Na tarde deste dia 30 de março, quarto Domingo da Quaresma, na igreja Matriz de Coruche, o Arcebispo de Évora presidiu às Ordenações Diaconais dos seminaristas do Seminário de Nossa Senhora da Purificação – Maior de Évora, Genitório Ngasiame e Tomé Ndlilisange, que são naturais da Diocese de Ondjiva, em Angola. Na Eucaristia evocou-se também o 70.º aniversário, que se cumpriu neste dia 30 de março, da partida para a Casa do Pai do servo de Deus Dom Manuel Mendes da Conceição Santos, Arcebispo de Évora na primeira metade do século XX.
A celebração, que foi animada liturgicamente pelos Seminaristas dos Seminários de Évora, foi concelebrada pelo Pároco de Coruche, cónego Elias Serrano Martins e por muitos sacerdotes da Arquidiocese e servida por vários Diáconos. Familiares, amigos e paroquianos encheram a imponente Matriz de Coruche e testemunharam as ordenações diaconais em ordem ao presbiterado dos jovens seminaristas que fizeram a sua formação superior no Instituto Superior de Teologia de Évora.
Na introdução, D. Francisco Senra Coelho começou por saudar a Diocese irmã de Ondjiva, de Angola. Evocou também o Servo de Deus, D. Manuel Mendes de Conceição Santos e pediu a intercessão de Nossa Senhora do Castelo, padroeira de Coruche, para que os novos diáconos sejam fiéis.
À homilia, o Prelado eborense começou por saudar o Pároco e toda a comunidade cristã de Coruche.
Refletindo sobre as leituras do IV Domingo da Quaresma, D. Francisco Senra Coelho recordou que “Deus não é um legalista mas é um Pai Misericordioso”, fazendo alusão à Parábola do Pai Misericordioso escutada no Evangelho.
“O Filho já não deseja ser filho ao voltar para a Casa do Pai. Mas todos os dias o Pai esperava por ele e, por isso, ainda ele vinha longe e o Pai já o tinha visto e reconhecido. As suas entranhas encheram-se de compaixão, correu em direção ao filho e abraçou-o”, explicou o Prelado, acrescentando que “o filho começa o seu discurso preparado, mas o Pai falando aos criados tapou-lhe a boca com o seu amor. Não permitiu que ele dissesse que queria ser apenas um assalariado.” “O Pai dá a catequese do perdão total”, sublinhou o Arcebispo de Évora.
Sobre o filho mais velho da parábola, D. Francisco Senra Coelho explicou “que o filho mais velho sempre cumpriu as ordens do pai como se um patrão se tratasse”.
“Quando nos sentimos amados por Deus somos capazes de experimentar como o salmista diz ‘saboreai e vede como o Senhor é bom’, referiu o Prelado.
“Caro Tomé e Caro Genitório como Igreja somos embaixadores de Cristo”, recordou o Arcebispo de Évora, sublinhando que “os vossos paramentos são sinais de serviço à mesa. Estar ao serviço é ser embaixador de Cristo e ser revelação do rosto misericordioso de Deus”.
“Que o vosso coração bata em uníssono com o coração de Cristo”, apelou D. Francisco Senra Coelho.
“Procurai amar a Igreja, esposa de Cristo, como primeiro dos vossos compromissos. Tenham um ouvido em Deus e outro nas pessoas. Procurai a dimensão profunda da sinodalidade. Como diáconos, ouvi as pessoas e ouvi Deus. Falai a Deus das pessoas e falai às pessoas de Deus”, apelou o Prelado eborense.
“Que Maria seja o rosto de mãe para vós nas horas de sol e de sal. Que Ela seja a vossa inspiração no sim ao serviço – “eis a humilde serva do Senhor”, concluiu o Arcebispo de Évora.
Depois da homilia, aconteceram os ritos das Ordenações diaconais, com os candidatos a fazerem a promessa, respondendo a sete questões sobre a consagração ao serviço da Igreja, sobre a humildade e serviço dedicado ao povo e ao presbitério, guardar e anunciar o Evangelho, guardar o celibato, a promessa sobre a oração, a promessa de ser imitador de Cristo e a promessa de obediência.
Seguiu-se a prostração dos candidatos, a imposição das mãos e a oração de ordenação do Arcebispo de Évora.
Depois o Tomé e o Genitório receberam a estola e a dalmática de Diácono. Por fim, receberam o Evangelho e o Ósculo da Paz do Arcebispo de Évora e dos diáconos presentes.
Os diáconos começaram logo a exercer o seu ministério de serviço ao altar na Liturgia Eucarística que se seguiu.
No final da celebração os novos diáconos agradeceram a todos os que contribuíram para a sua vocação e pediram orações para que sejam fiéis ao ministério agora recebido.
Antes da bênção final, o Arcebispo de Évora, saudando novamente a Diocese irmã de Ondjiva e o seu Bispo D. Pio Hipunyati, a quem desejou um pronto restabelecimento de saúde, informou que os diáconos Tomé e Genitório, querendo Deus, serão ordenados presbíteros a 15 de Agosto próximo na sua Diocese de origem, em Angola, onde ficarão algum tempo de descanso após os seis anos de formação em Évora. Após esse período regressarão à Arquidiocese de Évora onde estarão ao serviço durante 5 anos como presbíteros, cumprindo assim o acordo que existe entre a Diocese de Ondjiva e a Arquidiocese de Évora.
Após a celebração, os novos Diáconos Tomé e Genitório receberam os cumprimentos de todos os presentes que lotaram a bela e ampla igreja Matriz de Coruche.
O dia jubiloso terminou com um jantar de confraternização no Multiusos de Coruche, oferecido pelas Paróquias da Vila de Coruche.
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