A Província Eclesiástica de Évora iniciou a vivência do Jubileu 2025 com as Jornadas de Formação do Clero, que decorreram no Algarve. Em entrevista a Ser Igreja, o Arcebispo de Évora falou sobre o lema deste Ano Jubilar – “Peregrinos de Esperança”.
Categoria: Jubileu

13 a 16 de janeiro, em Albufeira: Jornadas de Atualização do Clero das Dioceses do Sul de Portugal refletem sobre o Jubileu 2025
O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), responsável pela organização do Jubileu da Esperança, é um dos oradores das jornadas de atualização do clero das dioceses do sul de Portugal, de 13 a 16 de janeiro de 2025, em Albufeira.
O arcebispo D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e responsável pela organização do próximo Jubileu, vai apresentar os temas ‘O Jubileu 2025 e os jubileus na vida da Igreja. Sentido e desafios’ e ‘Jubileu 2025: um novo impulso missionário? Como devem os Presbíteros acolher e viver esta graça?’, nos dias 13 e 14 de janeiro, respetivamente.
‘Tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero’ é o tema desta 18.ª jornada de atualização do clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, iniciativa organizada pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE), que vai refletir sobre o Jubileu da Esperança, o Ano Santo 2025.
O encontro de formação vai reunir os bispos, padres, diáconos e alguns seminaristas em final de formação das quatro dioceses do sul de Portugal, de 13 a 16 de janeiro de 2025, no Hotel Alísios, em Albufeira, na Diocese do Algarve; começam, pelas 15h30, com uma sessão de abertura, antes da reflexão inaugural apresentada por D. Rino Fisichella.
O segundo dia de jornada de atualização, conta com as intervenções do padre Daniel Nascimento (Diocese de Setúbal), professor de Sagrada Escritura na Universidade Católica Portuguesa, sobre o tema ‘O Jubileu na Sagrada Escritura. Actualização e aplicação aos nossos tempos’, e do padre Miguel Nuñez Aguilera (Arquidiocese de Sevilha – Espanha), professor da Universidad San Isidoro, sobre ‘Jubileu: tempo de renovação, crescimento e comunhão do Presbitério’.
No dia 15 de janeiro, segundo o programa preparado pelo Instituto Superior de Teologia de Évora, vão ter também dois momentos de reflexão, o cónego Carlos de Aquino (Diocese do Algarve), professor do ISTE, apresenta o ‘Jubileu, Indulgências e Peregrinações’, e o padre Manuel Fernandes dos Reis, dos Carmelitas Descalços, ‘Eucaristia: coração da Comunidade e da vida espiritual do Presbítero’.
As Jornadas de Atualização do Clero do Sul são ainda uma oportunidade de convívio e de celebração, os participantes vão visitar Loulé e celebrar no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como «Mãe Soberana», na tarde do terceiro dia.
O encontro de formação 2025 para o clero das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal vai terminar com a intervenção do escritor, cronista e comentador Henrique Raposo, que vai falar sobre o ‘Impacto das transformações socioculturais na Igreja em Portugal, em especial no Sul’, no dia 16 de janeiro.


Ser Igreja I Entrevista: Jubileu dos jornalistas – Testemunho de Margarida Costa, missionária que trabalhou no Christian Media Center, na Terra Santa (com vídeo)
Acompanhe o testemunho da Margarida Costa, missionária da Comunidade Canção Nova, que trabalhou por seis anos no Christian Media Center, na Terra Santa. Para conhecer melhor o Christian Media Center, aceda ao site oficial em https://cmc-terrasanta.com

