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27 Mar 2025

29 de março, em Fátima: Encontro de gerações em debate nas Jornadas da Pastoral Familiar

O Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF) vai promover no dia 29 de março as Jornadas da Pastoral Familiar, em Fátima, sobre o tema “Família: encontro de gerações”.

O tema das Jornadas da Pastoral Familiar é inspirado nas palavras do Papa Francisco que escreve na sua autobiografia que “a dimensão comunitária não é uma moldura mas é parte integrante da vida cristã e da Evangelização”.

Participam nestas jornadas como oradores Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e de conteúdos religiosos no Grupo Renascença, José de Souto Moura, antigo procurador-geral da República e coordenador da Comissão Diocesana de Lisboa para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis, a irmã Rita Ornelas, que faz parte da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, Pedro Carvalho, diretor do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil, e Ricardo Figueiredo, que faz parte do Organismo Internacional de Consulta aos jovens, da Santa Sé.

O Departamento Nacional da Pastoral Familiar lembra que o “evento que é dirigido a todos os que queiram participar e apela às inscrições, que decorrem até ao dia 20 de março.

As Jornadas da Pastoral Familiar tem início às 09h30 e terminam com a Missa de envio, que começa às 16h00.

22 Mar 2025

Igreja/Portugal: Pastoral Juvenil alerta para impacto da pobreza nas novas gerações

O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), organismo da Conferência Episcopal Portuguesa, alertou hoje para o impacto da pobreza nas novas gerações, comentando o novo estudo da Cáritas sobre a exclusão social no país.

“A realidade evidenciada pelo estudo demonstra que muitos jovens enfrentam dificuldades significativas no acesso a habitação digna, no ingresso no mercado de trabalho e na obtenção de condições justas para um futuro estável. A permanência prolongada dos jovens na casa dos pais, muitas vezes por ausência de alternativas viáveis, reflete um problema estrutural que exige respostas urgentes”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

O estudo ‘Pobreza e exclusão social em Portugal: uma visão da Cáritas’ foi apresentado esta terça-feira, em Lisboa.

Segundo o DNPJ, os dados “revelam uma realidade preocupante que afeta de forma transversal a sociedade, atingindo os jovens e limitando o seu acesso a condições dignas de vida e de futuro”.

O estudo da Cáritas Portuguesa reforça, ainda, a evidência de que a pobreza se transmite entre gerações, sendo a educação um fator determinante para quebrar esse ciclo. A impossibilidade de muitas crianças e jovens terem um espaço adequado para estudar, bem como as dificuldades económicas que condicionam o percurso escolar, são desafios que exigem um compromisso de todos”.

Num tempo que se avizinham várias eleições no país (legislativas, autárquicas e presidenciais), o DNPJ encoraja os responsáveis políticos, a sociedade civil e as comunidades cristãs a “intensificarem os esforços na erradicação da pobreza e da exclusão social, garantindo que os jovens tenham condições dignas para viver e sonhar”.

“Acreditamos que cuidar dos mais frágeis é um compromisso que define a nossa identidade cristã. Como Pastoral preocupada com os jovens, somos chamados a promover espaços de escuta, acolhimento e acompanhamento, desafiados a assumir um papel ativo na inclusão dos mais vulneráveis, promovendo gestos concretos de proximidade e cuidado, a incentivar o diálogo intergeracional e a contribuir para que os jovens tenham voz ativa na construção de soluções para o seu presente e futuro”, acrescenta o comunicado de imprensa.

Octávio Carmo – Agência ECCLESIA

13 Mar 2025

15 de março, em Braga: «Praça Central» vai debater os desafios humanos na era da inteligência artificial

O presidente da Conferência Nacional das Associações de Apostolado dos Leigos (CNAL) considera que o evento ‘Praça Central’, a realizar em Braga, no próximo dia 15 de março, mostra a unidade da Igreja.

“A ideia fundamental é perceber que não existem muitas capelinhas, pertencemos todos à mesma Igreja, mas temos maneiras diferentes de viver a nossa fé e temos maneiras diferentes de estar na vida”, disse à Agência ECCLESIA João Cordovil Cardoso.

A edição deste ano da ‘Praça Central’ vai centrar o seu debate sobre “os desafios humanos na era da inteligência artificial”, e segundo o presidente do CNAL é um “encontro de ideias, de diálogo, de conhecimento mútuo, aberto não apenas, aos crentes, mas aberto a todas as pessoas de boa vontade”.

