sofrimento das vítimas, deseja falar a uma só voz e assumir o firme compromisso de tudo fazer para a sua reparação, continuando o trabalho de formação e prevenção.

A compensação financeira que for atribuída não tem como objetivo pagar o que é impagável ou anular o que, lamentavelmente, não pode ser anulado a quem sofreu tão dura vivência. Deverá corresponder a um benefício significativo (não meramente simbólico) e proporcional à gravidade do dano. Corresponde a um dever de solidariedade para com as vítimas, que viram traída a confiança que depositavam em membros da Igreja e nesta como instituição. A Igreja Católica em Portugal reconhece esse dever, em comunhão com a Igreja universal e no seguimento das orientações do Papa Francisco

Apresentamos, em seguida, algumas questões que poderão elucidar o regulamento hoje publicado.

 

Quem pode pedir a compensação financeira?

Os pedidos de compensação financeira deverão ser apresentados pelas pessoas que declarem ter sido vítimas que sofreram abusos sexuais, quando crianças ou adultos vulneráveis, no contexto da Igreja Católica em Portugal ou pelo seu representante legal.

 

A quem deve ser apresentado o pedido de compensação financeira?

O pedido deve ser apresentado a uma destas entidades: Grupo VITA; Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis do local onde a pessoa agressora exercia regularmente funções; ou junto dos Institutos Religiosos e Sociedades de Vida Apostólica, caso o abuso tenha acontecido neste âmbito.

Os contactos estão disponíveis em:

 

Até quando pode ser apresentado o pedido?

O pedido formal deve ser apresentado de 1 de junho a 31 de dezembro de 2024. Caso existam pedidos após este período serão tratados à luz do procedimento que a Conferência Episcopal Portuguesa, os Institutos Religiosos e as Sociedades de Vida Apostólica estabeleçam como mais conveniente.

 

Que dados devem ser indicados na apresentação do pedido?

Os pedidos de compensação devem conter a seguinte informação: 1) nome, e-mail e contato telefónico do denunciante; 2) nome da pessoa agressora, funções e local onde as exercia/exerce; 3) data aproximada, e local da prática dos factos; 4) idade aproximada da vítima à data dos factos; 5) descrição sucinta dos factos; 6) entidades a quem a situação foi denunciada / reportada; 7) decisões tomadas, se tiver sido o caso.

 

Quem analisa os pedidos de compensação financeira que forem apresentados?

A análise dos pedidos de compensação financeira será feita por uma Comissão de Instrução composta por, pelo menos, duas pessoas:

– Uma designada pelo Grupo VITA, se possível um profissional da área da psicologia forense ou da psiquiatria forense com experiência em avaliações médico-legais;

– Uma designada pelo Coordenador da Comissão Diocesana onde a pessoa agressora exercia regularmente funções ou, no caso dos Institutos Religiosos ou Sociedades de Vida Apostólica, designada pela autoridade competente do Instituto, de preferência um jurista;

Para cada pedido de compensação financeira que esteja dentro dos critérios de admissibilidade (número 15 do regulamento) será criada uma Comissão de Instrução.

 

Quais os critérios que serão seguidos para decidir se deve ser atribuída, ou não, uma compensação financeira?

A Comissão de Instrução analisará o pedido e elaborará um parecer final que reconhecerá, ou não, a probabilidade de prática do abuso, pronunciando-se sobre a atribuição de compensação financeira.

Serão considerados os factos, a natureza do dano e o nexo de causalidade entre eles, atendendo à verosimilhança das declarações da vítima, bem como às situações previstas no número 34 do regulamento agora publicado e outras diligências que se revelem necessárias. Sempre que possível, deverão ser consideradas as diligências já efetuadas e que se encontrem documentadas, evitando a sua repetição. Não são obstáculo à atribuição de compensação nem a morte da pessoa agressora nem a prescrição civil ou canónica.

 

Quem determina o valor da compensação a atribuir?

A determinação dos montantes das compensações financeiras a atribuir será feita por uma Comissão de Fixação da Compensação composta por sete pessoas, maioritariamente juristas, com experiência na área em causa:

– Duas indicadas pela Conferência Episcopal Portuguesa;

– Duas indicadas pela Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis;

– Uma indicada pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal;

– Duas indicadas pelo Grupo VITA.