A Pastoral do Turismo lança o “Roteiro dos Santuários da Diocese de Évora”
A Pastoral do Turismo lança o “Roteiro dos Santuários da Diocese de Évora”
A Pastoral do Turismo da Arquidiocese de Évora, coordenada pelo Padre Nelson Fernandes, acaba de lançar, em quatro idiomas (português, espanhol, inglês e francês), o desdobrável “Roteiro dos Santuários da Diocese de Évora”.
Neste Roteiro são apresentados os seguintes Santuários: Nossa Senhora da Visitação (Montemor-o-Novo); Senhor dos Mártires (Alcácer do Sal); Nossa Senhora de Aires (Viana do Alentejo); Nossa Senhora da Boa Nova (Terena-Alandroal); Nossa Senhora do Castelo (Coruche); Senhor Jesus da Piedade (Elvas); Nossa Senhora da Conceição (Vila Viçosa); e Nossa Senhora de Brotas (Mora).
Numa breve mensagem a todos os que visitam o Património Religioso da Arquidiocese de Évora, D. Francisco José Senra Coelho saúda “com alegria e elevado apreço de acolhimento cada visitante”.
“O amplo Património Religioso que pode encontrar na Arquidiocese de Évora, testemunha a Fé Católica das comunidades que ao longo dos séculos se tornaram cultura e expressão artística”, sublinha o Prelado.
“É nosso desejo que cada visitante seja recebido nos espaços religiosos como em sua própria casa e que se sinta acolhido com estima e elevado sentido de fraternidade”, afiança o Arcebispo de Évora.
Os desdobráveis, nos quais se apresentam ainda os horários das Eucaristias, destinam-se aos espaços de informação e divulgação turística, aos espaços de hotelaria e alojamento, e às Igrejas e Santuários.



Homilia do Arcebispo de Évora na Abertura do Ano Jubilar 2025
“Que o Ano Santo seja vivido em família!”
Que o Ano Santo seja vivido em família!
1. Concretizando o estabelecido na Bula de Proclamação do Jubileu do Ano de 2025, intitulada “A Esperança não engana” (Rm 5,5), o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro no passado dia 24 de dezembro. Hoje, Festa da Sagrada Família, unidos a todas as Dioceses do Mundo, damos início ao ano Santo na nossa Arquidiocese.
Se o Primeiro Ano Santo foi proclamado por insistentes pedidos da Piedade Popular, através do Papa Bonifácio VIII em 1300, a prática da abertura da Porta Santa, iniciou-se há cerca de 600 anos, em 1423, por iniciativa do Papa Martinho V. Eis-nos na peugada da História da Igreja: também hoje necessitamos de ouvir e experimentar a certeza de que a Esperança não engana.
Conforme a Bula de Proclamação deste Jubileu, «A Esperança é também a mensagem central» deste Ano Santo, «que segundo uma antiga tradição, o Papa proclama de vinte e cinco em vinte e cinco anos».
O Papa Francisco pensa em todos os Peregrinos de Esperança, que chegarão a Roma para viver o Ano Santo, e em quantos, não podendo ir à cidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, vão celebrá-lo nas Igrejas Particulares. O Papa reza para que «possa ser para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus», «porta» de salvação, como proclama o Evangelista (Jo 10, 7.9). É a Ele, Jesus Cristo, e com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos, como único Senhor e «nossa Esperança» (1 Tim 1,1).
2. Numa entrevista a uma emissora da Arquidiocese de Buenos Aires (TV canal Orbe 21), o Papa Francisco expressou que o «Jubileu é um Tempo de Renovação Total, de perdão. Às vezes tenho medo de que o Jubileu se assemelhe a um turismo religioso. O Jubileu, para vivê-lo bem e, de alguma forma consertar um pouco as histórias pessoais neste aspeto, é um momento de perdão, um momento de alegria, um momento de recomposição de tantas coisas, pessoais e sociais».
É genuinamente compreensível a preocupação do coração do Papa em que o Jubileu não se reduza apenas à incentivação do Turismo Religioso, que motivado “pela Fé e pela devoção, envolve a participação em eventos religiosos ou a visita a locais sagrados, onde o participante busca uma “conexão” com o religioso e com o sagrado, como agregação cultural, de lazer, entretenimento, curiosidade, atividades externas. Sendo legítimo e saudável este tipo de Turismo Religioso, o Ano Santo, pede-nos, porém, a valorização exclusiva da Peregrinação Religiosa, que visa atingir o objetivo do Jubileu de Esperança que é a interioridade da indulgência jubilar.
Segundo o texto da Penitenciaria Apostólica que estabelece as prescrições para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Plenária”, pede-se «a dedicação de um tempo adequado à adoração eucarística e à meditação, à oração meditada do Pai Nosso, à recitação consciente da Profissão de Fé ou Credo e à invocação da intercessão da Virgem Maria». Além destas práticas piedosas, o primeiro ponto do referido texto, cita como convenientes, a participação na Santa Missa, ou na Celebração da Palavra de Deus, na Liturgia das Horas, na Via Sacra, no Rosário Mariano, no Hino Akathistos (cantado de pé), ou ainda numa celebração Penitencial.
O Ano Santo é um Tempo de Indulgência, que significa a remoção da pena temporal pelos pecados perdoados na confissão, bem como Kairós, ou seja, Tempo da Graça de Deus, envolvente em Clemência, Misericórdia, Compaixão, Compreensão, Bondade, Benevolência, Benignidade, Doçura e Piedade. O Ano Santo é para nós escola, lareira, candelabro de reconciliação pessoal, interpessoal, social, nacional e internacional.
O optimismo humano, enquanto atitude de alma e disposição psicológica, é algo que se pode cair no equívoco ou engano e gorar-se sem concretização, levando muitas vezes à frustração, à desistência e desencanto. A Esperança, enquanto Virtude Teologal, assenta na Fé, na Palavra de Deus Fiel, que garante “Ainda que meu pai e minha mãe me abandonassem, o Senhor cuidará de mim” (Sal 27, 10), “Estarei convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28,20). Por isso, Paulo nos garante que a Esperança não engana.
3. «Além de beber a Esperança na Graça de Deus, somos também chamados a descobri-la nos Sinais dos Tempos, como nos recorda o Concílio Vaticano II (GS 4; AG 10). Com o Papa Francisco rezamos e comprometemo-nos:
– «Que o primeiro sinal de esperança, se traduza em Paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra».
– Olhar para o futuro com esperança equivale a ter também uma visão da vida carregada de entusiasmo, para a transmitir».
Devido a esta falta de entusiasmo, assiste-se em vários países a uma queda de Natalidade e ao dramático envelhecimento populacional.
– Que a Esperança para os presidiários pede condições de educação, recuperação e reinserção. Que os Estabelecimentos prisionais, não sejam espaços de trocas de experiências e processos de sucesso no crime, tempo perdido, frustrante e revoltante, mas hipóteses de recuperação de dignidade e humanização. O Papa Francisco propõe mesmo a possibilidade de Amnistia em casos credíveis de recuperação cívica e social.
– Que Sinais de Esperança cheguem aos doentes e profissionais de saúde, na promoção das qualidades exigidas aos espaços e serviços hospitalares. Igual esperança deve ser dada aos cidadãos com deficiências e debilidades. Também os idosos, devem contar com sinais de Esperança e valorização até ao fim natural das suas vidas.
– Que a Esperança seja devolvida às gerações de adolescentes e jovens, de namorados e principiantes profissionais. Que nunca sintam a desvalorização, nem a necessidade de deixar a sua terra para se poderem realizar, mas experimentem o apreço de toda a sociedade e da Igreja.
– Sentimos necessidade de levar a Esperança aos mais Pobres do Planeta, unindo-nos ao Papa, quando refere: «Renovo o apelo para que com o dinheiro usado em armas e outras despesas militares, constituamos um fundo global para acabar de vez com a fome e para o desenvolvimento dos países mais pobres, a fim de que os seus habitantes não recorram a situações violentas ou enganadoras, nem precisem de abandonar os seus países à procura de uma vida mais digna…
Outro convite premente que desejo fazer, tendo em vista o Ano Jubilar, destina-se às nações mais ricas, para que reconheçam a gravidade de muitas decisões tomadas e estabeleçam o perdão das dívidas dos países que nunca poderão pagá-las» (N 16)
– O Sucessor de Pedro, lembra-nos ainda que “A Esperança encontra na Mãe de Deus a sua testemunha mais elevada. Neste Ano Jubilar, que os Santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados de esperança” ( N 24).
4. Assim, concretizamos na nossa Arquidiocese, como lugares de Esperança os principais Santuários Marianos, com alguma envolvência Regional ou Nacional:
- Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa
- Nossa Senhora de Aires, em Viana do Alentejo
- Nossa Senhora da Boa Nova, em Terena – Alandroal
- Nossa Senhora do Castelo, em Coruche
- Nossa Senhora da Visitação, em Montemor-o-Novo
- Nossa Senhora das Brotas, em Brotas – Mora
- Nossa Senhora das Candeias em Mourão
A estes Santuários Marianos juntamos os Santuários Cristológicos:
- Senhor Jesus dos Mártires, em Alcácer do Sal
- Senhor Jesus da Piedade, em Elvas
- Senhor Jesus dos Aflitos em, Borba.
5. Iniciamos o Ano Santo nesta Arquidiocese, no Dia da Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Momentos muito difíceis para a Sagrada Família que foi a perca de Jesus no Templo.
Que à maneira desta Santa Família, peregrinemos neste Jubileu até ao Templo de Deus!
Que com Jesus, nos encontremos com o Pai e refaçamos a nossa identidade de filhos sempre no Seu coração: “Porque me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na Casa de Meu Pai?”.
Que perante o espanto e a incompreensão de tantas coisas da vida, guardemos tudo como Maria, na Paz do coração, pois sabemos que só Deus é Luz definitiva.
Que como os Doutores da Lei, continuemos a interrogar-nos sobre o Mistério da Vida: “mas de onde lhe vem toda esta sabedoria?”. Só quem questiona pode crescer. Nunca nos fixemos na rotina, na tibieza e no comodismo da Fé!
“Regressado a casa era-lhes submisso e crescia em graça, estatura e santidade”. Crescer na maturidade e na segurança da Fé, é o desafio que nos assegura a Esperança que não engana.
Que este Jubileu seja vivido com Jesus, Maria e José, e com Eles seja um passo de crescimento na nossa relação com Deus, com os nossos semelhantes, pessoalmente e em família, porque o Ano Santo desafia-nos a ser vivido em Família.
+ Francisco José Senra Coelho
Arcebispo de Évora

