Neste dia 8 de Setembro decorreu, como é habitual no arranque do Ano Pastoral, a Reunião Geral do Clero da Arquidiocese de Évora.
Dado que estamos a viver o Jubileu 2025 “Peregrinos de Esperança”, o programa iniciou com a celebração do Jubileu do Clero da Arquidiocese, que contou com Eucaristia às 11h00, na Catedral de Évora, precedida da Oração para a Peregrinação a Igreja Jubilar, que aconteceu na esplanada em frente à escadaria da Sé. Com praticamente todo o Clero da Arquidiocese presente, a imponente Procissão chamou a atenção de muitos turistas e transeuntes, que em silêncio respeitoso, acompanharam o rito jubilar feito pelos sacerdotes e diáconos permanentes presentes.
O Arcebispo de Évora encabeçou a Procissão com a Cruz no interior da Catedral, igreja-mãe da Arquidiocese.
Depois iniciou a solene Eucaristia, que celebrou a Festa da Natividade da Virgem Santa Maria, tendo sido animada liturgicamente pelos Seminaristas de Évora e participada por um significativo número de religiosos e fiéis.
À homilia, o Prelado começou por saudar todos os presentes, em especial os que pela primeira vez se integram na Pastoral Arquidiocesana.
Refletindo sobre a Natividade da Virgem Santa Maria, o Prelado sublinhou que “a Salvação é obra de Deus, mas concretiza-se na terra com a cooperação do Homem. Nada sem Deus, nada sem o homem.”
“Quando a parte humana faz silêncio, fica com o coração aberto para escutar Deus”, afiançou.
“Queridos Padres, somos convidados a caminhar como peregrinos de Esperança”, desafiou o Arcebispo.
“A primeira leitura diz-nos que a nossa oração é fraca”, explicou, adiantando que “é importante sermos pobres para abrir o coração ao Espírito para que Ele reze em nós. É o Espírito Santo em nós que dilata o nosso coração”.
“Podemos estar seguros que a esperança não engana”, sublinhou, “porque em nós habita o Espírito Santo. As capacidades e as limitações, os momentos de dia de alegria e de sol e os momentos de sal e de dor, estão nos planos de Deus que nos chamou a sermos imagem de Cristo. Tudo é puro dom e graça de Deus, por isso, a Esperança não engana”.
Recordando e citando o Papa Francisco, o Prelado referiu que “num mundo em que o progresso e o retrocesso se entrelaçam, a Cruz de Cristo permanece a âncora da salvação: sinal da esperança que não desilude porque está fundada no amor de Deus, misericordioso e fiel”.
“A Eucaristia que celebramos salva o mundo”, citou o Papa Leão XIV.
“Na alegria que vem da esperança, exultamos na alegria do Senhor, como nos dizia o Salmista”, apontou.
“Caros Padres e Diáconos, esta celebração da Eucaristia constitui a abertura do Ano Pastoral. A Eucaristia é o centro de toda a vida, quer para a Igreja universal quer para a local. Nela Cristo santifica o mundo”, explicou.
“Eis-nos, por isso, no coração da nossa Peregrinação Jubilar em Ano Santo. Deixemo-nos envolver por este dom supremo e usufruamos da alegria e da paz que dele brota. Que a misericórdia nos refaça para sermos dons sacerdotais e diaconais para os irmãos, o Povo Santo de Deus, do qual fazemos parte”, concluiu o Prelado.
Após o almoço no Seminário Maior de Évora, a tarde contou, pelas 15h00, com a apresentação do Plano e Calendário Pastoral 2025-26, terminando com a Oração Final.
Pelas 16h30, reuniu a Assembleia Geral da Fraternidade Sacerdotal.
Ano Pastoral 2025-2026: “Comprometidos na Igreja e no Mundo”
O Cónego Mário Tavares de Oliveira apresentou a todo o clero presente o esboço do Plano Pastoral 2025-2026, que será o segundo Ano do Biénio Pastoral 2024-2026 e que terá como lema geral “Comprometidos na Igreja e no Mundo”.
“Estamos a viver o Plano Pastoral 2024-26 apresentado à Assembleia Diocesana de 5 de Outubro de 2024, elaborado a partir do Ano Santo que decorre entre o dia 29 de Dezembro de 2024 e o dia 28 de Dezembro de 2025. Após o encerramento do Ano Santo, teremos ainda vários meses, a partir de Janeiro de 2026, até ao fim do actual biénio pastoral”, explicou.
“O próximo ano pastoral comportará, assim, um primeiro trimestre de celebração jubilar até à conclusão do Ano Santo e uma segunda etapa até à sua conclusão”, pode ler-se no Contexto do esboço do Plano Pastoral 2025-2026, que acrescenta que “esta etapa que decorre desde o encerramento do Ano Santo até ao fim do Ano Pastoral 2026, está previsto que seja um tempo de
compromisso, fruto da vivência do Ano Santo”.
“Este compromisso deverá assumir várias dimensões com a Igreja e o Mundo. Ele constituirá o eixo fundamental desta proposta pastoral que pretende dar continuidade
à dimensão celebrativa própria do Ano Santo”, lê-se no documento apresentado.
“Entre os compromissos inerentes à missão da Igreja pretende-se salientar a formação dos cristãos em ordem aos serviços e ministérios laicais bem como a acção sócio caritativa qual rosto da Igreja que procura responder às solicitações dos mais carenciados através da Caridade organizada nas comunidades”, refere.
“Para além destes compromissos, persistiremos confiadamente no caminho sinodal a partir do Documento Final do Sínodo dos Bispos e abraçaremos com decisão a formação em ordem ao Diaconado Permanente”, aponta.
O Objectivo Geral do Ano Pastoral 2025-2026 será: “Motivar o Compromisso Cristão ao serviço da Comunidade”.
Reportagem Pedro Miguel Conceição/a defesa