 

Quais os critérios a seguir na determinação do montante da compensação financeira?

A Comissão de Fixação da Compensação analisará os pedidos conjuntamente, de acordo com a metodologia por si definida. Atenderá à especificidade de cada situação, tendo em conta os critérios explanados no número 34 do regulamento que se mostrem aplicáveis, bem como à ponderação global do caso, numa escala que varia entre a situação menos grave e a situação mais grave com que se confrontar.  Determinará, assim, o valor a atribuir a cada pedido.

O montante da compensação terá em conta aquilo que no âmbito da responsabilidade civil é fixado na jurisprudência dos tribunais portugueses, a título de compensação pelos danos não patrimoniais. Serão consideradas, também, as indemnizações eventualmente já atribuídas à vítima pelos tribunais, bem como outras quantias que tenham sido acordadas e recebidas a título extrajudicial.

 

Quem pagará a compensação financeira às vítimas?

O pagamento será feito pela Conferência Episcopal Portuguesa, através de um fundo criado para o efeito, que contará com o contributo solidário de todas as Dioceses portuguesas, assim como dos Institutos Religiosos e das Sociedades de Vida Apostólica.

 

Quem decide se o pagamento é feito ou não?

Os pareceres emitidos pela Comissão de Instrução e pela Comissão de Fixação da Compensação serão apresentados, sob sigilo, à Conferência Episcopal Portuguesa ou ao/à Superior(a) Maior do Instituto Religioso competente, a quem cabe a decisão que é definitiva.

 

A vítima deixará de receber qualquer outro tipo de apoio por parte da Igreja, após o pagamento de uma compensação financeira?

A prestação de apoio médico, psicológico e psicoterapêutico a vítimas de abusos sexuais praticados no âmbito da Igreja Católica em Portugal, bem como o acompanhamento espiritual que seja solicitado, continuará a ser efetuada, independentemente da atribuição, ou não, de uma compensação financeira.

 

Lisboa, 25 de julho de 2024

22 Jul 2024

Ordenação Episcopal de dois novos bispos auxiliares de Lisboa (com fotos)

No domingo, dia 21 de julho, pelas 16h00, o Arcebispo de Évora participou na Missa de Ordenação Episcopal dos dois novos bispos auxiliares de Lisboa, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma, na igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. No início da celebração, o Núncio Apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, fez a imposição do Pálio de Metropolita ao Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério.

07 Jul 2024

Ordenação Episcopal de D. Fernando Paiva foi celebrada na Sé de Beja (com homilia) (com vídeo da transmissão)

A ordenação episcopal do bispo eleito de Beja, D. Fernando Paiva, aconteceu este domingo, dia 7 de julho, pelas 17h00, na Catedral de Beja, numa celebração que assinalou também a entrada do novo bispo na Diocese de Beja e que foi transmitida nas redes sociais da Agência ECCLESIA.

D. Fernando Paiva, de 61 anos, foi nomeado 15.º bispo de Beja pelo Papa Francisco no dia 21 de março, sucedendo a D. João Marcos.

Numa celebração participada por duas dezenas de bispos de Portugal, clero de várias dioceses, nomeadamente Beja e Setúbal, D. Francisco Senra Coelho, arcebispo de Évora, foi o ordenante principal, sendo co-ordenantes D. João Marcos, bispo emérito de Beja, e o cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal.

Na homilia da Missa (que pode ler na íntegra mais abaixo), D. Francisco Senra Coelho apelou a uma evangelização marcada pela “coerência comprovada e que revele santidade, não embasada nas virtudes e qualidades particulares dos eleitos mas sustentada por Cristo, fonte e manancial da graça”.

O arcebispo de Évora lembrou o “mundo frágil e confuso”, marcado por “trevas, escravidão, desalento e falta de esperança” e disse que a tarefa dos Pastores, dos bispos é “ser eco da voz de Cristo, o Bom Pastor, fazendo-a chegar a todas as ovelhas, as do próprio redil ou alheias a este”.

