Neste dia 3 de dezembro, em pleno coração da acrópole de Évora, no auditório do Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida, a Associação de Guias-Intérpretes do Alentejo, numa coorganização com a Pastoral do Turismo e Peregrinações da Arquidiocese de Évora, realizou a conferência nº2 com a temática “A Igreja (eborense) de Santa Maria” contando com vários painéis sobre teologia e abordagem dos espaços religiosos. O tema “Um lugar no Mundo, o Templo” foi apresentado pelo cónego Mário Tavares e o tema “O espaço litúrgico” foi desenvolvido pelo cónego Carlos Aquino.
Ao longo dia decorreu ainda uma visita comentada à Catedral Metropolitana e a reflexão “Nossa Senhora na História de Portugal”, por D. Francisco Senra Coelho, Arcebispo de Évora.
A Sessão de Abertura contou com intervenções de Verónica Chinca, presidente da Associação de Guia-Intérpretes do Alentejo – AGIA, de José Santos, presidente do Turismo do Alentejo ERT, e do Pe. Nelson Fernandes, diretor da Pastoral de Turismo e Peregrinações da Arquidiocese de Évora.
A presidente da Associação de Guia-intérpretes do Alentejo Fé agradeceu a presença da meia centena de intérpretes participantes, oriundos de diversas regiões do país, sublinhando o objetivo destas conferências de “clarificar e formar”.
Por seu turno, o presidente do Turismo do Alentejo ERT saudou e felicitou a organização pela “diversidade e riqueza temática” das Conferências.
“Évora tem um património religioso e espiritual que tem sido, nos últimos 30 anos, determinante para a projeção da imagem do Turismo de Évora”, afiançou José Santos, destacando o papel fundamental da AGIA e dos seus membros para “desvendar este património e esta cultura para quem nos visita. Abrem as portas e tornam mais disponível o Património aos visitantes”.
Olhando já para Évora_27 – Capital Europeia da Cultura, o presidente do Turismo do Alentejo ERT sublinhou é uma “iniciativa cultural composta por muitos eventos e que terá reflexos e impactos turísticos”, recordando que noutras Capitais Europeias da Cultura “o turismo foi um dos sectores mais beneficiados”.
Reconhecendo que inicialmente a candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura “não prestou a devida atenção ao Património religioso da cidade”, José Santos afiançou que “é preciso trazer esse Património religioso para o coração da Capital Europeia da Cultura”.
“Há um trabalho de programação complementar, com iniciativas e ações, que já está a ser elaborado ao nível da Igreja e que o Turismo do Alentejo tem abertura para apoiar”, garantiu José Santos.
O presidente do Turismo do Alentejo ERT revelou ainda que Évora terá em breve um canal cultural – Nit Évora, que “será um canal muito potente para promover a cultura em Évora”.
Por fim, o P. Nelson Fernandes agradeceu a presença significativa dos Guia-intérpretes, destacando a “estima por cada um e por tudo o que fazeis. Pois o Guia-intérprete é uma pessoa alegre, que conquista cada grupo não apenas pela exposição, mas também pela maneira de estar e comunicar. Em suma, vós comunicais vida”.
“Novos mundos ao mundo ir mostrando”, citou o diretor da Pastoral de Turismo e Peregrinações da Arquidiocese de Évora para sublinhar a importância da “missão” dos Guia-intérpretes, que é também “uma vocação para falar ao coração da humanidade, suscitando sonhos e esperanças”.
Já na introdução à sua conferência, o P. Mário Tavares de Oliveira apontou que “o vosso papel de guias é fundamental porque dais conteúdo ao primeiro impacto perante o património e a cultura de quem nos visita”.
Entretanto, no 4 de dezembro, a Associação de Guias-Intérpretes do Alentejo com a coorganização do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora, promoverá a oportunidade de conhecer as últimas investigações realizadas por esta instituição académica na conferência nº3 em torno do tema “Vivências religiosas em Évora nas épocas medieval e moderna”, incluindo ainda uma visita comentada ao edifício do antigo Tribunal da Inquisição.
