CNE condecora o P. António Sanches
O Padre António Pereira Sanches foi distinguido com o Colar de Nuno Álvares, a mais alta condecoração do Corpo Nacional de Escutas atribuída aos dirigentes. A cerimónia aconteceu a 21 de Outubro, na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, presidida pelo Arcebispo de Évora e contando com a presença do Chefe Nacional Ivo Faria.
Eis o texto na íntegra através do qual o Agrupamento 655 – CNE de Redondo requereu a atribuição desta distinção:
“O movimento escutista em geral, e o CNE muito em particular, encontra ao longo da sua história exemplos extraordinários de vida, abnegação, espírito de serviço e de missão, para com todas as crianças, jovens e adultos.
Educar, segundo o método proposto por Baden-Powell e à Luz dos ensinamentos de Jesus Cristo, é simultaneamente uma das maiores oportunidades e um dos maiores desafios do Movimento Escutista. Nos 100 anos de Escutismo Católico em Portugal, o papel exercido por párocos e assistentes tem sido essencial, dando exemplo de que o escutismo é uma escola de vida e de valores cristãos, e simultaneamente apoiando a criação e gestão de estruturas locais eficientes.
O Padre António Pereira Sanches, após os primeiros contactos com o movimento escutista durante os seus anos de formação, assumiu desde a década de 70, de forma contínua, um papel preponderante no desenvolvimento e expansão do escutismo na região de Évora.
O seu primeiro contacto com o escutismo na região data de 1977, quando começou a acompanhar as primeiras experiências escutistas, ainda de carácter informal, em diferentes paróquias.
Em 1978, após colocação na Paróquia de Redondo, a sua dedicação e trabalho em prol do movimento aumentou progressivamente. Entre 1979 e 1981 iniciou o trabalho que conduziu à fundação do agrupamento 655 de Redondo, no qual assumiu o cargo de Chefe de Agrupamento até 2006, auxiliando ao mesmo tempo os trabalhos de assistência.
Tendo por base o trabalho em rede na arquidiocese, cedo começou a influenciar e a auxiliar outros párocos e adultos voluntários na realização de actividades escutistas.
Como resultado do seu trabalho e intervenção directa durante vários anos foram formados e fundados os agrupamentos 736 de Estremoz, 820 de Viana do Alentejo, 1085 de Reguengos de Monsaraz, e, de Valverde (ligado ao seminário aí existente na época).
Nas décadas de 80 e 90, um período vital para o crescimento do escutismo na região, colaborou activamente na organização dos órgãos regionais, onde a partir de 1984 assumiu o cargo de Chefe Regional Pedagógico.
No que diz respeito à área de trabalho dos Adultos, foi um dos fundadores da primeira Equipa de Formação da região e integrou a mesma entre 1992 e 2006. Enquanto Director de Formação, organizou e dinamizou dezenas de cursos e sessões de formação ao nível regional e, pontualmente, colaborou na realização de cursos nas regiões vizinhas.
O seu dinamismo do ponto de vista pedagógico e organizacional fez com impulsionasse e assumisse cargos de relevo em vários dos mais importantes eventos da região. Foi Chefe de Campo nos ACAREG de 1982 (Valverde), 1983 (Montargil), 1985 (Vendas Novas), e 1995 (Fronteira). No ACAREG de 2000 (Viana do Alentejo) liderou a Equipa de Comunicação. No ACAREG de 2004 (Coruche) assumiu a coordenação do subcampo da II secção. Em 1997 foi Chefe de Contingente de Évora ao ACANAC de Valado de Frades – Nazaré.
No contexto de divulgação do escutismo na região dinamizou várias iniciativas entre as quais se destacou o Jornal “Brownsea”, de publicação trimestral, com enfoque em áreas como a relação educativa, a técnica escutista, a espiritualidade e a vida em campo. O mesmo manteve tiragem entre 1990 e 2006.
No que diz respeito a iniciativas de cariz nacional, destaca-se a função de coordenador do CNE nas celebrações dos 350 anos de Nossa Senhora da Conceição.
O Pe. António Pereira Sanches lecionou, entre 1978 e 2021, a disciplina de EMRC no Concelho de Redondo, e desempenha, desde 2006, as funções de Assistente do Agrupamento 655. É um exemplo de serviço e disponibilidade no CNE, e rosto da construção da identidade escutista assente nos ensinamentos de Cristo na região de Évora há mais de 50 anos. É o rosto do crescimento, afirmação e prestígio do escutismo católico, com base na sua sólida formação escutista, humana e cristã, e uma referência para várias gerações de escuteiros e adultos.”
A chefe de agrupamento
Cristina Sarnadinha