D. Francisco Senra Coelho apontou quatro pilares como referências para o ministério dos bispos, citando o Papa Francisco, nomeadamente a assiduidade no “ensino dos apóstolo” e a comunhão

“Ser Bispo é sempre e sem desistência ser construtor de comunhão, de reconciliação e de cura”, afirmou.

Como terceiro pilar no ministério dos bispos, o arcebispo de Évora lembrou a “fração do pão, afirmando que “a dimensão social e a partilha não constituem um suplemento moral que se acrescenta à Eucaristia, mas fazem parte dela”.

D. Francisco Senra Coelho valorizou depois o pilar da oração, o quarto pilar, como forma de aproximação a Deus.

“Ancorados nesta certeza e na coragem missionária das figuras grandes que fraternalmente te antecederam, nomeadamente D. João Marcos, para ti e para todas as comunidades imploro coragem e confiança”, concluiu D. Francisco Senra Coelho.

Nascido a 26 de novembro de 1962 em Oliveira (São Pedro do Sul), Diocese de Viseu, D. Fernando Paiva obteve a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, no Instituto Superior Técnico de Lisboa, antes de entrar no Seminário.

Frequentou os estudos de filosofia e teologia no Seminário Diocesano de São Paulo de Almada, tendo obtido a Licenciatura em Teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, em 2004.

Ordenado sacerdote a 10 de abril de 2005, D. Fernando Paiva desempenhou o papel de pároco de Nossa Senhora da Anunciada, tendo sido membro do Colégio de Consultores e da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis.

Em 2013, obteve o Mestrado em Filosofia da Religião e Fenomenologia Religiosa, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

Além disso, entre 2015 e 2017 desempenhou diferentes funções no Seminário Maior de São Paulo de Almada: primeiro como prefeito e ecónomo e posteriormente como vice-reitor; foi ainda responsável pelo acompanhamento dos novos padres e pela formação permanente do clero.

Em dezembro de 2023 foi nomeado, por D. Américo Aguiar, como vigário-geral da Diocese de Setúbal.

 


HOMILIA POR OCASIÃO DA ORDENAÇÃO EPISCOPAL DE D. FERNANDO MAIO DE PAIVA

Beja, 07 de Julho de 2024

Caros irmãos e irmãs em Cristo, a Igreja nesta celebração suplica, conforme as palavras da Oração Colecta, o exercício do ministério episcopal de modo fiel e comprovado na transmissão da palavra e no testemunho de vida cristã. De facto, a pregação da Palavra, própria ao Pastor, é uma missão relevante do ministério porque “Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação” (2Tm 1, 7), tal como meditamos na Segunda Epístola de São Paulo a Timóteo. A transmissão da Palavra Revelada e confiada ao Magistério da Igreja exige dos Bispos coragem, fortaleza, testemunho de vida e decisão para dar a vida dia-a-dia, momento a momento. “Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor […], sofre comigo pelo Evangelho, confiando no poder de Deus” (2Tm 1, 8), recorda S. Paulo a Timóteo.

A evangelização pede coerência comprovada e que revele santidade, não embasada nas virtudes e qualidades particulares dos eleitos mas sustentada por Cristo, fonte e manancial da graça. É n’Ele e por Ele que, tal como o Apóstolo, proclamamos: “sei em quem pus a minha confiança e estou certo de que Deus tem poder para guardar a missão que me foi confiada até ao último dia” (2Tm 1, 12).

1 – Ser Pastor à maneira do Bom Pastor, como anunciou o Evangelho (Jo 10, 11-16), pressupõe a dádiva total da vida pelas ovelhas, por cada ovelha, conhecendo-as pelo nome. Os bons pastores são, deste modo, “trabalhadores na messe da história do mundo, com a tarefa de purificar, abrindo as portas do mundo ao senhorio de Deus, a fim de que a vontade de Deus seja feita, assim na terra como no céu”, afirma o Papa Bento XVI (Homilia, Ordenação de Cinco Arcebispos, 5 de Fevereiro de 2011).

