Quinta-feira Santa: “Nesta celebração sentimo-nos em intensa proximidade com todos os que na Sociedade e na Igreja se dedicam a lavar os pés aos mais débeis, frágeis, dependentes e necessitados”, disse o Arcebispo de Évora na Missa Vespertina da Ceia do Senhor (com fotos e vídeo)
A Semana Santa 2025 está a ser vivida em pleno na Catedral de Évora, assim como por toda a Arquidiocese.
No final de tarde desta Quinta-feira Santa, dia 17 de abril, na Catedral, o Prelado Eborense presidiu à Eucaristia Vespertina da Ceia do Senhor.
A Eucaristia, animada liturgicamente pelo coro Stella Matutina e transmitida em direto pelos canais digitais da Arquidiocese de Évora, numa produção do Departamento de Comunicação com o apoio da Comunidade Canção Nova de Évora, contou com a presença de muitos fiéis que encheram a Catedral eborense.
À homilia (ler na íntegra no anexo), o Prelado eborense começou por dizer que “nesta celebração sentimo-nos em intensa proximidade com todos os que na Sociedade e na Igreja se dedicam a lavar os pés aos mais débeis, frágeis, dependentes e necessitados. Uno-me de alma e coração a todos os servidores, cuidadores e curadores do Ser Humano, aos promotores da humanização e da promoção integral de cada ser humano. Todos os que numa dedicada ecologia integral cuidam e defendem a Casa Comum e nela apelam à integração de todos os seres humanos. Preito de Gratidão, Homenagem e Louvores dos “pés que anunciam a paz” e promovem a justiça.”
“Deixar Cristo lavar os nossos pés implica reconhecer que não somos nós que nos tornamos puros, limpos ou santos”, explicou D. Francisco Senra Coelho.
“Caros Irmãos e Irmãs, este é o paradoxo cristão: é Deus quem vai à frente, que nos ama primeiro; é Ele quem toma a iniciativa. Por isso é tão importante, antes de empreender qualquer tarefa, aprender a receber o que Deus nos quer dar, aprender a deixarmo-nos amar e limpar repetidamente por Ele”, prosseguiu o Arcebispo de Évora.
“Por muito que aprofundemos tudo o que Deus Pai nos dá, nunca chegaremos a compreender a profundidade do seu Dom. É remédio de imortalidade, antídoto contra a morte eterna, vida nova em Jesus Cristo para sempre.”, sublinhou o Prelado.
“Cada um de nós quer ter a mesma atitude de Cristo nesta tarde santa. Vamos tentar amar cada pessoa com o Amor com que Ele ama e como Ele as ama: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei», (Jo 13,34). Por Cristo, com Ele e n’Ele, somos capazes de amar até o fim. Como Jesus, ajoelhamo-nos diante do ser humano para lavar os seus pés, assumindo nas nossas vidas a missão de servir e não ser servido. Com Jesus, Samaritano e com o Cireneu lavamos os pés, servindo em solidária caridade as grandes causas da humanidade”, apelou D. Francisco Senra Coelho, acrescentando que “”.
“Perante as cruzes da nossa vida o Magnificat de Maria pode-nos inspirar a sermos Peregrinos de Esperança e como Ela a permanecermos de pé na caridade e na compaixão, unindo a sua oração: «Eis a humilde serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra» (Lc 1, 38), com a oração de Cristo: «Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu Espírito» (Lc 23, 46)”, concluiu o Arcebispo de Évora.
A Missa da Ceia do Senhor contou com Rito do Lava-pés e terminou com a Adoração do Santíssimo Sacramento, que ficou exposto para a adoração dos fiéis.