14 de janeiro/Linhas de Elvas: Arcebispo de Évora reza pela paz (com homilia e fotos)
No domingo dia 14 de janeiro, pelas 18h, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho presidiu à Eucaristia dominical, na igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas, na qual se celebrou o Te Deum de Ação de Graças, por ocasião da vitória das Linhas de Elvas.
A Eucaristia contou com a animação litúrgica do Coro Beato Aleixo Delgado.
À homilia (ler na íntegra aqui) o Prelado eborense começou por sublinhar algumas propostas que as leituras da Eucaristia do II Domingo do Tempo Comum nos colocam. “O Senhor chama, convida, propõe e interpela cada Homem. O tempo de Deus é incontornável ao sentido da vida e à possibilidade da fraternidade. Responder Sim é a nossa possibilidade de plenitude”, referiu.
“Como João e André haveremos de testemunhar a beleza do nosso encontro com Deus, fazendo com que a nossa vida seja um todo coerente e aponte para Deus, pois a salvação atinge o Homem todo”, sublinhou, acrescentando ainda uma terceira proposta: “A comunidade dos crentes em Jesus Cristo deve ser cada vez mais, acolhedora e familiar, assente na simplicidade, verdade e transparência, tal como as pedras que se refugiam e fazem casa a todos os que procuram abrigo”.
O Prelado eborense disse também que “no acolhimento que o coração paterno e materno é para nós, poderemos encontrar a inspiração para vivermos em Igreja e sociedade, construindo Pátrias e Mátrias sempre atentos ao acolhimento no respeito e tolerância, essenciais à justiça e alicerces da Paz”.
Recordando a efeméride dos 365º aniversário da Batalha das Linhas de Elvas, que se assinalava neste domingo, 14 de janeiro, o Arcebispo de Évora referiu que “o sofrimento assumido pelas heroicas vítimas da peste, que no cerco da gloriosa cidade de Elvas, desde outubro de 1858, chegou a provocar 300 vítimas diárias; que o sangue dos 200 militares mortos do lado Português e dos 2500 do lado Castelhano, sejam alicerces da Paz em cada geração, nomeadamente nestes dias conturbados que vivemos, como recorda o Papa Francisco”.
“A guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto, “tratando-se” cada guerra de um autêntico atropelo ao Património da Humanidade, que é o direito de todos os povos à Paz”, sublinhou.
“Rezamos perante o sangue vertido nesta dolorosa experiência da batalha pelas Linhas de Elvas, pela Paz imediata na Terra de Jesus, na Ucrânia, no Sudão, em Moçambique (Cabo Delgado) e no Equador, onde na cidade de Quito está previsto o Congresso Eucarístico Internacional nos próximos dias 8 a 15 de setembro de 2024”, disse.
“Só a Paz no respeito à nacionalidade e dignidade de cada pessoa humana. Jamais o apoio à guerra pelo negócio das armas e por outros interesses ocultos e repletos de cinismo”, concluiu D. Francisco Senra Coelho.