Os participantes da ‘Praça Central’ vão ouvir “pessoas que estão dentro da Igreja, ouvir pessoas que também estão fora da Igreja”, porque a questão da inteligência artificial afeta “a sociedade de uma forma genérica”.

“Queremos mostrar, entre outras coisas, que os cristãos não são assim uns animais muito estranhos, são pessoas normais que vivem no mundo, vivem na sociedade, mas que têm Cristo na sua vida”, frisou João Cordovil.

Ao longo do dia, os participantes “não vão ter uma sessão técnica sobre inteligência artificial”, mas diálogos sobre “aspetos sociais e éticos” desta realidade.

Neste conjunto de “problemas” a refletir, o CNAL pretende “ver o lado positivo e não apenas o lado negativo da inteligência artificial”, sublinhou João Cordovil ao programa ECCLESIA emitido hoje,  na RTP 2.

“Fia-te nos algoritmos e não vivas… Desafios Humanos na Era da IA: um debate urgente” é o tema da próxima sessão ‘Praça Central’.

HM/LFS

07 Mar 2025

“A Proximidade, Caminho de Esperança” – Reflexão da Comissão Nacional Justiça e Paz para a Quaresma de 2025

A reflexão quaresmal, desta vez, traz o coração apertado porque, enquanto fonte inspiradora da nossa reflexão, o Papa Francisco vive a ‘sua’ Quaresma desafiando-nos a que «caminhemos juntos na esperança».

E a esperança é a nossa alma.

De facto, o “juntos” não é um amontoado, mas a presença fraterna de uma ‘caminhada com’ e nunca solitária, por mais autossuficientes que nos consideremos.

Olhamos à nossa volta e o nosso coração é invadido por tantas interrogações e perplexidades.

A solidão dita as suas leis avivando as feridas da indiferença.

Vivemos um farisaísmo genérico onde nos agarramos à lei e aos protocolos em vez da pessoa; vivemos o cinismo do abandono dos mais velhos e de quem não é produtivo; vivemos a solidão das crianças na sua autorreferencialidade, dos adolescentes e dos jovens que não veem perspetivas de futuro, sem experimentarem a felicidade de uma relação de reciprocidade fora dos ecrãs em que vivem agarrados; vivemos um desnorte com uma educação ilusória onde a aprendizagem se crê isenta de dificuldades e necessidade de esforço; vivemos medrando numa alergia à vida nas suas várias etapas; vivemos indiferentes ou acirrados contra migrantes separados das suas famílias e sujeitos a condições miseráveis, indiferentes ao tráfico humano de mulheres para a prostituição e de crianças vendidas para pedintes aproveitando-se da nossa ‘pena’ por uma infância desvalida.

O impensável parece poder acontecer num mundo que, tendo já experimentado tantas vezes a loucura da guerra, não é capaz de romper a atração pelo abismo bélico.

Podemos ser tentados a baixar os braços, a sentir a derrota, a não abraçar a dor com nome próprio, a não saborear as lágrimas amargas da solidão ou do desespero.

Ligamo-nos a equipamentos tecnológicos que nos permitem chegar a tantos e que ao mesmo tempo exacerbam o nosso individualismo.

Mas nenhuma dessas vias trará resposta aos nossos problemas.

A mudança só é possível através da criação de redes de proximidade e de uma paz que recusa a ambição económica sem escrúpulos. De uma paz que se constrói com investimento na cooperação e na solidariedade. Pois, como diz o Papa na sua mensagem, «Caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus; significa caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído».

Todos temos a mesma dignidade.

É este caminho conjunto que deve aprimorar no nosso coração a vizinhança e o acolher “misericordiando”, como ensina o Papa Francisco.

Que as nossas casas, as paróquias, os movimentos, os nossos locais de trabalho e lazer sejam lugares de proximidade sem fazer aceção de pessoas (nacionais ou migrantes; ricos ou pobres; sãos ou doentes), e que o toque das nossas mãos seja o de Jesus.

Será este o antídoto para vencermos as barreiras e o mal contagioso do individualismo.