Na continuidade da catequese apresentada por São João, o Divino Mestre revela um aspecto central da missão episcopal: o zelo pela unidade do seu rebanho. “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor”. Neste mundo frágil e confuso, de ruído e cacofonia, fluido e violento deparamo-nos com ovelhas perdidas, desorientadas e afastadas. Na contextualização da realidade vivida pelo profeta Isaías, exposta na Primeira Leitura (Is 61, 1-3a), encontramos luz para a actualidade. O profeta anuncia a mensagem de Jahvé ao Seu Povo enquanto rebanho oprimido e ferido no exílio da Babilónia. Trevas, escravidão, desalento e falta de esperança dominavam as ovelhas de Israel. Eis a tarefa dos Pastores, a nossa tarefa: ser eco da voz de Cristo, o Bom Pastor, fazendo-a chegar a todas as ovelhas, as do próprio redil ou alheias a este. Eis o desafio que os Sinais dos Tempos nos apresentam: reunir o rebanho ferido, ameaçado e disperso do nosso “hoje” a fim de que seja conduzido pelo Bom e Belo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Não temamos a missão e abracemo-la com a Esperança que brota da Alegria do Evangelho. Assumidos pelo Espírito Santo e ungidos pelo Senhor somos profeticamente enviados “a anunciar a boa nova aos infelizes, a curar os corações atribulados, a proclamar a redenção aos cativos e a liberdade aos prisioneiros, a proclamar o ano da graça do Senhor […]; a consolar todos os aflitos, a levar aos aflitos de Sião uma coroa em vez de cinza, o óleo da alegria em vez do trajo de luto, cânticos de louvor em vez de um espírito abatido” (Is 61, 1-3a). Nas palavras do Santo Padre, o Papa Francisco, neste desafio importa amar “com amor de pai e de irmão todos aqueles que Deus vos confia. Antes de mais nada, sacerdotes e diáconos, os vossos colaboradores no ministério; mas também os pobres, os indefesos e todos aqueles que precisam de acolhimento e de ajuda. Encorajai os fiéis a cooperar no compromisso apostólico e escutai-os de bom grado” (Homilia, Ordenações Episcopais, 27 de Junho de 2017).

2 – Na Igreja Primitiva, S. Lucas no livro dos Actos dos Apóstolos, exprime a beleza e a harmonia icónica do rebanho em torno do seu Pastor: “Eram assíduos no ensino dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e nas orações” (Act 2, 42). O Papa Teólogo, Bento XVI, na homilia proferida na Ordenação de cinco arcebispos em 2011 e já por nós citada, extrai desta passagem quatro elementos ou pilares fundamentais do ser da Igreja e, por isso, do serviço episcopal.

Primeiro pilar – «Eram assíduos no ensino dos Apóstolos»

O ensino dos Apóstolos é concreto e autêntico porque o “Deus ao qual nos confiamos tem um rosto e concedeu-nos a sua Palavra”. O anúncio kerigmático apostólico resume-se, desde a Igreja antiga, na chamada Regula Fidei que, “em síntese, é idêntica às Profissões de Fé. Eis o fundamento confiável, sobre o qual também nós cristãos nos fundamentamos hoje.

Ser Bispo é ser Ministro da Palavra iluminador do hoje pela fecundidade que nos vem da Fé dos Apóstolos.

Segundo pilar – «na comunhão»

Depois do Concílio Vaticano II, este termo [oikonomía] tornou-se uma palavra fulcral da teologia e do anúncio porque nele, com efeito, se manifestam todas as dimensões do ser cristão e da vida eclesial”. Esta comunhão realiza-se com a partilha do “visto e ouvido”, tocado e palpado pelos Apóstolos no convívio com Jesus, o Filho de Deus feito homem. Por meio da pregação ancorada na Tradição Apostólica, o ministério dos Bispos garante “que esta corrente da comunhão não se interrompa. Esta é a essência da Sucessão apostólica: conservar a comunhão com aqueles que encontraram o Senhor de forma visível e tangível, e assim manter aberto o Céu, a presença de Deus no meio de nós”. Nós, os sucessores dos Apóstolos, devemos amorosamente declarar às ovelhas do nosso rebanho: “senti no fundo de vós mesmas, a certeza do amor por nós vivido e que nos transformou. Senti e experienciai o amor radical e radicalizante daquele que santificou os nossos antecessores e nos santifica a nós”. Sim, ser Bispo é sempre e sem desistência ser construtor de comunhão, de reconciliação e de cura.