Peregrinos de Esperança – Abertura do Ano Santo 2025: Mensagem do Arcebispo (com vídeo)
O Arcebispo de Évora, Dom Francisco Senra Coelho, convida a Arquidiocese a viver com Alegria a cerimónia de abertura do Ano Santo, no dia 29 de Dezembro de 2024, às 16h.
Veja a Mensagem do Prelado eborense abaixo ou carregando aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2thcsscxKaY&embeds_referring_euri=https%3A%2F%2Fdiocesedeevora.pt%2F&source_ve_path=MjM4NTE

Peregrinos de Esperança – Abertura do Ano Santo 2025: Mensagem do Arcebispo (com vídeo)
O Arcebispo de Évora, Dom Francisco Senra Coelho, convida a Arquidiocese a viver com Alegria a cerimónia de abertura do Ano Santo, no dia 29 de Dezembro de 2024, às 16h.
Veja a Mensagem do Prelado eborense abaixo ou carregando aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2thcsscxKaY&embeds_referring_euri=https%3A%2F%2Fdiocesedeevora.pt%2F&source_ve_path=MjM4NTE

11 de dezembro, às 21h15, com entrada livre: Apresentação da Bula de Proclamação do Grande Jubileu 2025 no Seminário Maior de Évora (com transmissão online)
No próximo dia 11 de dezembro, realizar-se-á a apresentação da Bula de Proclamação do Grande Jubileu Ordinário do Ano 2025, intitulada “A Esperança Não Confunde”, do Papa Francisco. O encontro terá início às 21h15 e decorrerá no Seminário Maior de Évora, com entrada livre.
Para quem não puder estar presente, haverá transmissão online.