Só chegaremos ao coração de Deus Amor, fazendo caminho juntos, através da proximidade, do serviço, do colocar a toalha à cinta e lavar os pés ao próximo, a começar pelos últimos. Mesmo que o caminho seja pedregoso, e por carreiros e becos pouco recomendáveis.

Esta deve ser “a Quaresma”, o tempo privilegiado para reavaliarmos a nossa vida à luz do Evangelho que requer também uma atitude de humildade e reconhecimento de nossas próprias fraquezas e pecados, sentindo – como disse recentemente o Papa Francisco a partir do hospital – «no coração a ‘bênção’ que se esconde na fragilidade».

Por isso é um tempo de conversão sincera, onde desabrocha a misericórdia, a esperança e o compromisso com os mais necessitados.

A Quaresma carrega consigo a esperança da Páscoa, a razão do nosso ser cristãos.

Apesar de um céu cinzento, podemos almejar um arco-íris de paz, de solidariedade e fraternidade. Arrisquemos a proximidade como caminho de esperança.

Nesta Quaresma, façamos do caminhar estímulo para ousarmos construir um mundo diferente;

Nesta Quaresma, façamos do caminhar juntos, como comunidade cristã e como comunidade humana, critério para aferir a nossa fidelidade ao projeto de Deus para a humanidade;

Nesta Quaresma, façamos do caminhar juntos na esperança testemunho do nosso compromisso com a promoção da justiça e da paz como impulso da novidade da ressurreição.

Lisboa, 6 de março de 2025

A Comissão Nacional Justiça e Paz

16 Fev 2025

Ordenação episcopal de D. Rui Gouveia foi celebrada em Lisboa

O patriarca de Lisboa presidiu, neste domingo, dia 16 de fevereiro, à ordenação episcopal de D. Rui Gouveia, novo bispo auxiliar, que desafiou a ser um “obreiro da esperança”, tema do Jubileu 2025, proclamado pelo Papa.

“Convido-te, caríssimo D. Rui, a seres um obreiro da esperança. A ires ao encontro dos irmãos para lhes revelares, na luz de Cristo Ressuscitado, que a nossa pátria verdadeira e autêntica é a eternidade”, disse D. Rui Valério, na homilia da celebração, que decorreu na Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora, noticiou a Agência Ecclesia.

A Missa contou com a presença de 28 bispos, entre os quais o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, 180 sacerdotes e 46 diáconos, numa assembleia com cerca de 700 pessoas.

O Prelado eborense, em seu nome pessoal e em nome a Arquidiocese, felicita D. Rui Gouveia e o Patriarcado de Lisboa, desejando profícuo ministério episcopal.

O novo bispo foi nomeado como auxiliar do Patriarcado de Lisboa pelo Papa Francisco, a 10 de dezembro de 2024.

D. Rui Gouveia era pároco da Anunciada e assistente diocesano da Pastoral Familiar, em Setúbal.

A homilia do patriarca de Lisboa alertou para a “desorientação” da sociedade.

“De modo particular o niilismo contemporâneo, que corrói a esperança no coração do homem, induzindo-o a pensar que dentro dele e ao seu redor reina o vazio: nada antes do nascimento, nada depois da morte. Na realidade, quando falta Deus, falta a esperança”, assinalou.

O presidente da celebração sublinhou a necessidade de missionários da esperança, pessoa capazes de reconhecer que Deus “é a sua fonte, o seu ponto de apoio e o seu horizonte”.

“Caro D. Rui, sê um artífice capaz de posicionar a esperança do mundo de hoje em conformidade com a esperança de Deus. Deixa que o Espírito Santo sopre sobre ti, seja qual for a circunstância em que te encontres, para escutares todos e dares voz a todos os que te procurem”, apelou.

O responsável católico apresentou as bem-aventuranças, proclamadas por Jesus, como um “novo programa de vida”.

As bem-aventuranças de Lucas implicam um compromisso pessoal com os pobres, com os excluídos, com os que choram. Um compromisso com a paz, com a não-violência entre os homens, mesmo correndo o risco da perseguição. D. Rui, que saibas ser pioneiro de uma realidade nova, num tempo novo e bem-aventurado, nesta diocese que te acolhe com alegria, na certeza que caminharemos juntos”.

O patriarca de Lisboa pediu atenção para os “lugares de ausência de Deus”, sustentando que um bispo deve ser “um homem que se dedica abnegadamente aos outros, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas”.