Terceiro pilar – «na fracção do pão»

O partir o pão, isto é, a celebração da Eucaristia “constitui o fulcro da Igreja e deve ser o centro do nosso ser cristãos e da nossa vida sacerdotal”. Formamos no Banquete Sagrado um só corpo e um só pão (cf. 1 Cor 10, 17). Viver intensamente e com piedade a Celebração Eucarística é dar testemunho de fé que nos reúne no mesmo Senhor e Pastor. Partilhar o pão sagrado, significa também num sentido horizontal, “a partilha, a transmissão do nosso amor pelo próximo”. A dimensão social e a partilha não constituem um suplemento moral que se acrescenta à Eucaristia, mas fazem parte dela. A práxis social da partilhada entre os cristãos será mais real e frutífera quanto mais inspirada for na Fé e vivida no Amor Eucarístico. Sem isto corre o risco de estéril superficialidade. Sim, ser Bispo é tornar-se Eucaristia partida e repartida para todos, hóstia viva na Igreja de Cristo.

Quarto pilar – «nas orações»

O uso do plural, como destaca o Papa, evidencia algo importante. “Por um lado, a oração deve ser muito pessoal, um unir-se a Deus no mais profundo”. Todavia, “nunca é exclusivamente algo particular do meu «eu» individual, que não diz respeito aos outros. Rezar é, essencialmente, orar no «nós» dos filhos de Deus. Somente neste «nós» somos filhos do Pai-Nosso, que o Senhor nos ensinou a recitar”. A oração aproxima-nos de Deus que é o “Senhor das proximidades”, na expressão do Papa Francisco. Ao cultivar esta proximidade íntima e profunda com Deus fortalecemos o nosso coração “a ponto de se tornar ele mesmo como o coração de Cristo”. O Bispo é reflexo do Bom Pastor e ama as ovelhas com o Amor com que é Amado por Cristo.

Estimado D. Fernando Paiva, com a graça dos teus pais e familiares aqui presentes, lembro o feliz dia do teu nascimento, dia 26 de Novembro, designado como dia Mundial da Oliveira. Coincidentemente é nome da tua terra natural: Oliveira, São Pedro do Sul, Diocese de Viseu. Como fruto aprimorado da oliveira, alicerçado na Palavra de Cristo – Alfa e Ómega – serás unção de paz e conforto para todo o Santo Povo de Deus que com os seus pastores, Bispo, Presbíteros e Diáconos, e também com os seus consagrados e consagradas e esperançosos seminaristas, peregrina por estas terras do Baixo Alentejo, percorridas pelos Santos Apríngio e Sezinando e pela intercessão do Coração Imaculado de Maria e de S. José, Padroeiro desta amada Igreja Particular, na toponímia romana referida como Diocese Pacense, saborearemos o encanto do Salmista: “Óh, como é bom e agradável viverem os irmãos em união!” (Sl 133, 1). Concretizar-se-á, assim, o apelo que ecoa no teu coração e se exprime nas tuas Armas de Fé: “Pertencemos ao Senhor”. Ancorados nesta certeza e na coragem missionária das figuras grandes que fraternalmente te antecederam, nomeadamente D. João Marcos, para ti e para todas as comunidades imploro coragem e confiança.

 

+ Francisco José Senra Coelho

Arcebispo de Évora


02 Jul 2024

KIT VITA já disponível

O KIT VITA é um recurso complementar ao Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal (publicado em dezembro de 2023) e está já disponível no site do Grupo VITA (https://grupovita.pt/wp-content/uploads/2024/06/KIT-VITA_versao-final.pdf), pretendendo-se que seja um recurso acessível a todas as estruturas eclesiásticas.

O KIT VITA apresenta um roteiro formativo com uma proposta de ações de capacitação de natureza mais ativa. Pretende ser um recurso prático que facilite a promoção de boas práticas, podendo ser utilizado por agentes formativos na dinamização de ações de capacitação dirigidas a padres, diáconos, religiosas, agentes pastorais, elementos de IPSS católicas e demais estruturas eclesiásticas, auxiliando na estruturação e uniformização dessas ações sobre a temática da violência sexual no contexto da Igreja Católica em Portugal.

Estas ações de capacitação têm como objetivo aumentar conhecimentos e promover competências para saber identificar, reagir e prevenir situações de violência sexual, providenciando aos participantes a oportunidade de contribuir para uma cultura de maior proteção e cuidado.

O Grupo VITA pode ser contactado através da linha de atendimento telefónico (91 509 0000) ou do formulário para sinalizações, já disponível no site www.grupovita.pt.

Pode ainda acompanhar todas as iniciativas e trabalho desenvolvido pelo Grupo VITA no facebook/grupovita e instagram/@grupovita2023.

24 Jun 2024

24 de junho: Igreja Católica assinala Dia Nacional do Cigano, com apelo à «convivência saudável»

O diretor Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos (ONPC), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), alerta para a “marginalização” destas comunidades, na mensagem para o Dia Nacional do Cigano, e deseja que a Igreja Católica “se proponha caminhar para a comunhão”.

“Este dia, em Portugal, pode servir para reverter esta situação de afastamento e desconhecimento, celebrando com as comunidades ciganas as suas tradições e alertando para as suas dificuldades no acesso a diversos serviços públicos, o que as torna mais vulneráveis à exclusão social”, escreve Hélder Afonso, na mensagem divulgada no dia 22 de junho.

O diretor nacional da Pastoral dos Ciganos da Igreja Católica alerta que a população cigana, desde a chegada a Portugal, “enfrenta, em alguns locais, uma realidade de marginalização”, especialmente no acesso à educação, saúde e habitação, e, “muitas vezes”, essa marginalização é alimentada pela “falta de conhecimento sobre a cultura cigana, as suas particularidades e seu modo de vida”.

“A educação, a habitação e a saúde são pilares fundamentais na erradicação de preconceitos, racismo e xenofobia. Queremos promover uma convivência saudável onde diferentes culturas e tradições possam coexistir em diálogo e integração, sem isolamento ou desrespeito pelos direitos e dignidade de cada um.”

Em Portugal, o Dia Nacional do Cigano comemora-se a 24 de junho, e Hélder Afonso deseja que a Igreja Católica se proponha a “caminhar para a comunhão com as populações ciganas portuguesas”, e que estas comunidades “colaborem na superação da distância”, que “infelizmente” ainda separa muitas delas de uma “vida digna e plenamente participada na cidadania cigana e portuguesa”, ao sentirem-se “compreendidas e acolhidas pela Igreja Católica”.

“Que as crianças e os jovens ciganos possam ser um precioso tesouro, capazes de despertar consciências e construir pontes nas periferias humanas, seguindo o exemplo do Beato Zeferino Giménez Malla, cigano de virtudes cristãs, humildade, honestidade e devoção a Nossa Senhora, sendo um modelo a seguir.”

Foto: Agência ECCLESIA/LJ

O responsável da ONPC, organismo  da CEP, que integra a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, recorda o apelo do Papa Francisco aos participantes da Peregrinação do Povo Cigano, em 26 de outubro de 2015, em Roma: “Vós mesmos sois os protagonistas do vosso presente e do vosso futuro. Como todos os cidadãos, podeis contribuir para o bem-estar e o progresso da sociedade”.

Para Hélder Afonso, as palavras do Papa são “um encorajamento à comunidade cigana”, destacando a importância de “construir uma nova história baseada na erradicação de preconceitos” e na edificação de uma sociedade mais justa e misericordiosa, “muitas vezes contaminada por discursos fáceis de ódio e xenofobia”.

mensagem para o Dia Nacional do Cigano 2024 começa por contextualizar que esta data, em Portugal, se celebra a 24 de junho, quando a Igreja Católica celebra na festa de São João Batista, “tradicionalmente festejado pelos ciganos portugueses”.

CB – Agência ECCLESIA

 

22 de junho, no zoom: Secretariado diocesano de Évora para a Pastoral do Povo Cigano promove «À conversa sobre preconceitos!» (com fotos)