Pastoral da Família prepara a vivência do Jubileu 2025 (com fotos)
Preparar e vivenciar o jubileu 2025 em família foi o tema do encontro com animadores da Pastoral Familiar Paroquial que se realizou na manhã deste sábado dia 30 de novembro, na Igreja da Sagrada Família, em Évora. Pretendeu-se com este encontro um espaço de diálogo, de partilha, de reflexão, de formação e de programação da Pastoral da Família, que tem como finalidade criar espírito de comunhão e de partilha entre os principais responsáveis desta área Pastoral.
Neste encontro procuraram com a Mensagem do Sr. Arcebispo, D. Francisco Senra Coelho, escutar os anseios e esperanças das famílias da Arquidiocese para um acompanhamento mais próximo e planearam em conjunto como podemos valorizar nas nossas comunidades paroquiais os dias significativos da vivência familiar, como é o dia do Pai, da Mãe, dos Avós, do Matrimónio, entre outros, bem como a definição de caminhos de oração para a vivência do Jubileu 2025 em família.

Ano Santo 2025: Papa vai abrir porta santa numa cadeia, em gesto inédito na história dos Jubileus
O Papa vai abrir uma porta santa na prisão de Rebibbia, em Roma, a 26 de dezembro, por ocasião do próximo Ano Santo, num gesto inédito na história dos Jubileus.
O anúncio foi feito esta semana por D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, no Vaticano, durante uma conferência de imprensa que divulgou as próximas iniciativas do Jubileu 2025, que se inicia a 24 de dezembro, com a tradicional abertura da porta santa na Basílica de São Pedro.
O Papa apelou, na bula de proclamação do Jubileu 2025, publicada em maio, a uma amnistia para os presos, como sinal de “esperança”, tendo então anunciado a intenção de abrir uma porta santa numa cadeia.
“Proponho aos governos que, no Ano Jubilar, tomem iniciativas que restituam esperança aos presos: formas de amnistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis”, escreveu.
O texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), proclama solenemente o início e fim das celebrações do próximo Ano Santo, entre 28 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, naquele que será o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.
No dia 24 de dezembro, o Papa Francisco “será o primeiro a cruzar o limiar da Porta e convidará todos os que vierem durante o Ano a seguir o seu exemplo, a exprimir a alegria do encontro com Cristo Jesus”, refere o arcebispo Fisichella, adiantando que o anúncio da abertura da celebração será feito por um pequeno concerto de carrilhão, da Fábrica Pontifícia de Sinos Marinelli.
A fim de oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade, eu mesmo desejo abrir uma porta santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida”.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
Francisco esteve na prisão de Rebibbia, na Quinta-feira Santa de 2015, para lavar os pés de doze reclusos de diferentes nacionalidades; já este ano, celebrou a Missa da Ceia do Senhor na prisão feminina de Rebibbia, lavando os pés a doze mulheres.
No total, recorda o Vaticano, o Papa visitou 15 cadeias nos anos do seu pontificado, “a maioria na Itália, algumas também durante viagens ao estrangeiro”.
D. Rino Fisichella adiantou aos jornalistas que, durante o Jubileu 2025, “haverá iniciativas concretas a realizar em colaboração com o governo italiano, formas de amnistia e percursos de reintegração no trabalho para ajudar os presos a recuperar a sua autoconfiança”.
A conferência de imprensa contou ainda com a apresentação de ‘Luce’ (Luz), a mascote do Jubileu 2025.
Octávio Carmo – Agência ECCLESIA