A celebração teve como bispos co-ordenantes o cardeal D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, e D. Gilberto Reis, bispo emérito de Setúbal.

Antes da homilia decorreu a apresentação do eleito, com a leitura do mandato apostólico, por D. Ivo Scapolo, núncio em Portugal.

A liturgia da ordenação inclui a imposição das mãos e a unção da cabeça dos eleitos, a entrega do livro dos Evangelhos e das insígnias episcopais – o anel, a mitra e o báculo.

O novo bispo auxiliar de Lisboa nasceu a 17 de abril de 1975, em Joanesburgo, África do Sul, filho de família emigrante da Madeira, onde foi viver aos oito anos de idade.

D. Rui Gouveia passa a integrar a equipa episcopal de Lisboa, com o patriarca D. Rui Valério e os seus auxiliares D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma.

O lema episcopal de D. Rui Gouveia é retirado da segunda carta de São Paulo aos Coríntios: ‘Com a simplicidade e a sinceridade que vêm de Deus’ (2 Cor 1, 12).

Lisboa, onde a presença da Igreja remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, foi elevada a metrópole eclesiástica, em 1393; em 1716 o Papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, ficando a antiga diocese dividida em duas até 1740, ano em que foi reunificada

31 Jan 2025

31 de janeiro e 2 de fevereiro: Serviço Nacional de Acólitos promove Encontro de Formação de Formadores

O Serviço Nacional de Acólitos (SNA), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), vai realizar o seu Encontro de Formação de Formadores 2025, de 31 de janeiro e 2 de fevereiro, no Seminário da Silva, em Barcelos.

“Senhor ensina-nos a rezar”, do Evangelho de São Lucas, dá tema do Encontro de Formação de Formadores do Serviço Nacional de Acólitos.

O SNS, departamento do Secretariado Nacional de Liturgia da CEP, divulgou o programa geral desta formação, que conta com três pontos: retiro; ‘o que significa rezar?’; ‘a oração na Bíblia: Jesus como orante; Jesus como mestre de oração’.

O orientador do Encontro de Formação de Formadores de acólitos é o padre Francisco Couto, sacerdote da Arquidiocese de Évora que é o diretor do Serviço Nacional de Acólitos.

Cartaz: Serviço Nacional de Acólitos

A formação, no Seminário da Silva, dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos) em Barcelos (Arquidiocese de Braga), começa no dia 31 de janeiro, com o jantar, e termina na tarde de domingo, dia 2 de fevereiro.

O Serviço Nacional de Acólitos informa que as inscrições terminam no dia 20 de janeiro, e podem ser realizadas através de um formulário online.

O SNA, da Igreja Católica em Portugal, é um departamento do Secretariado Nacional de Liturgia, da Comissão Episcopal Liturgia e Espiritualidade, destinado a “promover e apoiar o exercício do ministério dos Acólitos, segundo as orientações da Igreja”.

CB – Agência ECCLESIA

11 Jan 2025

Arquidiocese de Évora marcou presença: Encontro Sinodal Nacional decorreu em Fátima com apelo a nova cultura de inclusão e avaliação nas comunidades católicas

A Equipa Sinodal da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou neste sábado, dia 11 de janeiro, em Fátima um apelo à construção de uma nova cultura de inclusão e avaliação nas comunidades católicas, num encontro que reuniu 300 participantes das várias dioceses, entre os quais esteve presente uma comitiva da Arquidiocese de Évora liderada pelo Prelado eborense, D. Francisco Senra Coelho.

“Criar espaços específicos para ouvir todas as pessoas, especialmente, as pessoas com deficiência e os grupos marginalizados” foi uma das propostas deixadas na apresentação a cargo de Carmo Rodeia, da Diocese de Angra, e do padre Eduardo Duque, da Arquidiocese de Braga.

Os responsáveis falavam na sessão inicial do encontro sinodal nacional convocado pela CEP, com o objetivo de refletir sobre o documento final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade (2021-2024) e a sua aplicação prática nas comunidades.

A apresentação do documento sublinhou as várias propostas apontadas pelo documento do Sínodo, particularmente em favor de uma “cultura da inclusão e participação” nas comunidades católicas.

