O FIOE- Festival Internacional de Órgão de Évora apresenta o décimo concerto do Ciclo 2024-2025.

O organista eborense Alice Rocha revisita o órgão Cavaillé-Coll da igreja do Espírito Santo, num programa que cruza várias épocas e estilos, percorrendo obras emblemáticas de Bach, Franck, Widor e Dupré.

Dia 4 de maio às 17h00. Entrada livre.

Este concerto convida o público a uma viagem sonora pela história do órgão, explorando três séculos de repertório europeu através de obras emblemáticas de Bach, Franck, Widor e Dupré.

A abrir o programa, o Choral nº 2 de César Franck mergulha-nos no lirismo e na espiritualidade do romantismo francês, com melodias amplas e harmonias envolventes.

Segue-se o Prelúdio e Fuga em Lá menor, BWV 543 de Johann Sebastian Bach, onde a clareza contrapontística e o rigor formal do barroco alemão se revelam em toda a sua plenitude.

Contrastando com a linguagem de Bach, o Prelúdio e Fuga em Fá menor, Op. 7 nº 2 de Marcel Dupré traz a força expressiva e a modernidade do século XX. Aqui, a fuga mantém a tradição da forma, mas é inserida num contexto harmónico mais ousado, com grande riqueza tímbrica e refletindo a evolução do órgão e da sua escrita desde a época barroca até ao pós-romantismo francês.

O concerto encerra com dois andamentos da Sinfonia nº 6 de Charles-Marie Widor: o sereno Adagio e o elegante Intermezzo, onde o órgão assume uma dimensão quase orquestral, evocando a escola sinfónica francesa de órgão.

Um programa que cruza épocas e estilos, revelando a impressionante versatilidade e riqueza expressiva deste instrumento.

PROGRAMA

1. Franck (1822-1890)

Choral no.2

1. S. Bach (1685-1750)

Prelúdio e fuga em lá menor BWV 543

1. Dupré (1886-1971)

Prelúdio e fuga em fá menor op.7 no.2

1. M. Widor (1844-1937)

Sinfonia no.6:

1. Adagio

III. Intermezzo

O FESTIVAL

O FIOE é organizado pela igreja de S. Francisco, em parceria com o Cabido da Sé e o Seminário Maior de Évora.

A primeira temporada de 11 concertos decorreu nas igrejas de São Francisco, Espírito Santo e Sé de Évora, entre outubro de 2023 e julho de 2024, com assinalável adesão do público (ca. 1.600 espectadores).

Contou com a presença de renomados intérpretes de referência internacional (Johan Vexo, Lorenzo Ghielmi, Gian Vito Tannoia) bem como organistas portugueses consagrados (João Vaz, Paulo Bernardino e Rafael dos Reis, entre outros) e ainda o jovem galego Ramón Blanco e a eborense Alice Rocha.

Foram encomendadas duas novas obras: uma para os 4 órgãos de S. Francisco, Evangelia Quattuor, escrita por Paulo

Bernardino, e uma outra, Leggenda Messicana, para órgão e acordeão, composta pelo acordeonista e organista italiano Gian Vito Tannoia.

Os 11 concertos foram a solo ou com os mais diversos conjuntos vocais e instrumentais e envolveram 39 intérpretes e 7

órgãos, em 3 igrejas.

Todos os concertos e eventos têm entrada livre.

OS ANTECEDENTES

O Festival Internacional de Órgão de Évora – FIOE surgiu na sequência natural dos avultados investimentos que têm sido postos na recuperação de um conjunto de 7 órgãos pela Paróquia de S. Pedro – igreja de S. Francisco (4) , Cabido da Sé de Évora (2) e Seminário Maior de Évora – igreja do Espírito Santo (1). Estes instrumentos históricos encontram-se agora na sua plenitude musical e estética.

Em paralelo o Diretor Artístico e organista Rafael dos Reis prossegue o seu doutoramento na investigação científica da história da música e dos órgãos. Deste estudo resultará uma publicação, a editar no âmbito do Festival.

O FUTURO

O FIOE, após o primeiro ciclo de concertos, evoluiu para um Festival em permanência.

O segundo ciclo inicia em novembro de 2024 e termina em julho de 2025, com 15 concertos, trazendo intérpretes e programas internacionais e nacionais, de grande qualidade e diversidade.

Em paralelo com os concertos haverá, em qualquer data, conferências com temáticas diversas sobre música, restauros, história ou públicos, workshops de iniciação musical para crianças, masterclasses para músicos profissionais, visitas guiadas aos órgãos

e lançamento de publicações.

Pretendemos consolidar, alargar e aproximar o público deste grande legado histórico musical e organístico existente na cidade de Évora, abrindo o acesso a aspectos menos conhecidos da música e dos órgãos.

O FIOE assume-se como o Festival de Música Sacra e Erudita de excelência a sul do Tejo.

A ORGANIZAÇÃO

Cónego Manuel da Silva Ferreira Coordenador e Pároco de S. Francisco

Rafael dos Reis Diretor Artístico, Organista e Bolseiro de Investigação pela FCT

Manuel Ribeiro Diretor de Comunicação e Produção Multimédia