Évora despediu-se emocionada e agradecida do sacerdote jesuíta, P. José Maria Brito
“É com enorme pesar e consternação, mas também com imensa gratidão por tanto bem recebido através da sua vida, que a Província Portuguesa da Companhia de Jesus informa que morreu esta tarde o P. José Maria Brito”, assim começava a notícia publicada no site Ponto SJ, ao final do dia da passada segunda-feira, 22 de abril.
Aos 48 anos, o P. José Maria estava na comunidade dos jesuítas de Évora, onde sofreu no domingo, dia 21 de abril, um AVC despoletado por vários tumores que desconhecia.
Fundador do Ponto SJ, que dirigiu com enorme entusiasmo e espírito de missão, estava há um ano e meio a viver na comunidade dos jesuítas em Évora. Aqui colaborava ativamente com a Arquidiocese na equipa da Pastoral Familiar e com o Casarão, centro universitário da Arquidiocese. Era assistente regional da Comunidade de Vida Cristã (CVX)- Além Tejo e também presidente da Fundação Gonçalo da Silveira.
O velório do P. José Maria ocorreu na manhã de 23 de abril, a partir das 10h30 na Igreja do Espírito Santo, onde houve missa às 12h30, presidida pelo Arcebispo de Évora e concelebrada pelo Arcebispo de Évora emérito, pelo Bispo de Setúbal e pelo Provincial dos Jesuítas em Portugal, assim como muitos sacerdotes diocesanos e jesuítas.
Uma Igreja do Espírito Santo completamente lotada, ouviu na introdução da Eucaristia, D. Francisco Senra Coelho, unido à sua mãe, D. Domingas e ao seu irmão, à Companhia de Jesus e à comunidade da Igreja do Espírito Santo de Évora, sublinhar que “queremos sentir a alegria de ter tido entre nós o P. José Maria, não esquecendo nunca a beleza da sua dádiva, do seu sorriso, do seu olhar, da sua voz, do seu testemunho de vida, desprendido e dedicado à maneira do Bom Pastor”.
À homilia, o P. Miguel Almeida, provincial dos Jesuítas em Portugal, disse que conhecer e conviver com o P. José Maria era “passar do caos à profundidade”. “Ele era o que era. Era a transparência total”, sublinhou, destacando que o P. José Maria “interessava-se mesmo pelo próximo. Escutava verdadeiramente”. “A injustiça e a mentira tiravam-no do sério”, acrescentou o Provincial, sublinhando que “o P. José Maria foi no mundo um pouquinho do que Jesus foi. O bem era o motor da sua vida, o bem dos outros era o seu motor. O P. José Maria era uma pessoa boa, o resto era consequência! Morreu no dia de Nossa Senhora, mãe da companhia de Jesus. Foi muito feliz em Évora, era um jesuíta feliz. Vai-nos fazer muita falta”. “A presença de tantos padres, bispos e pessoas é expressão da dimensão eclesial da sua vida”, concluiu o P. Miguel Almeida, sj.
Na oração dos fiéis e no final da Eucaristia, membros de vários grupos dos Jesuítas e da Arquidiocese, que o P. José Maria acompanhava, deixaram o seu testemunho emocionado e agradecido.
O cortejo fúnebre seguiu depois para o Porto onde foi celebrada missa na igreja de Cedofeita. As exéquias serão nesta quarta-feira, 24 de abril, às 14h00, na mesma igreja, de onde partirá o corpo para o cemitério do Prado do Repouso, no Porto.