Carmo Rodeia, da Equipa Sinodal da CEP, destacou a necessidade de “atualizar o modelo de paróquia, criando zonas pastorais mais próximas das comunidades” e de “implementar práticas de avaliação e prestação de contas”.

A “missão no ambiente digital” e a “cultura de prevenção de abusos” foram outros temas abordados.

Os participantes foram desafiados a “fortalecer os organismos de participação, tornando os conselhos e as assembleias espaços de diálogo, transparência e corresponsabilidade”.

Carmo Rodeia destacou a importância de construir relações respeitosas “entre homens e mulheres, de diferentes gerações, e grupos de diversas identidades, dentro e fora da Igreja”.

A intervenção sublinhou os apelos a “uma participação mais ampla dos leigos e leigas nos processos de discernimento eclesial”, que saiu do último Sínodo, para “superar as barreiras” que existem, com “oportunidades de participação novas e criativas”.

As dioceses são convidadas a mudar “estruturas e processos de decisão para que sejam mais participativos e transparentes”.

A apresentação sublinhou a importância de promover momentos de “formação e educação para a sinodalidade”.

“A etapa que agora nos propomos viver é talvez a mais desafiadora”, observou Carmo Rodeia.

A renovação litúrgica e catequética, o compromisso com a juventude e as famílias, a justiça social e cuidado ambiental ou a inserção social e política dos católicos foram outras propostas deixadas à assembleia.

Foto: RIcardo Perna

O padre Eduardo Duque sublinhou, na sua intervenção, que o processo lançado em 2021 tem mostrado “uma Igreja em renovação”.

“Vamos sonhando com uma Igreja reconciliada, renovada, curada”, acrescentou.

O membro da Equipa Sinodal da CEP apresentou as cinco partes do documento final, falando da “conversão das relações” e da sinodalidade como “estilo de vida”.

“Os processos de decisão não podem estar centrados numa pessoa”, sustentou o sacerdote, pedindo uma dinâmica “mais colegial”, para construir uma Igreja “corresponsável”.

Destinado aos membros das Equipas Sinodais diocesanas e dos Conselhos Pastorais de cada diocese, o encontro conta com a presença dos bispos de Portugal.

Fonte: Agência Ecclesia

 

Igreja/Portugal: «Estamos desejosos de dar continuidade a este processo de sinodalidade» – D. Virgílio Antunes

Igreja/Portugal: Encontro Sinodal defende valorização dos organismos consultivos nas dioceses e paróquias

20 Dez 2024

D. José Miguel Pereira é o novo bispo da Guarda

O Arcebispo de Évora em seu nome pessoal e em nome da Arquidiocese de Évora saúda com alegria D. José Miguel Pereira e a Diocese irmã da Guarda pela nomeação e deseja um frutuoso ministério pastoral naquela Igreja local.


O Papa Francisco nomeou hoje, dia 20 de dezembro, bispo da Guarda o cónego José Miguel Barata Pereira, reitor do Seminário dos Olivais, informou a Nunciatura Apostólica, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

“Apresento-me diante de vós para caminharmos juntos e com todos”, afirma D. José Miguel Pereira na primeira mensagem que dirige à Diocese da Guarda.

Reitor do Seminário dos Olivais desde 2011, o novo bispo da Guarda nasceu em 1971, frequentou os seminários do Patriarcado de Lisboa, licenciou-se em Teologia na Universidade Católica Portuguesa e foi ordenado no sacerdote no dia 29 de junho de 1996.

“Com raízes familiares no Fundão e tendo vivido momentos importantes do meu percurso vocacional nas Penhas Douradas e em Manteigas, descubro aí a mão de Deus que guia a minha história e me preparava para esta missão de novo bispo da Guarda, a que o Santo Padre, o Papa Francisco, acaba de me chamar e a quem manifesto a minha gratidão pela confiança em mim depositada”, afirma D. José Miguel Pereira.

Foto: Patriarcado de Lisboa

D. José Miguel Pereira sucede a D. Manuel Felício, atualmente com 77 anos de idade, que apresentou ao Papa Francisco o pedido de dispensa das funções de bispo da Guarda 3 anos antes de completar os 75 anos, idade indicada para formular o pedido de resignação, manifestando na altura o desejo de fazer outro trabalho “fora da diocese”.

Com a nomeação do novo bispo da Guarda, o Papa Francisco aceitou também o pedido de renúncia de D. Manuel Felício ao “governo pastoral” da Igreja Católica na diocese, nomeado agora administrador apostólico da Diocese da Guarda até à tomada de posse de D. José Miguel Pereira.

Na mensagem que dirige à diocese, o novo bispo saúda “com fé e afeto todo o povo de Deus que peregrina em Igreja nas terras da Guarda” e todos os “os homens e mulheres de boa vontade que cruzam os caminhos da vida nessas mesmas paragens”, dirigindo uma “palavra calorosa” aos padres da diocese, os que trabalham “ao serviço da querida Igreja da Guarda”, aos leigos “dedicados aos movimentos e obras do apostolado cristão” e aos jovens “à procura da sua vocação e missão”.

“Dirijo também o meu coração a todos aqueles que estejam a viver alguma situação de sofrimento, aqueles que estejam marcados pela escuridão ou pela solidão, aqueles que são vítimas de qualquer forma de violência, os que se vejam privados de liberdade, aqueles que estão desterrados das suas terras ou estejam envolvidos nalguma situação de maior preocupação e pobreza”, afirma D. José Miguel Pereira.

O novo bispo da Guarda manifesta vontade em percorrer “os caminhos da superação, da justiça e da reconciliação”, em contexto do Ano Jubilar, em 2025.

“Não levo outros tesouros senão aqueles que possuo: em primeiro lugar, a certeza de que Deus é bom, é muito bom, e sempre bom e se aproxima de nós para viver todas as horas da nossa vida, mesmo as mais difíceis, para aí abrir aí horizontes de saída e de eternidade”, afirma.

D. José Miguel Pereira refere que a Diocese da Guarda é a Igreja que é chamado a amar e servir, na certeza de que é o “Espírito Santo que guia e sustenta a Igreja”, na procura de “caminhos da configuração sinodal e missionária” e na “certeza de que é sempre a comunhão”, vivida “como unidade e diversidade”, que “constitui a bússola” a guiar “nos caminhos do Evangelho”.

“Neste horizonte, rezemos uns pelos outros. E com os olhos postos no Jubileu dos 2025 anos do mistério da Encarnação e do Natal do Senhor, vivamos este novo ano voltados para a Esperança”, conclui D. José Miguel Pereira.

Foto: Patriarcado de Lisboa

D. José Miguel Pereira nasceu a 7 de novembro de 1971, frequentou os seminários do Patriarcado de Lisboa, licenciou-se em Teologia na Universidade Católica Portuguesa com uma tese intitulada “Ser Igreja, ser na Igreja – Do ser comunhão ao agir vocacional” e foi ordenado no sacerdote no dia 29 de junho de 1996.

Antes de ser nomeado, em 2011, reitor do Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais, no Patriarcado de Lisboa, o novo bispo da Guarda foi prefeito do Seminário Menor de São José de Caparide, entre 1996-1999, vice-reitor do Seminário Menor de Nossa Senhora da Graça, em Penafirme, entre 1999-2007, exercendo o ministério pastoral neste período como colaborador nas paróquias vizinhas.

Entre 2007 e 2011, D. José Miguel foi vice-reitor do Seminário Maior Cristo Rei dos Olivais, diretor do Pré-Seminário entre 2009-2012, e diretor do Setor de Animação Vocacional, entre 2007-2017.

Atualmente, para além de reitor do Seminário Maior Cristo Rei dos Olivais, é secretário do Secretariado de Ação Pastoral, desde 2007, responsável pela formação dos Candidatos ao Diaconado Permanente, também desde 2007, membro do Conselho Presbiteral e do Conselho Pastoral Diocesano, desde 2012, e membro do Capítulo dos Cónegos da Sé Patriarcal, desde 2017.

D. José Miguel Pereira vai ser ordenado bispo na Sé da Guarda, no dia 16 de março, às 16h00.

Paulo Rocha, Agência ECCLESIA

10 Dez 2024

10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

O Parlamento português decidiu atribuir o Prémio Direitos Humanos 2024 à Associação Juvenil ‘Transformers’, pela sua intervenção na capacitação de crianças e jovens em risco de exclusão social.

Foram ainda atribuídas medalhas de ouro comemorativas do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos a duas instituições com intervenção na proteção dos direitos das pessoas idosas e de outras pessoas em situação de vulnerabilidade ou incapacidade: a Associação Coração Amarelo – pelo seu trabalho, assente em voluntariado – no apoio a quem vive em solidão e isolamento, principalmente os mais idosos, e pela promoção do relacionamento intergeracional – e a Associação Nacional de Cuidadores Informais – pelo seu trabalho na defesa dos interesses e na dignificação dos Cuidadores Informais.

10 Dez 2024

Lisboa: Papa nomeia D. Rui Gouveia como bispo auxiliar

O Arcebispo de Évora em seu nome pessoal e em nome da Arquidiocese de Évora saúda D. Rui Gouveia e o Patriarcado de Lisboa pela nomeação.


O Papa nomeou hoje, dia 10 de dezembro, como bispo auxiliar de Lisboa D. Rui Gouveia, de 49 anos, até agora membro do clero da Diocese de Setúbal, informou a Nunciatura Apostólica em nota enviada à Agência ECCLESIA.

“Como podem imaginar, os sentimentos que me assistem são muitos e dispares. Porém, querendo-me manter sob a luz da fé, quero dizer, em primeiro lugar, que nomear como bispo auxiliar um presbítero oriundo da Diocese de Setúbal – Diocese que é filha de Lisboa e que vive o ano jubilar dos seus cinquenta anos de fundação – é certamente um gesto de grandeza maternal ímpar”, refere o responsável, na sua primeira saudação ao Patriarcado de Lisboa.

O novo bispo era pároco da Anunciada e assistente diocesano da Pastoral Familiar, em Setúbal, e vai ser ordenado bispo a 16 de fevereiro de 2025, na igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.

O responsável passa a integrar a equipa episcopal de Lisboa, com o patriarca D. Rui Valério e os seus auxiliares D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma; Francisco aceitou hoje a renúncia de D. Joaquim Mendes, de 76 anos, que passa a ser auxiliar emérito.

D. Rui Gouveia deixa uma saudação ao clero e à população do Patriarcado, agradecendo a confiança do Papa e manifestando sentimentos de “gratidão e vínculos de paz e comunhão”.

“É neste espírito de ação de graças que me apresento diante de vós, queridos irmãos de Lisboa, e apresento-me como discípulo e servo de Jesus. Discípulo porque creio que Jesus me leva até Lisboa para reconhecer e conhecer o seu rosto e continuar como filho de Deus esta peregrinação até ao Céu. Servo para trabalhar com a simplicidade e sinceridade do Evangelho nesta extraordinária porção do povo de Deus”, acrescenta, numa saudação enviada à Agência ECCLESIA.

O novo responsável convida as comunidades católicas a “viver e anunciar a esperança”.

Rui Augusto Jardim Gouveia nasceu a 17 de abril de 1975 em Joanesburgo, África do Sul, filho de uma família de emigrantes madeirenses, naturais do Concelho de Santana.

Quando os seus pais regressaram à Ilha da Madeira, frequentou a Escola Primária de São Jorge e a Escola Básica e Secundária D. Manuel Ferreira Cabral, em Santana, até 1991; após concluir o Secundário, no Funchal, obteve a licenciatura em Química Tecnológica na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O novo bispo viria a ingressar no Seminário Maior de São Paulo, em Almada (Diocese de Setúbal) e frequentou a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, onde se licenciou.

Padre desde 6 de julho de 2008, estudou Teologia Catequética na Universidade de San Dámaso e Espiritualidade Bíblica na Universidade de Comillas, em Madrid.

D. Rui Gouveia desenvolveu o seu ministério sacerdotal como vigário paroquial da Paróquia do Divino Espírito Santo no Montijo (2008-2009) e colaborador do Pré-Seminário (2008-2009).

Depois dos seus estudos em Madrid (2009-2011) foi nomeado diretor do Pré- Seminário (2011-2019); de 2014 a 2017 foi prefeito dos estudos do Seminário Maior de São Paulo, em Almada, instituição da qual foi reitor de 2017 a 2024.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, a CEP “manifesta o seu regozijo com esta nomeação, desejando ao padre Rui Gouveia um fecundo serviço pastoral no Patriarcado de Lisboa e uma presença ativa como membro da Conferência Episcopal Portuguesa”.

Octávio Carmo, Agência ECCLESIA