“Estivemos aqui a lutar pela paz”, disse Cardeal Marto após a oração do Terço com crianças, iniciativa da AIS
“Não lutamos com as armas que matam, mas com as armas do espírito”, afirmou o Cardeal António Marto no final do Terço com as crianças na Capelinha das Aparições, em Fátima, na passada sexta-feira, dia 18 de Outubro, uma iniciativa internacional da Fundação AIS. Comovido, o prelado lembrou a importância da oração impulsionada pelos mais pequenos e lembrou todos os que “sofrem os horrores da guerra”…
“Estivemos aqui a lutar pela paz.” Sem esconder a emoção, o Cardeal António Marto sintetizou assim a oração do Terço com as crianças pela paz no mundo, ao fim da tarde de sexta-feira, 18 de Outubro, na Capelinha das Aparições em Fátima, uma iniciativa internacional da Fundação AIS que decorreu também em dezenas de países de todos os continentes.
Antes da bênção final às centenas de pessoas que se aglomeravam junto à imagem de Nossa Senhora, o Bispo emérito de Leiria-Fátima fez uma reflexão sobre a urgência de se rezar pelo fim de todas as guerras e pelo fim também do sofrimento que estão a provocar em milhões de pessoas em vários países do mundo.
“Estivemos aqui a lutar pela paz. Não lutamos com as armas que matam, lutamos com as armas do espírito, as armas espirituais da nossa oração para que a misericórdia de Deus desça sempre sobre este mundo tão ferido e tão cheio de feridas.”
D. António Marto
“Tivemos presente os que sofrem os horrores da guerra, de uma guerra que se tem tornado cada vez mais feroz, são pais, mães, que veem morrer os seus filhos, são filhos e filhas que ficam sem pais e mães, são inocentes que não têm culpa nenhuma do que se passa, e nós interpretámos o clamor dessas vítimas e levámo-lo em oração ao Céu, pedindo a Deus por intermédio da Nossa Mãe misericórdia, que nos abençoe, que abençoe este mundo com uma paz justa, duradoira, global e que faça de todos nós construtores de paz”, acrescentou o Cardeal Marto depois de ter “congratulado” a Fundação AIS por esta iniciativa.
O Bispo emérito de Leiria-Fátima daria ainda os parabéns “aos amiguitos e amiguitas” – como ele carinhosamente se refere quase sempre às crianças – que protagonizaram a oração do Terço em Fátima lembrando que, nas meditações que leram foram “intérpretes do clamor das vítimas do mundo, porque são inocentes [têm] o coração desarmado, indefeso e são representantes de todos aqueles inocentes que sofrem [também] os horrores da guerra”.
E olhando para as crianças presentes na Capelinha das Aparições, o cardeal Marto lembrou o exemplo dos três Pastorinhos, Jacinta, Francisco e Lúcia, para dizer que “Deus é capaz de fazer com os mais pequenos coisas grandes e maravilhosas”.
PALCO CENTRAL DE UM CLAMOR UNIVERSAL
A Capelinha das Aparições, em Fátima, foi o palco central da iniciativa global promovida na passada sexta-feira pela Fundação AIS e contou com a presença da directora do secretariado nacional, Catarina Bettencourt. Com transmissão através da TV e Rádio Canção Nova, Rádio Maria e ainda pelas redes sociais da Ajuda à Igreja que Sofre, milhares de fiéis acompanharam também em directo a oração do Terço que foi também repetida por dezenas de grupos de catequese, paróquias, movimentos e até congregações religiosas em todo o país.
Mas esta foi uma iniciativa internacional da fundação pontifícia que voltou a mobilizar milhares e milhares de crianças, jovens e adultos em todos os continentes, em variadíssimos países. Dada a dimensão extraordinária que esta actividade tem gerado de ano para ano, demora sempre algum tempo até conseguir-se apurar o número dos que participaram. Mas tal como ocorreu no ano passado, centenas de milhares de crianças foram confirmando ao longo dos dias a sua participação e muitas delas estão mesmo a viver em países onde estão a acontecer guerras, como é o caso da Ucrânia, Terra Santa, Líbano, ou vivem em lugares onde a perseguição aos cristãos é mais feroz ou onde a violência terrorista continua a fazer vítimas praticamente todos os dias, como é o caso do Burquina Fasso, Nigéria, Camarões ou ainda em Cabo Delgado, Moçambique.
A iniciativa “Um Milhão de Crianças Rezam o Terço” teve início em 2005, na Venezuela, quando várias mulheres que rezavam com crianças se sentiram inspiradas por uma frase atribuída ao Padre Pio Pietrelcina: “Quando um milhão de crianças rezarem o terço, o mundo mudará.”
Em Portugal, além do Santuário de Fátima, a jornada de oração contou com o apoio activo, por exemplo, da Rede Mundial de Oração do Papa, Apostolado Mundial de Fátima, Agência Ecclesia, Revista Audácia, TV e Rádio Canção Nova e Rádio Maria.
Paulo Aido | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt